Falência de PMEs foi de 21% no ano de 2020
O profissional que decide abrir seu próprio negócio está focado em solucionar problemas encontrados por ele no mercado e, consequentemente, gerar sua própria renda. Porém, o gestor nem sempre dispõe de todas as informações necessárias para administrar seu empreendimento – afinal, habitualmente sua expertise está ligada às atividades chave da empresa. A falta de conhecimento técnico sobre a gestão financeira é um dos maiores problemas enfrentados e, inclusive, considerada uma das principais causas do fechamento de novos negócios nos primeiros anos de funcionamento.
Segundo o Sebrae, em 2020 a taxa de falência de microempresas foi de 21% após cinco anos de abertura, e 17% em negócios de pequeno porte.
O especialista em gestão financeira da M.Victor BPO Financeiro, Manoel Victor Tomaz, considera que o que deve estar sob a mira do empresário é o controle do fluxo de caixa. “Gastar mais do que se recebe, misturar contas pessoais com as da empresa, não medir indicadores financeiros importantes são contas que não vão fechar nunca. E esses erros são comuns para quem está iniciando ou tem uma empresa ainda muito pequena, mas o responsável deve ter em mente que ele pode e deve buscar ajuda para analisar esses fatores”, diz.
É preciso estar alerta à inadimplência
A estimativa de entrada de renda é algo que muitos gestores tratam como garantido, mas muitas vezes não levam em consideração que o cliente pode ficar devendo. Uma pesquisa mensal que mede os níveis de inadimplência em redes varejistas pelo país, Índice Meu Crediário, levantou que 8,78% das parcelas do crediário estavam atrasadas entre 61 e 90 dias no encerramento de julho. O pagamento parcelado de compras também é algo delicado.
“Se você permite o pagamento a prazo, isso fortalece o relacionamento com o cliente. Porém, se seus fornecedores demandam o pagamento à vista, pode haver um desequilíbrio nas contas de seu negócio. Esse modelo de pagamento também afeta a periodicidade da entrada de recursos”, diz o especialista.
Outra atividade que, se deixada de lado, pode comprometer as finanças da empresa é o registro de movimentações financeiras. Relacionar entradas e saídas praticadas é essencial para manter a organização e planejar ações futuras.
“O administrador pode, então, ter consciência de que áreas ou ações dentro da empresa estão consumindo mais dinheiro, o que pode ser eliminado da lista de pagamentos a fazer e até mesmo perceber se há alguma ‘sobra’ de dinheiro para investir em novos recursos ou mais colaboradores”, destaca Manoel.
O não registro de movimentações pode impactar no sucesso do negócio, por não deixar claro as possibilidades para planejamentos para o futuro.
Contas pessoais fora do negócio
Mais um erro comum cometido por gestores de PMEs é misturar contas pessoais com as contas da empresa. Na correria do dia a dia, quando se passa o dia todo na empresa, pode parecer mais fácil usar o cartão corporativo ou a conta da empresa para pagar aquela conta que o empresário acabou de lembrar que tinha, ou comprar pela internet o presente de aniversário do filho, que é amanhã. Podem parecer ações inofensivas, mas no fim do mês o dinheiro acaba faltando e o gestor não sabe para onde foi.
“As contas empresariais se misturam com as contas pessoais porque fazer o controle financeiro é uma atividade que demanda tempo e o empreendedor acaba postergando para atender as necessidades mais imediatas do seu negócio. A promessa de reposição do valor em seguida raramente acontece e a ação causa transtornos para justificar as despesas não vinculadas ao CNPJ”, diz o especialista.
Foque nas atividades chave, confie em especialistas
Controlar as finanças de uma empresa, mesmo sendo de pequeno porte, é algo que demanda tempo, concentração e dedicação.
Pode parecer muito mais gratificante ao empresário atuar no contato com clientes, vendas, reuniões de alinhamento com seus colaboradores, portanto ele acaba não empregando tempo necessário para gerir suas finanças e manter seu fluxo de caixa saudável.
Quando o gestor percebe que está deixando de lado a parte financeira da empresa, pode ser a hora de apelar para a delegação da função para outros especialistas.
“O empresário quer estar focado nas atividades chave de sua empresa. A terceirização da gestão financeira tira do caminho uma atividade sobre a qual ele não detém propriedade de conhecimento. Os especialistas na administração dessa área vão reavivar a saúde financeira da empresa e ainda analisar setores onde o administrador pode crescer, investir mais recursos e, por fim, lucrar de forma mais saudável, que é o principal objetivo do gestor”, conclui Tomaz.
Sobre a M.Victor BPO Financeiro
Especializada em gestão e terceirização do departamento financeiro, a M.Victor alia a expertise de seus profissionais, boas práticas de negócios e tecnologia para entregar soluções completas a pequenas empresas que precisam estruturar esta área.
Com uma equipe multidisciplinar, que engloba especialistas em finanças, consultores e desenvolvedores de software, desenvolve projetos exclusivos para a realidade de cada cliente, focando na entrega de soluções que facilitem a gestão, organização e tomada de decisão nos negócios.
*Com participação da jornalista Bruna Carolina de Souza.
Última atualização da matéria foi há 2 anos
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