10 aforismos sobre lulismo e bolsonarismo
Nesta seção, reunimos aforismos que não pedem licença: observações em punhal, ironias que vestem a nudez dos fatos e pequenas sentenças que carregam o peso de tratados. Países, líderes, ideologias, mitos e delírios — tudo cabe em uma linha, desde que doa com precisão. Nada aqui é neutro. Tudo aqui é necessário. Curto, seco e certeiro — aqui, cada frase é um espelho rachado do mundo.
Chamamos isso de Dezaforismos: dez tiros de palavras por semana, mirando o que geralmente se evita olhar de frente. Não há manual de etiqueta para essas frases. Elas vêm para ferir, provocar, revelar, zombar, denunciar — e, às vezes, tudo isso de uma vez. São cápsulas de lucidez lançadas contra o ruído. Não há compromisso com o conforto, mas sim com o incômodo produtivo.
Se você espera equilíbrio, vá ler estatísticas. Aqui, oferecemos vértice, ângulo e faca. A cada edição, um novo tema. A cada tema, dez formas de tensionar o mundo. A beleza está na síntese — e o estrago, no silêncio que fica depois da última palavra.
Lulistas creem que o Estado redime; bolsonaristas, que a bala absolve — ambos esperam milagres de seus deuses.
A fé do lulista é progressista como um bonde parado; a do bolsonarista, retrógrada como um tanque sem freio.
Lulistas chamam roubo de reparação; bolsonaristas, de mérito — e ambos querem o cofre aberto.
Um sonha com o paraíso sindical; o outro, com o apocalipse militar. Ambos vivem de slogans e surtos.
O lulismo é um samba de grife; o bolsonarismo, um grito desafinado — mas o delírio é dançante nos dois casos.

Entre o poste e o cavalo, o povo segue a pé.
Lulistas veem fascismo até em vento sul; bolsonaristas chamam fascismo de ‘ordem e progresso’.
Se o lulismo sequestrou a esperança, o bolsonarismo afogou o futuro — e o resgate não veio para ninguém.
Ambos falam em nome do povo, mas ouvem apenas o próprio eco.
Trocar Lula por Bolsonaro é sair do fogo para a fritura — e ainda achar que foi promoção.
Última atualização da matéria foi há 2 semanas

Franco Atirador assina as seções Dezaforismos e Condensado do Panorama Mercantil. Com olhar agudo e frases cortantes, ele propõe reflexões breves, mas de longa reverberação. Seus escritos orbitam entre a ironia e a lucidez, sempre provocando o leitor a sair da zona de conforto. Em meio a um portal voltado à análise profunda e à informação de qualidade, seus aforismos e sarcasmos funcionam como tiros de precisão no ruído cotidiano.
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