10 aforismos sobre a Coreia do Norte
Nesta seção, reunimos aforismos que não pedem licença: observações em punhal, ironias que vestem a nudez dos fatos e pequenas sentenças que carregam o peso de tratados. Países, líderes, ideologias, mitos e delírios — tudo cabe em uma linha, desde que doa com precisão. Nada aqui é neutro. Tudo aqui é necessário. Curto, seco e certeiro — aqui, cada frase é um espelho rachado do mundo.
Chamamos isso de Dezaforismos: dez tiros de palavras por semana, mirando o que geralmente se evita olhar de frente. Não há manual de etiqueta para essas frases. Elas vêm para ferir, provocar, revelar, zombar, denunciar — e, às vezes, tudo isso de uma vez. São cápsulas de lucidez lançadas contra o ruído. Não há compromisso com o conforto, mas sim com o incômodo produtivo.
Se você espera equilíbrio, vá ler estatísticas. Aqui, oferecemos vértice, ângulo e faca. A cada edição, um novo tema. A cada tema, dez formas de tensionar o mundo. A beleza está na síntese — e o estrago, no silêncio que fica depois da última palavra.
A Coreia do Norte é o país onde o tempo parou — e quem tenta movê-lo desaparece.
Lá, o silêncio é mais que ouro: é sobrevivência.
A propaganda alimenta mais bocas que o arroz.
Um só homem sonha, e milhões têm pesadelos.
A muralha não é feita só de concreto, mas de medo e reverência.

A liberdade entra, às vezes, em balões — e sai em silêncio pelas costas.
No teatro do regime, todos são atores; quem esquece o papel, perde a vida.
O sol nasce no retrato do líder, não no horizonte.
A miséria veste farda e marcha em sincronia.
Quem pensa alto, cai baixo — e nunca volta a ser ouvido.
Última atualização da matéria foi há 3 semanas

Franco Atirador assina as seções Dezaforismos e Condensado do Panorama Mercantil. Com olhar agudo e frases cortantes, ele propõe reflexões breves, mas de longa reverberação. Seus escritos orbitam entre a ironia e a lucidez, sempre provocando o leitor a sair da zona de conforto. Em meio a um portal voltado à análise profunda e à informação de qualidade, seus aforismos e sarcasmos funcionam como tiros de precisão no ruído cotidiano.
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