Startup movimenta o mercado jurídico do país
A Rightstars oferece uma alternativa para os advogados moldarem seu próprio futuro, ao mesmo tempo, em que possibilita uma atividade mais estável. Abrindo portas para que os advogados participem da “Economia Criativa” usando canais de exposição e ferramentas para aprimorar o trabalho digital. “Trabalhei quase uma década na AirHelp usando a tecnologia para resolver a lacuna da Justiça. Isso funciona bem em um nicho como atrasos de voo, mas para resolvê-lo em uma escala maior, cheguei à conclusão de que a verdadeira solução é uma combinação de advogados e tecnologia”, comenta Christian Nielsen, CEO da Rightstars. Quanto a razão que levou o empresário a escolher o Brasil, ele diz que é porque trabalhava com o mercado jurídico brasileiro há alguns anos e passou a amar o povo e a cultura, por isso era óbvio para ele que existia uma necessidade real aqui e que os brasileiros merecem uma solução. A plataforma que conecta pessoas que precisam de serviços jurídicos com advogados, se destaca pela transparência, dando voz a quem pode fornecer a informação correta, desmistificando o mundo jurídico e aproximando serviço de qualidade, preço justo e concorrência leal, dando poder de escolha ao consumidor. Ser simples, descomplicando as leis e o vocabulário que, em sua maioria, não é condizente com o seu leitor, o objetivo é que a simplicidade seja capaz de levar a solução do problema de forma mais rápida e eficiente.
Christian, quando surge o primeiro impulso para a criação da RightStars?
Não foi por impulso. Na legaltech que eu cofundei e trabalhei anteriormente, Airhelp, trabalhávamos para levar Justiça a milhões de viajantes frustrados com as companhias aéreas, inclusive brasileiros. Ao longo dos anos, eu senti que precisava resolver a lacuna da Justiça em uma escala mais ampla. Construir uma comunidade jurídica que aproxima a todos, sejam empresas, advogados e pessoas comuns, me pareceu o caminho certo.
Quais os grandes diferenciais da plataforma?
Estamos construindo tudo de forma transparente. Todos podem acessar a plataforma e tirar proveito do conteúdo informativo gerado através do Fórum de perguntas. Transparência também significa que estamos em constante diálogo com nossa comunidade de advogados registrados na plataforma, tudo desde as ferramentas que desenvolvemos, a experiência do usuário, até preços. Isto nos oferece a possibilidade de ter muitos feedbacks do produto e esperamos que isso acelere nossa relevância.
O principal norte da RightStars é agilizar o acesso dos brasileiros à Justiça. Como isso está sendo feito, na prática?
Estamos disponibilizando e otimizando o acesso a informações legais específicas e que geram dúvidas frequentemente, por exemplo, alguém pode postar no Fórum: “Se meu contrato de trabalho for rescindido em dezembro, ainda tenho direito ao 13º salário?”, e qualquer pessoa pode compartilhar sua experiência com um caso parecido e advogados podem oferecer informação útil. Outro ponto importante é conectar as pessoas e as empresas com o advogado certo para seu problema usando a dinâmica de um Marketplace e a tecnologia para tornar mais acessível e democrático o acesso a serviços jurídicos.
Como a Economia Criativa está moldando os fundamentos da sua plataforma?
A Economia Criativa vem como resultado da mudança de comportamento das pessoas, saindo abandonando os escritórios e horários fixos para assumir o controle de sua própria vida profissional, decidindo onde, quando e como trabalhar. Este movimento é global e atinge todos os setores, o jurídico também. Estamos vendo uma onda de advogados deixando os grandes escritórios em busca de mais autonomia e liberdade e queremos construir a infraestrutura tecnológica e uma comunidade para que eles cresçam em sua carreira e façam network. Isto os capacitará a ter sucesso como empreendedores individuais.
Quais as principais lacunas que você enxerga na Justiça brasileira hoje?
No Brasil, pessoas de baixa e média renda e pequenas empresas não têm acesso à Justiça. Não me refiro apenas ao acesso no sentido de processar alguém ou uma empresa, mas tudo que envolve as leis, desde criar um contrato de abertura de empresa até uma simples orientação jurídica. Outro problema é a forma completamente ineficiente de as pessoas procurarem advogados, apoiando a sua decisão apenas em recomendações da sua rede próxima de contatos.
Como a sua plataforma está vindo para suprir esses problemas?
O uso da tecnologia para tornar o trabalho dos advogados mais eficientes reduzirá seus custos. Ao conectar advogados a clientes que se encaixam em sua especialidade jurídica, também é um ganho de eficiência que reduzirá seus custos. Além disso, permitir que as pessoas paguem pelos serviços jurídicos em prestações diminuirá o impacto na renda mensal familiar e permitirá que mais pessoas tenham acesso a serviços jurídicos de qualidade.
A tecnologia de um canal desses deve ser assertiva. O que está feito para que a RighStars obtenha essa assertividade?
Nossa plataforma está sendo desenvolvida através de um sistema tecnológico moderno. Mas em termos de estratégia, a nossa se baseia na transparência e na construção do serviço baseado nas necessidades dos usuários, em conjunto com nossa comunidade de advogados. Isto permite feedback e redirecionamento rápidos.
Os feedbacks tem refinado as informações para chegar em tal assertividade?
Estamos recebendo feedback diário. Isto definitivamente nos ajudou a construir algo que a comunidade deseja mais rapidamente. Isto é algo que nunca deixaremos de fazer e os resultados deste processo serão sempre melhores com certeza.
Quantos usuários são atendidos atualmente pela plataforma?
Aproximadamente 2.000 entre clientes e advogados.
E quantos usuários devem ser atendidos até o final de 2022?
5.000 entre clientes e advogados.
Qual a importância do aporte de 2 milhões de reais para que o negócio seja ainda mais escalável?
O investimento nos permite desenvolver, testar, ajustar e desenvolver novamente, de maneira mais rápida, com nossa comunidade, para que seu feedback não seja perdido. Ainda há muitas ideias a serem desenvolvidas e esse investimento é crucial para que todas elas tomem vida.
Última atualização da matéria foi há 2 anos
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