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Café no tarifaço, Avatar, Xbox…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Com Donald Trump jogando xícaras, cafeicultores brasileiros se preparam para a guerra: plano inclui jejum, triangulação via Paraguai e apelo à Nossa Senhora da Torra Média

O setor cafeeiro brasileiro, acostumado a acordar cedo, agora está sem dormir. Com o tarifaço trumpista de 50% pairando como uma nuvem de cafeína estragada, exportadores decidiram parar os embarques. A tática é simples: ganhar tempo e rezar por um novo adiamento — ou por um surto de lucidez em Washington, o que parece mais difícil. O café, que não tem substituto imediato e moldou o paladar do americano médio (aquele que chama espresso de “expresso”), virou arma geopolítica. Donald Trump, num acesso de “lucidez estratégica”, resolveu que a bebida que 1 em cada 3 americanos consome vem de um país muito petista para o gosto dele. Com isso, produtores agora estudam métodos criativos dignos de Marc Rich: triangulação por vizinhos como o Paraguai, que não produz nem para um brunch. A questão é que Trump age como um barista do Apocalipse: ninguém sabe qual será o próximo ingrediente banido. E, claro, há também o componente místico: a borra de café na xícara de Trump só revela caos e um toque de sanção extra contra Alexandre de Moraes. Se nada mudar, o Brasil terá que exportar sacas disfarçadas de chimarrão ou rebatizadas de “produto tropical alternativo descafeinado”. Enquanto isso, os americanos talvez sejam obrigados a se acostumar com o café do Vietnã ou da Etiópia — o que, em breve, pode virar uma crise humanitária.

Custo da feijoada e do quilo de arroz explode: tarifaço ameaça transformar o prato feito em item de luxo gourmet com nome em francês e preço em euro

Se depender de Donald Trump e do apetite tributário de sua gestão, comer em casa vai custar o mesmo que jantar em Paris — com a diferença de que, no lugar de foie gras, teremos arroz agulhinha e linguiça toscana. A sobretaxa nos alimentos importados deve gerar um efeito dominó nas gôndolas dos supermercados e nos cardápios dos restaurantes. Os itens que haviam ensaiado alguma queda de preço agora voltam a subir com a energia de um fermento descontrolado. Para piorar, a Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares de SP já prevê um aumento inicial de 10% no comer fora. E isso é só o começo. O almoço executivo vai virar almoço executivo de CEO da Faria Lima, e o self-service se tornará “self-surrealismo” gastronômico. Comer fora já é caro — agora será ofensivo. O brasileiro que se vire com arroz, ovo e indignação. O presidente americano, aliás, parece decidido a fazer do prato feito brasileiro um inimigo do Estado. Se o tarifaço vingar, a única alternativa será voltar à marmita embrulhada no pano de prato e o cafezinho na garrafa térmica de 1986, enquanto a elite econômica redescobre o charme da comida caseira que ela mesma não sabe preparar. Viva o neoliberalismo temperado com inflação alimentar.

James Cameron diz que vai continuar dirigindo Avatar 4 e 5: crítica internacional cogita formar grupo de apoio para vítimas de sequências eternas

James Cameron, o homem que levou bilhões de dólares para Pandora e bilhões de minutos da vida do público mundial, declarou que continuará à frente de Avatar 4 e Avatar 5. Aos 71 anos, o cineasta garante estar “saudável, pronto e vigoroso” para encarar mais seis ou sete anos de obsessão por azuis digitais. A boa notícia é que ele está animado. A má notícia é que ele está animado. Os fãs da primeira hora, que já envelheceram 15 anos desde o lançamento do original, agora preparam aposentadoria e andadores com tema Na’vi. Cameron parece ter confundido “franquia” com “sacerdócio vitalício”. Há quem diga que, a esse ritmo, Avatar 6 será lançado como holograma direto no túmulo dos espectadores originais. Críticos pedem clemência. Executivos da Disney, porém, fazem reverência silenciosa ao bilhete de loteria vivo que é Cameron. A indústria, presa ao tripé lucro, VFX e delírio épico, o observa com uma mistura de admiração e temor. Afinal, poucas pessoas conseguem dizer com cara séria que estão dispostas a gastar mais uma década dentro de um universo onde todo mundo brilha no escuro e fala com árvores. Mas que seja: James Cameron é o Chefe Seattle da era CGI. Só esperamos que alguém lhe diga, com tato e sabedoria, que nem todo mundo quer morar para sempre em Pandora.

