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Ali Khamenei, Ozzy, Robinho…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

O futuro chegou: Brasil gastará tudo em emendas e o resto é sorte — ou melhor, azar mesmo

“A situação fiscal do país é grave.” Não sou eu dizendo, é Abram Szajman, presidente da Fecomércio-SP. E quando até o patronato resolve levantar a plaquinha do “socorro”, é porque o abismo está logo ali. Segundo projeções de Marcos Mendes, em 2027 não vai ter mais espaço nem para aquele cafezinho do Congresso. As chamadas “despesas discricionárias” — o que o governo escolhe gastar — estarão ocupadas por emendas parlamentares obrigatórias (R$ 55 bilhões) e saúde e educação (R$ 70 bilhões). Sobra o quê? Déficit. Três bilhões negativos. Resultado prático: zero verba para segurança, investimento, cultura, pesquisa, ou aquele conserto urgente da escola que caiu. Mas fiquem tranquilos: os parlamentares não vão ficar sem dinheiro. O resto a gente resolve rezando para o Pix cair. Ou não.

Bolsonaro tenta reescrever sua própria história política — e, claro, com plateia na Paulista

Bolsonaro nunca desiste. Pelo menos do palco. Em reencontro recente com apoiadores no Rio Grande do Norte, lançou o senador Rogério Marinho ao governo local e já engatilhou mais um grande comício: dia 29, na Avenida Paulista, às 14h. Tema: ele mesmo. Com a habitual retórica de herói injustiçado, afirmou estar “lutando por democracia, liberdade e justiça” — conceitos que, na boca dele, já merecem ser avaliados como piada pronta. Em tom messiânico, emendou: “Se alguma coisa acontecer comigo, continuem lutando”. Por ele, claro. Bolsonaro tenta reverter a inelegibilidade como quem tenta devolver produto usado sem nota fiscal. Enquanto isso, o PL vai enfileirando candidaturas regionais para manter o nome do ex nas manchetes. E o roteiro é sempre o mesmo: drama, autoidolatria e selfie com gado.

Ozzy Osbourne embala seu próprio DNA em latas de chá por R$ 2.400 e diz: ‘Me clonem, seus bastardos!’

O marketing chegou à fase “não sabemos mais o que vender, então vamos vender DNA”. Ozzy Osbourne, o Príncipe das Trevas, decidiu que o mundo precisava de uma coleção limitada de latas contendo o próprio material genético. Nome do projeto: Infinite Ozzy. Apenas dez latinhas foram escolhidas — todas previamente esvaziadas pelo próprio. A brincadeira, claro, vem com certificado, autógrafo e um preço digno de NFT falido: 450 dólares cada. A campanha promete que no futuro você poderá clonar Ozzy. Porque quem não quer um clone tossindo pelos cantos da sala? Genial e vergonhoso na mesma medida. Lembrando que no ano passado, ele já estrelou o comercial do Death Dust, eletrólitos em pó que não servem nem para TikTok. Ozzy, agora é só vender fragmentos de unha para completar a coleção.

Recordar é Viver: há 13 anos, Assange entrava na embaixada do Equador e o Ocidente enterrava a própria hipocrisia

Em 19 de junho de 2012, Julian Assange atravessava a porta da embaixada do Equador em Londres e começava ali um dos episódios mais constrangedores da diplomacia ocidental recente. O jornalista e fundador do WikiLeaks buscava asilo para não ser extraditado para os EUA, acusado de revelar crimes de guerra e segredos sujos de governos que juram defender a liberdade. Ficou preso no cubículo equatoriano por sete anos, depois encarcerado pelos britânicos, e só em 2024, conseguiu acordo para recuperar a liberdade. Ou seja: o Ocidente passou mais de uma década provando que liberdade de imprensa é bonita nos discursos da ONU, mas péssima quando atinge generais e diplomatas. Hoje, Julian Assange está solto, mas a vergonha segue presa — e sem perspectiva de condicional.

Leia ou ouça também:  Hurb, Greta Thunberg, AA...

Khamenei responde a Trump: Irã não se rende — spoiler: isso vai terminar muito mal para todo mundo

Donald Trump, aquele senhor loiro conhecido por confundir diplomacia com tweets, resolveu elevar a tensão global exigindo a “rendição incondicional” do Irã no meio de um conflito nuclear crescente com Israel. O aiatolá Ali Khamenei, claro, respondeu como se espera de um líder religioso do Oriente Médio: “Não vamos nos render”. Traduzindo: estamos oficialmente na fase “grito mais alto que o seu”. Khamenei também fez questão de avisar que intervenção militar trará “danos irreparáveis”. Em outras palavras: preparem-se para ver as manchetes do tipo “conflito escala no Oriente Médio” por uns bons meses. Enquanto isso, Israel ataca instalações nucleares iranianas e Trump chama o líder iraniano de “alvo fácil”. Realmente, nada melhor do que brincar de roleta russa geopolítica. Spoiler: ninguém sai ganhando.

Khamenei disse que uma intervenção militar trará “danos irreparáveis” (Foto: France 24)
Khamenei disse que uma intervenção militar trará “danos irreparáveis” (Foto: France 24)

Caso Robinho vai para o STJ e advogados tentam transformar 9 anos por estupro em 6 — como se isso fosse consolo

O STJ marcou para 6 de agosto o julgamento do recurso de Robinho, condenado a nove anos por estupro pela Justiça italiana. A defesa do ex-jogador tenta convencer os ministros de que, por algum motivo místico ou jurídico, a pena deveria ser de seis anos. Talvez para facilitar a progressão de regime, talvez por puro capricho — difícil saber. Enquanto isso, o ex-atleta segue detido em Tremembé II, acumulando derrotas judiciais no STF e no próprio STJ. A União Brasileira de Mulheres já avisou: o Brasil não tem que revisar a pena, só cumprir. Afinal, quem foi condenado por crime hediondo deveria ser tratado como tal, não como celebridade em desgraça buscando desconto. O futebol esqueceu Robinho faz tempo. Agora é a Justiça que precisa lembrar por quê.

Situação Fiscal do Brasil – Ricardo Bergamini, Abram Szajman

Em tom de campanha, Bolsonaro convoca novo ato para a Avenida Paulista

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Qualquer ataque dos EUA terá ‘consequências irreparáveis’, diz líder supremo do Irã

Relembre as principais etapas da disputa judicial de 14 anos do caso Julian Assange

STJ marca julgamento de recurso de Robinho para tentar diminuir pena


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