D4vd, Yunxian 2, Dario III…
Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.
Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.
Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.
Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.
Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.
Michelle Bolsonaro em Ji-Paraná: a musa do PL Mulher descobre que campanha sem candidato é tipo festa sem cerveja
Em Rondônia, Michelle Bolsonaro resolveu ensaiar sua coreografia política: declarou que não quer ser candidata à Presidência (ufa, o Brasil respirou) e pediu votos para Jair Bolsonaro — o detalhe é que o maridão está inelegível e em prisão domiciliar. Um pequeno contratempo. Nada que um “jeitinho” não resolva, diriam os otimistas. Michelle, em modo mártir gospel, ainda contou que foi humilhada pelo STF por ter passado por revista policial na visita ao marido. Dramática, comparou-se a uma personagem de novela mexicana. Entre lágrimas e “aleluias”, tenta manter viva a chama bolsonarista, mesmo que o fósforo já esteja molhado. No fundo, o PL Mulher virou aquilo: um encontro para chorar, reclamar e pedir o impossível — como acreditar que Bolsonaro volta em 2026 com tornozeleira eletrônica transformada em acessório fashion.
Site da esposa de Alexandre de Moraes some do mapa: quando a Lei Magnitsky joga a real e vira pesadelo de streaming
Caiu o site do escritório da esposa de Alexandre de Moraes, sancionada junto com o ministro pela Lei Magnitsky. Os EUA decidiram que, se tem cheiro de corrupção ou abuso, eles não querem nem like na rede social. Resultado: empresas americanas estão proibidas de fornecer qualquer serviço — do Netflix ao e-mail corporativo. O recado foi claro: se brincar com a lei, vai sobrar até para quem hospeda servidor na Flórida. O casal, agora com a aura de “persona non grata globalizada”, enfrenta a ironia do destino: tanto zelo em controlar os outros, e acabaram controlados por Washington. O poder do Supremo é imenso — dentro de Brasília. Lá fora, é só mais um CPF cancelado no grande balcão internacional.
Tesla de D4vd guardava segredo macabro: a decomposição como vizinha discreta de Hollywood Hills
A polícia de Los Angeles confirmou: o Tesla Model Y do cantor D4vd ficou semanas estacionado em Bird Streets com o corpo de Celeste Rivas Hernandez, 14 anos, apodrecendo no porta-malas. A cena é de filme B, só que sem trilha sonora. Moradores já tinham notado que o carro parecia ter virado parte da paisagem — só faltava um jardineiro aparar os pneus. O LAPD agora corre atrás de explicações, enquanto a internet especula homicídio, overdose, suicídio ou conspiração hollywoodiana. O detalhe mórbido: mesmo depois de rebocado, o mistério permanece. O caso reforça aquela sensação de que em Los Angeles nada é tão “glamour” quanto parece: por trás das mansões e dos cliques no Instagram, sempre há cadáveres — reais ou metafóricos — guardados em porta-malas de luxo.

Crânio chinês de um milhão de anos bagunça árvore genealógica: Homo sapiens descobre que não nasceu só na África, mas também na ironia
A reconstituição digital de Yunxian 2, crânio chinês de um milhão de anos, sugere que os humanos se separaram de seus ancestrais muito antes do previsto, e talvez na Ásia. Adeus certezas acadêmicas, olá confusão evolutiva. Até ontem, a África era o berço exclusivo da humanidade; agora, pode ser só uma das maternidades. Cientistas descobriram que o crânio tinha capacidade cerebral maior do que se pensava, aproximando-o de espécies mais recentes. Moral da história: nossos tataravôs eram mais complexos do que acreditávamos — e provavelmente também já brigavam por território e inventavam fake news na caverna. A ciência mostra: ser humano é, desde sempre, uma mistura de acaso, adaptação e treta. O berço da humanidade pode até mudar, mas a essência permanece: confusão organizada chamada civilização.
Alexandre, o Grande, e Dario III: quando 331 a.C. já era mais moderno do que Brasília em 2025
Há 2.356 anos, Alexandre, o Grande, esmagava o exército persa de Dario III em Gaugamela, decretando o fim do Império Aquemênida. Uma batalha sangrenta que, paradoxalmente, deixou a História mais limpa que o noticiário político atual. Alexandre, em poucas décadas de vida, redesenhou o mapa e criou um império multicultural. Hoje, enquanto isso, políticos brasileiros mal conseguem redesenhar o mapa de assentos da Câmara. Os aquemênidas caíram, mas com estilo; já nós caímos em comissões parlamentares e reformas tributárias eternas. É triste quando até um campo de batalha antigo parece mais organizado do que uma sessão do Congresso.

Eduardo Bolsonaro descobre que até Donald Trump tem limite de paciência para “choradeira online”
O deputado Eduardo Bolsonaro aproveitou uma carta de Trump a Lula para reclamar de novo da “perseguição” contra o pai condenado a 27 anos de prisão. No X, o Eduardo virou garoto-propaganda da anistia, porque “dosimetria não resolve, só a anistia salva”. O refrão já é tão repetido que daria pra lançar em versão sertaneja universitária. O curioso é que Trump, que chamou Bolsonaro de “líder altamente respeitado”, já coleciona tantos processos quanto seu ídolo brasileiro — é o elogio entre réus. O problema é que, quanto mais Eduardo insiste, mais parece aquele amigo bêbado que você tenta ignorar no bar. O script é conhecido: se não cola em Brasília, tenta em Miami. Só falta abrir vaquinha internacional para custear habeas corpus.
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Franco Atirador assina as seções Dezaforismos e Condensado do Panorama Mercantil. Com olhar agudo e frases cortantes, ele propõe reflexões breves, mas de longa reverberação. Seus escritos orbitam entre a ironia e a lucidez, sempre provocando o leitor a sair da zona de conforto. Em meio a um portal voltado à análise profunda e à informação de qualidade, seus aforismos e sarcasmos funcionam como tiros de precisão no ruído cotidiano.
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