Há exatos 81 anos, poloneses iniciavam a Revolta de Varsóvia: hoje, qualquer tentativa de resistência é confundida com cancelamento no Twitter

Em 1º de agosto de 1944, os poloneses resolveram que já tinham engolido Nazismo demais. A Revolta de Varsóvia, organizada pelo Exército Nacional da resistência polonesa, marcou uma das últimas e mais brutais tentativas de libertar a cidade do domínio alemão. Foram 63 dias de luta, coragem e martírio que ainda hoje merecem respeito — especialmente quando comparados à ideia moderna de resistência, que às vezes se resume a threads indignadas no X (ex-Twitter). Enquanto jovens poloneses enfrentavam tanques com coquetéis molotov e rádios clandestinos, hoje lidamos com o algoritmo e o banimento por “violação dos padrões da comunidade”. Na Varsóvia de 1944, as consequências de resistir eram mortes, deportações e massacres. Na versão atual, o sofrimento maior é ser ignorado pelo engajamento. A brutalidade era concreta. Hoje, a opressão vem na forma de engarrafamento, fila no banco e boletos. Claro que toda comparação é anacrônica e injusta, mas serve para lembrar que heroísmo real não cabe num TikTok de 30 segundos. Que a Revolta de Varsóvia siga sendo estudada — não só como um episódio histórico, mas como um lembrete de que coragem, às vezes, exige mais do que um post viral e um filtro bonito.

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Aprovação de Lula finalmente ultrapassa desaprovação: petistas comemoram com parcimônia, bolsonaristas dizem que é tudo pesquisa fake e Ciro Gomes continua discutindo sozinho

Após meses de empate técnico, a aprovação de Lula voltou a superar sua desaprovação — por um triz, mas o suficiente para que militantes tirem o boné do MST da gaveta e publiquem emojis de coração verde. Segundo a AtlasIntel, o petista agora tem 50,2% de aprovação, contra 49,7% de reprovação. O detalhe: tudo dentro da margem de erro. Mas, em Brasília, esse 0,5% vale mais que aumento de emenda parlamentar. No campo bolsonarista, a reação foi previsível: tudo manipulado, fraude, conspiração comunista apoiada pela Bloomberg (que ninguém nunca leu, mas todo mundo odeia). Já Ciro Gomes, nosso eterno solo act, segue denunciando tudo e todos, como se estivesse num monólogo de Shakespeare com plateia vazia. A boa notícia para Lula é a tendência de melhora desde maio. A má notícia é que o brasileiro médio não anda muito interessado em aprovação presidencial entre um boleto e outro. O país vive sua própria síndrome bipolar: a cada pesquisa, um flerte com o messianismo e outro com o niilismo cívico. No final, o que decide é o preço do arroz, da gasolina e do TikTok de algum ministro errando o hino nacional.

Xbox entra na era do AI-pocalipse: Microsoft demite humanos, cancela jogos e transforma estúdios em fazendas de bots dirigindo Halo como se fosse Uber

A divisão de games da Microsoft virou um experimento distópico de ficção científica: demissões em massa, projetos arquivados e a Inteligência Artificial assumindo o manche como um gamer insone com poder demais. Estúdios históricos como Rare, Turn 10 e ZeniMax agora servem de laboratório para IA que escreve roteiros, desenha personagens e talvez até jogue melhor do que você. Entre as baixas, estão Perfect Dark (reboot? cancelado), Project Blackbird (você nunca ouviu falar? pois é, RIP) e Everwild, o jogo que prometia tudo e entregou… demissão. A Turn 10, coitada, virou Turn Off. Na 343 Industries, a franquia Halo — que já foi ícone, depois virou meme — agora é terceirizada para estúdios europeus. O resultado? Revolta nos bastidores e um novo tipo de bug: emocional. O sentimento geral é que a Microsoft está dois consoles atrás da concorrência e cinco decisões erradas à frente. Enquanto isso, Satya Nadella sorri numa conferência e diz que a IA é o futuro. Talvez seja. Mas se depender da Microsoft Games, o futuro será uma simulação procedural com NPCs substituindo devs, onde o final já está bugado e o chefe final é o Excel.

A divisão de games da Microsoft virou um experimento distópico de ficção (Foto: Wiki)
A divisão de games da Microsoft virou um experimento distópico de ficção (Foto: Wiki)

Com Donald Trump jogando xícaras, cafeicultores brasileiros se preparam para a guerra

Custo da feijoada e do quilo de arroz explode

James Cameron diz que vai continuar dirigindo Avatar 4 e 5”

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