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Netflix, Microsoft, Plínio Salgado…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Donald Trump, tarifaços planetários e a volta dos impérios coloniais com bandeiras estreladas e sotaque de fast-food: a I Guerra Comercial explodiu sem tanques, mas com taxas

Quem precisa de porta-aviões quando se tem tarifa de importação e um chapéu de cowboy com a bandeira americana bordada no topo? Donald Trump, o rei da retórica turbinada com spray de laranja, iniciou o que analistas mais límpidos estão chamando de “Primeira Guerra Comercial Planetária”. A justificativa oficial? O MAGA vintage: trazer de volta a gloriosa indústria americana, enterrada entre fábricas chinesas, automação asiática e a realidade. O método? Tarifar o mundo até ele gemer. O efeito colateral? A extrema-esquerda global batendo palmas e agradecendo por esse empurrãozinho inesperado rumo ao discurso antiglobalização. Trump, claro, jura que está só jogando xadrez 8D enquanto o resto do mundo se pergunta se não é damas bêbado. A América quer ser grande de novo, mas o mundo não sabe se ri, revida ou começa a aprender espanhol com sotaque argentino para sobreviver ao novo eixo do absurdo geopolítico.

Netflix revela que O Eternauta tem cenas feitas por IA para cortar custos e agora cineastas argentinos só precisam de um mouse, um guaraná e duas semanas de folga

Ted Sarandos apareceu com aquele sorriso de CEO que acabou de demitir 300 pessoas e ainda assim ganhou um bônus. Em coletiva, admitiu que O Eternauta, adaptação de um clássico argentino, foi agraciado com cenas inteiras geradas por Inteligência Artificial. Motivo? Dinheiro, claro. A IA caiu como uma luva: barata, rápida e sem sindicato. “Expande as possibilidades criativas”, disse ele, como se tivesse descoberto o fogo — ou, melhor, apagado ele com planilhas do Excel. A cena do prédio desabando em Buenos Aires? Saiu direto de um chip, e em tempo recorde. Já os fãs do quadrinho? Ganharam um gif com emoção plastificada. O cinema latino-americano, sempre em crise, agora pode se resumir a apertar “Ctrl+R” e gerar três takes tristes por hora. Que venha o Oscar da Eficiência Algorítmica.

Plínio Salgado, Portugal e o eterno retorno do ridículo autoritário tropical: o 22 de julho em que o fascismo brasileiro tirou férias em Lisboa

Em 22 de julho de 1939, o Brasil mandava para a terrinha um de seus mais ilustres entusiastas do autoritarismo: Plínio Salgado. Criador do Integralismo — aquela mistura apimentada de camisa verde, suástica disfarçada e catolicismo fervoroso —, Plínio se autoexilou em Portugal com a sutileza de um inquisidor tomando chá com Salazar. Foi um descanso estratégico: o mundo rumava à guerra, e o Brasil, sempre atrasado, ainda discutia se o bigodinho hitlerista combinava com tropicalismo. Ele voltou em 1945, tentou a presidência (sem sucesso, felizmente) e continuou influenciando gerações de aspirantes a ditador com vocabulário empolado e lógica de porrete. O problema? Essa nostalgia não morreu. Ela só trocou de uniforme e aprendeu a usar redes sociais. Plínio segue vivo — não em carne, mas em discurso, live e PowerPoint.

Plínio Salgado foi criador do Integralismo de extrema direita  (Foto: Arquivo Histórico)
Plínio Salgado foi criador do Integralismo de extrema direita (Foto: Arquivo Histórico)

Bolsonaro diz que não tem nada a ver com tarifaço de Trump contra o Brasil e que Eduardo “não pode falar por ninguém”, exceto quando ele mesmo diz o contrário

Em entrevista virtual — entre um boletim do advogado e uma piscadela do ego — Jair Bolsonaro tentou descolar sua figura do tarifaço de 50% imposto por Donald Trump a produtos brasileiros. “Nada a ver comigo”, disse ele, como quem nega paternidade num teste de DNA político. O curioso? Quatro dias antes, o mesmo Bolsonaro afirmava que seu filho Eduardo, o “03”, estava liderando negociações com os EUA. Agora diz que Eduardo “não pode falar em nome do Brasil”. Talvez fale só em nome do clã. Ou da figurinha do Zap. Ou de ninguém. O fato é que Trump, em alto e bom som, citou Bolsonaro como exemplo de vergonha institucional e ainda passou recibo internacional sobre o imbróglio judicial do ex-presidente. Mas, como sempre, Bolsonaro escolhe a tática de sempre: desdizer-se dizendo-se. E o Brasil que lute (ou pague 50% a mais no guaraná exportado).

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Microsoft alerta para ataques cibernéticos em servidores SharePoint e quem ainda salva documentos em ‘arquivo_compartilhado_final_v6_REAL_OK.docx’ já foi invadido faz tempo

A era da digitalização encontrou sua própria pandemia: vulnerabilidade de servidor. A Microsoft avisou que o SharePoint, ferramenta usada por governos e corporações para guardar documentos sigilosos (e PowerPoints vergonhosos), está sendo alvo de ataques ativos. A falha permite spoofing — aquela técnica onde hackers fingem ser você, mas com mais carisma e menos senhas seguras. O FBI entrou no caso, o Pentágono acendeu sirenes, e metade das empresas do mundo provavelmente continua ignorando a atualização obrigatória. Afinal, nada como adiar um update até o sistema travar na reunião com investidores. A nuvem não foi afetada, diz a Microsoft — mas, cá entre nós, já chove dentro de muito servidor físico por aí. Moral da história: se seu backup é um pendrive de 2017, boa sorte.

Ação da PF contra Bolsonaro bomba nas redes, divide o país em #GrandeDia e #DitaduraSTF e confirma que a internet é mesmo o novo campo de batalha política

A operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro virou trending topic antes mesmo da primeira notificação judicial. Segundo levantamento da Quaest, 59% dos comentários nas redes sociais apoiaram a ação. Os outros 41%? Clamaram por censura, ditadura, apocalipse e uma pitada de drama shakespeariano. Termos como “Bolsonaro na cadeira” e “grande dia” rivalizaram com “STF ditador” e “abuso de poder”. O país, como sempre, virou um FlaFlu binário entre hashtags e stickers de grupo de WhatsApp. No Google, o nome Bolsonaro teve um pico de busca maior que lançamento de álbum da Anitta. O termo “tornozeleira” também explodiu, sugerindo que o brasileiro já está fazendo a piada antes da tornozeleira chegar. Resta saber se o humor vai durar até o julgamento, ou se o próximo “grande dia” será ainda mais espetacularizado.

A Primeira Guerra Comercial da história?

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Microsoft emite alerta global após ataque cibernético a servidores SharePoint

Reações a favor e contra operação da PF sobre Bolsonaro pau a pau nas redes


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