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Jesse Owens, HBO Max, Harry…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Alexandre de Moraes, SWIFT, Lei Magnitsky e um possível retorno aos boletos carnês: quando o sistema financeiro global vira um tribunal moral internacional

Sim, você não leu errado: há quem diga que manter contas para Alexandre de Moraes, seus filhos, escritórios, primas, agregados e, quem sabe, o cabeleireiro da sogra pode fazer bancos brasileiros sofrerem as penas da Lei Magnitsky — aquele dispositivo internacional que transforma sanções em vendaval financeiro. O problema? Bancos adoram dinheiro, mas odeiam ser chutados do SWIFT, a rodovia digital por onde o dinheiro circula no planeta. A exclusão desse sistema equivaleria a mandar o banco direto para 1979: sem TED, sem PIX, só com máquina de escrever, carimbo e oração. A lista de 34 países signatários da lei não inclui o Brasil, mas inclui os cartões de crédito que os bancos brasileiros precisam para sobreviver. Em outras palavras, ou você escolhe ficar com Moraes ou com o Visa. A depender da intensidade do cerco, alguns bancos podem trocar até a fachada. De “Banco do Brasil” para “Armazém de Trocas da Dona Benedita”.

Oasis, Wembley, tragédia e a pergunta eterna: por que shows de reunião sempre terminam em drama, caos ou morte?

O retorno do Oasis — a banda mais eternamente separada do mundo — teve o desfecho shakespeariano que a própria discografia já prenunciava. Um homem de 40 anos morreu após cair durante o show em Wembley. As autoridades locais procuram vídeos e testemunhas, enquanto o Oasis emitiu uma nota genérica de condolências (devidamente revisada por um estagiário jurídico). A ironia? A banda que embala multidões com “Don’t Look Back in Anger” agora precisa lidar com um luto real, daqueles que não se varre com palhetas e discursos emocionados no TikTok. Fãs especulam se foi uma queda acidental ou consequência do empurra-empurra comum em estádios britânicos. O fato é: a nostalgia cobra um preço. E às vezes, o preço é fatal. A morte inesperada reacendeu debates sobre segurança em megaeventos. Mas se Noel e Liam se toleraram por 90 minutos, talvez o impossível ainda tenha alguma esperança no mundo.

Jesse Owens, Hitler, Berlim 1936 e o dia em que um velocista negro deixou a supremacia branca na pista de tartan

Há 89 anos, Jesse Owens correu mais rápido do que o racismo — e venceu. Nos Jogos Olímpicos de Berlim, sob os olhos vidrados do Führer, o velocista norte-americano meteu quatro medalhas de ouro no peito e um tapa metafórico na cara da ideologia nazista. Hitler, que imaginava transformar as Olimpíadas em vitrine da “supremacia ariana”, viu um negro brilhar no estádio que deveria exaltar o Reich. A Alemanha nazista teve que aplaudir de pé o fim de sua ilusão esportiva. E os EUA, claro, voltaram para casa com o troféu… e com segregação racial intacta. A façanha de Owens é tão simbólica quanto triste: foi a consagração de um herói em um palco contaminado. Se o mundo fosse um roteiro coerente, Owens teria voltado para ser recebido como rei. Mas não foi bem assim. Continuou enfrentando portas fechadas, banheiros segregados e o desprezo institucionalizado. A vitória foi olímpica, o fracasso foi civilizacional.

“And Just Like That” é cancelada, mas o dano cultural persiste como uma cicatriz de Louboutin no tornozelo da memória pop

A HBO Max decidiu terminar “And Just Like That” depois de três temporadas que transformaram um clássico em um Frankenstein narrativo. A série, que pretendia atualizar “Sex and the City” para a era do TikTok e do veganismo forçado, acabou como símbolo-mor do hate-watching — aquele hábito masoquista de ver só para odiar. Miranda virou um folhetim ambulante, Carrie virou… ninguém sabe, e Charlotte virou decoração. A crítica especializada definiu como “leve como sapato de camelô”. Os personagens originais foram esfarelados pela agenda confusa, diálogos constrangedores e um filtro que parecia patrocinado por uma fábrica de sabão em pó. No final, o que era para ser feminismo sofisticado virou sketch do Saturday Night Live com orçamento gordo. Cancelaram a série, mas o estrago já estava feito: um aviso ao futuro de que nem toda nostalgia precisa virar spin-off. Às vezes é melhor deixar o passado lá, no VHS.

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A HBO Max decidiu terminar com “And Just Like That” após 3 anos (Foto: IGN Brasil)
A HBO Max decidiu terminar com “And Just Like That” após 3 anos (Foto: IGN Brasil)

Harry, Charles, William, Camilla e a ópera de escândalos, ressentimentos e memórias rentáveis que transforma Buckingham em telenovela mexicana

Enquanto Harry implora por perdão, William e Camilla ensaiam um dueto em silêncio sepulcral. O príncipe rebelde, que transformou a vida real em reality show, agora busca abrigo na instituição que ajudou a dinamitar. O problema? Ele monetizou tudo. Ao contrário da mãe, Diana, que dividiu verdades mas morreu pobre (mais ou menos), Harry virou um influencer monárquico milionário. O livro “O Que Sobra” revelou bastidores da monarquia como se fossem bastidores de uma escola de samba em crise. Camilla e William, que não são exatamente os mais flexíveis da realeza, decidiram que o “bom filho” não voltará ao lar tão cedo. Especialistas palacianos afirmam que Harry tenta uma reaproximação antes que o trono vire um sarau permanente de velórios e coroações. Mas os fantasmas da entrevista com Oprah, os contratos com a Netflix e o gosto de Meghan por roteiros com final feliz complicam a novela. O novo episódio? Setembro, talvez. Se não for adiado pela BBC.

Trump promete “dividendo tarifário” aos pobres e inventa, ao vivo, um novo tipo de keynesianismo com chapéu de cowboy e mira eleitoral

Donald Trump, que já reinventou o populismo, agora quer reinventar o PIB com gorjetas. Após aumentar tarifas de importação — incluindo uma taxação recorde de 50% sobre o Brasil, que continua como saco de pancadas favorito — o presidente dos Estados Unidos sugeriu que parte da arrecadação seja distribuída diretamente à população pobre e média. Seria o quê? Um Bolsa Família MAGA? Um Vale Trump? Economistas coçam a cabeça e jogam os manuais no lixo. A ideia soa como um mix de keynesianismo de botequim com assistencialismo temperado a churrasco texano. A promessa surgiu, claro, em meio ao green das eleições, na saída de um clube de golfe, com os jornalistas pastando. Enquanto isso, países do mundo todo correm para tentar entender as novas regras do tarifaço. O Brasil, por sua vez, prepara o lombo: segue pagando para exportar, importando o dobro e, agora, rezando para também receber um troco pela humilhação.

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