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Steve Bannon: o moldador de Trump e Bolsonaro

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Steve Bannon é uma figura que se destacou nos cenários políticos dos Estados Unidos e do Brasil como estrategista e influenciador. Sua biografia revela um homem de múltiplas facetas, cuja trajetória teve um impacto significativo na ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos e na consolidação do Governo de Jair Bolsonaro no Brasil. Este texto explorará a vida e a carreira de Bannon, destacando sua influência nos bastidores da política internacional.

Nascido em 27 de novembro de 1953, em Norfolk, Virgínia, Stephen Kevin Bannon, conhecido como Steve Bannon, cresceu em uma família de classe média e estudou na Escola de Negócios de Harvard e na Escola de Negócios de Harvard. Após concluir seus estudos, ingressou na Marinha dos Estados Unidos, onde serviu como oficial. Sua passagem pela Marinha moldou seu caráter e sua ética de trabalho, características que seriam fundamentais em sua futura carreira política.

Após deixar a Marinha, Bannon embarcou em uma carreira no setor financeiro, trabalhando no banco de investimento Goldman Sachs. No entanto, ele não se contentou em permanecer no mundo das finanças por muito tempo. Sua inclinação para a política logo o levou a mergulhar nos meandros do ativismo conservador.

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Bannon fundou com Andrew Breitbart e Larry Solov o Breitbart News em 2007, um site de notícias de extrema-direita que se tornaria um farol para a chamada “alt-right”, um movimento político radical nos Estados Unidos. Sob sua liderança, o Breitbart News promoveu ideias nacionalistas, anti-imigração e antiglobalização, que mais tarde seriam centrais para as campanhas de Donald Trump e Jair Bolsonaro.

Em 2016, Bannon se tornou uma figura de destaque na campanha presidencial de Donald Trump. Ele foi nomeado CEO da campanha e desempenhou um papel crucial na estratégia de comunicação de Trump. Bannon adotou uma abordagem populista, explorando o descontentamento de muitos eleitores americanos com o establishment político e econômico. Sua retórica inflamada e sua capacidade de entender e mobilizar a base conservadora foram cruciais para a vitória surpreendente de Trump nas eleições.

Após a eleição de Trump, Bannon foi nomeado estrategista-chefe da Casa Branca, uma posição que lhe conferiu um poder significativo na formulação de políticas do Governo. No entanto, seu estilo combativo e sua visão nacionalista rapidamente o colocaram em conflito com outros membros da administração e com o establishment político. Em agosto de 2017, Bannon deixou o cargo de estrategista-chefe, mas seu impacto na administração Trump permaneceu.

Além de sua atuação nos Estados Unidos, Steve Bannon também desempenhou um papel relevante na política brasileira. Sua ligação com o presidente Jair Bolsonaro remonta ao período anterior à eleição de Bolsonaro em 2018. Bannon se envolveu na campanha de Bolsonaro como consultor e conselheiro, contribuindo para a criação de uma imagem de candidato anti-establishment e combativo.

A influência de Bannon no Governo de Bolsonaro se estendeu além da campanha. Ele desempenhou um papel fundamental na construção da retórica anti-globalista e nacionalista do Governo brasileiro. Sua conexão com a ala mais ideológica do Governo Bolsonaro, incluindo seu filho, Eduardo Bolsonaro, ajudou a moldar políticas relacionadas à soberania nacional, meio ambiente e relações internacionais.

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No entanto, a relação entre Bannon e Bolsonaro também enfrentou desafios. Em agosto de 2019, o presidente brasileiro afastou-se publicamente de Bannon, afirmando que ele não era mais bem-vindo no Brasil. Essa ruptura temporária, no entanto, não apagou completamente a influência do estrategista americano sobre o Governo brasileiro.

Steve Bannon também esteve envolvido em movimentos populistas e nacionalistas em todo o mundo. Ele buscou formar alianças com líderes e partidos de extrema-direita em países europeus e ajudou a promover uma visão global de nacionalismo e antiglobalização.

No entanto, a carreira de Bannon não tem sido isenta de controvérsias. Ele foi amplamente criticado por promover retórica divisiva e por suas ligações com grupos de extrema-direita. Além disso, em agosto de 2020, Bannon foi preso sob acusações de fraude relacionadas a uma campanha de financiamento coletivo para construir um muro na fronteira entre os Estados Unidos e o México. Embora tenha negado as acusações, sua prisão revisitou preocupações sobre sua conduta ética e legal. Também esteve envolvido no escândalo de dados do Facebook–Cambridge Analytica que envolveu a recolha de informações pessoalmente identificáveis de até 87 milhões de usuários pelo Facebook de forma inadequada para fins nada éticos.

Steve Bannon é uma figura complexa e controversa, cuja influência na política internacional não pode ser subestimada. Sua capacidade de mobilizar eleitores insatisfeitos e sua habilidade em dar voz a ideias nacionalistas moldaram significativamente o cenário político nos Estados Unidos e no Brasil. No entanto, suas táticas e retórica também geraram divisões e controvérsias. A biografia de Steve Bannon é um reflexo da complexidade e da polarização da política global contemporânea.

Última atualização da matéria foi há 12 meses


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