Cibersegurança: Human-centered design é o futuro, diz estudo
Usar a mudança de comportamento para influenciar a forma como as pessoas interagem com a tecnologia aborda apenas os sintomas, e não a causa principal quando se trata de gerenciar o risco humano na cibersegurança. Uma abordagem mais eficaz para a segurança cibernética, segundo a pesquisa de Horatiu Petrescu, é desviar o foco de tentar mudar o comportamento humano e, em vez disso, projetar a tecnologia para funcionar com segurança durante a interação humana.
A solução proposta — “human-centered design”, envolve levar em consideração as necessidades e limitações das pessoas — a forma como pensam, se comportam e interagem com a tecnologia ao projetar e construir software e aplicativos. Ao projetar para humanos, é possível criar tecnologia segura e fácil de usar. Além disso, essa abordagem prioriza a usabilidade, tornando os recursos de segurança intuitivos e fáceis de usar.
A solução de longo prazo proposta é a seguinte:
- Aplicar o Human-Centered Design ao ciclo de vida de desenvolvimento de software (SDLC) – principalmente garantindo uma abordagem “usable by design” (estratégias de intervenção de mudança comportamental também podem ser usadas aqui, se necessário).
- Usar Inteligência Artificial/Aprendizado de Máquina (AI/ML) para auxiliar os profissionais técnicos de segurança com a complexidade tecnológica de avaliar e configurar a segurança de aplicativos e sistemas.
- Mudar da abordagem tradicional de conscientização de segurança ineficaz para estratégias de “conscientização de segurança holística”.
Colocando em prática o Human-Centered Design
Markswell Coelho, coordenador da IBSEC – Instituto Brasileiro de Cibersegurança, afirma que os departamentos de segurança geralmente veem os usuários como uma ameaça potencial que deve ser gerenciada. É amplamente aceito que muitos usuários são negligentes e pouco entusiasmados com a segurança do sistema.
Pesquisas datadas de 1999 descobriram que os usuários que comprometem de forma não intencional ou deliberada as medidas de segurança do computador, como a autenticação de senha, geralmente fazem isso devido a implementações de segurança inadequadas. A sugestão na época era adotar uma abordagem de design centrada no usuário para melhorar a situação, tornar os humanos mais seguros em vez de tornar a segurança mais utilizável desde o início.
Petrescu ainda afirma em sua pesquisa que embora o conceito de human-centered design em cibersegurança possa parecer simples na teoria, colocá-lo em prática pode ser um desafio. Isso requer uma mudança de mentalidade, afastando-se da abordagem tradicional de segurança em primeiro lugar e adotando uma abordagem de usuário em primeiro lugar. Também requer colaboração entre várias equipes, incluindo especialistas em segurança, designers e desenvolvedores.
A implementação do human-centered design na segurança cibernética envolve os usuários no processo de design e desenvolvimento. Isso pode ajudar a garantir que a tecnologia que está sendo desenvolvida seja amigável e que as medidas de segurança sejam adaptadas à maneira como os usuários pensam e se comportam. Além disso, a realização de pesquisas com usuários, testes de usabilidade e comentários de usuários podem ajudar a identificar possíveis problemas de segurança antes que eles se tornem um problema.
A implementação do Human-centered design na cibersegurança requer uma colaboração entre designers, desenvolvedores e especialistas em segurança. Os designers devem entender as ameaças e os riscos envolvidos na segurança cibernética, enquanto os especialistas em segurança devem entender a importância da usabilidade e da experiência do usuário. Juntos, eles podem criar software e aplicativos seguros e fáceis de usar.
Outro aspecto importante do Human-centered design em cibersegurança, segundo o Petrescu, é adotar uma abordagem holística e considerar toda a jornada do usuário. Isso significa pensar em como os usuários irão interagir com a tecnologia, não apenas no momento do login ou ao inserir informações sigilosas, mas ao longo de todo o processo. Considerando todos os pontos de contato, é possível identificar possíveis vulnerabilidades e desenhar soluções sob medida para o usuário.
Ele finaliza falando da importância de avaliar e melhorar continuamente o design. As ameaças à segurança estão em constante evolução, e a tecnologia usada para combatê-las também deve evoluir. Isso significa revisar e atualizar regularmente o design para garantir que ele permaneça eficaz na proteção contra novas ameaças.
Mais informações: IBSEC
Última atualização da matéria foi há 2 anos
Zenstox: é fiável ou uma fraude na Internet?
janeiro 20, 2025Brasil busca incentivar aviação regional
janeiro 14, 2025Expatriados europeus lideram chegada ao país
dezembro 29, 2024Apostas ultrapassam investimentos em popularidade nas classes B e C
dezembro 23, 2024Previsões da IBM para a IA generativa 2025
dezembro 15, 2024Black Friday: publicidade como vantagem
novembro 24, 2024Prosegur alcançou os 165 mil colaboradores
novembro 4, 2024U-All Solutions integra IA ao seu WhatsApp
outubro 24, 2024Dubai combina luxo, segurança e investimento
outubro 18, 2024Yandex Ads traz alta conversão garantida
outubro 13, 2024Família Koga lidera crescimento da Sumirê
outubro 3, 2024Shopping Eldorado celebra os seus 43 anos
setembro 11, 2024Fundada em 2012 por um grupo de empreendedores, a agência de notícias corporativas Dino foi criada com a missão de democratizar a distribuição de conteúdo informativo e de credibilidade nos maiores portais do Brasil. Em 2021, foi considerado uma das melhores empresas para se trabalhar.
Facebook Comments