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Carla Zambelli, TV Manchete, Gmail…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Ministro Alexandre Silveira e o caríssimo turismo governamental

O ministro Alexandre Silveira, da pasta de Minas e Energia — mas com vocação clara para o Turismo de Primeira Classe — já torrou mais de R$ 350 mil em viagens a serviço em 2025. Em cinco meses, acumulou milhas em sete países: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Suíça, Paraguai, Japão, Vietnã e China. Só o trecho Xangai-São Paulo custou R$ 70 mil — o preço de um carro popular zero. Mas, ei, tudo pelo Brasil, certo? Nada como discutir o futuro da matriz energética nacional sob o céu de Tóquio, com escalas estratégicas em Genebra. Se continuar nesse ritmo, a COP30 terá de ser realizada no Galeão, para evitar estouro do orçamento aéreo. Silveira, aliás, está prestes a superar o recorde de viagens do próprio Itamaraty, com direito a buffet diplomático e reuniões técnicas com vista para o deserto. Energia, sim, mas só se vier acompanhada de champanhe gelado.

Elon Musk: o estagiário mais poderoso da Casa Branca

Elon Musk deixou oficialmente o cargo de “funcionário especial do governo Trump”, um título quase simbólico, dado que ele já agia como CEO dos EUA. O novo relatório do Senado, com o sabor agridoce da senadora Elizabeth Warren, lista 130 ações de Musk, suas empresas e familiares que fariam um ministro do STF perder o sono. SpaceX? Ganhou contratos. Tesla? Lucrou. Neuralink? Implantou. X? Propagou. Musk usou os 130 dias no governo como quem usa um jogo de tabuleiro — só que o tabuleiro era a Constituição dos EUA. Mesmo fora do cargo, Trump deu a ele “a chave da Casa Branca”, num gesto tão literal quanto patético. Musk, que despejou US$ 300 milhões na campanha de 2024, virou o mais influente conselheiro informal da república MAGA. A política externa virou um tweet e a USAID virou pó. O relatório acerta: Musk é o novo interesse especial — com livre trânsito e zero vergonha.

Gmail com IA: o resumo do resumo do resumo

Se você achava que ler e-mails era um fardo, o Google resolveu que até isso pode ser preguiçoso demais. Agora, o Gmail, turbinado com o Gemini (a IA da casa), vai resumir automaticamente suas conversas — ou seja, você lerá resumos de e-mails que já eram resumos de conversas que ninguém mais lê. Por enquanto, o recurso está disponível só em inglês, só para celulares e só para quem paga pelo Google Workspace. O Google acha que você é ocupado demais para clicar em “mostrar mais”, mas inocente o suficiente para confiar cegamente na IA para interpretar mensagens corporativas. Spoiler: ela vai errar. E quando errar, sua demissão virá resumida em três linhas sintéticas. Claro que é “para facilitar a experiência do usuário”. Em breve, você poderá se comunicar com colegas apenas trocando resumos de resumos — a empresa agradece e os seres humanos, também conhecidos como ex-funcionários, vão para terapia.

O Gmail com IA agora vai resumir automaticamente as suas conversas (Foto: Tecmundo)
O Gmail com IA agora vai resumir automaticamente as suas conversas (Foto: Tecmundo)

Lula em baixa: nem os católicos salvam mais

A Quaest jogou mais um balde de realidade fria no Planalto: a desaprovação de Lula bateu 57%, a pior marca desde o início do mandato. A aprovação caiu para 40% — e o resto preferiu o silêncio. Pela primeira vez, até os católicos, historicamente um reduto lulista, viraram a casaca. No Nordeste, o petista ainda respira, mas nos demais cantos do Brasil o clima é de refluxo eleitoral. Nem os pobres (até 2 salários mínimos) seguraram a onda. A queda é uniforme: entre os menos escolarizados, os religiosos e os desiludidos. A cereja no bolo? O dado de que quem ganha mais até oscilou na direção de Lula, o que deve causar enjoo em parte da esquerda tradicional. O presidente, que apostou alto no carisma e no resgate do “pai do povo”, vê agora sua popularidade escorrer como promessa de campanha no Congresso. O terceiro mandato, ao que tudo indica, será o mais longo dos três. E não é por causa do tempo.

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Zambelli em fuga: da CNJ ao CNI (Cidadania na Itália)

A deputada Carla Zambelli, após condenação no STF, resolveu que a justiça brasileira é opcional. Fugiu do país com a habilidade de um espião de filme B, passando por Foz do Iguaçu, atravessando a fronteira com a Argentina, e dali embarcando para os EUA. Em entrevista, disse estar na Europa, cuidando da saúde — versão que pode ou não incluir saúde política. Enquanto isso, a PGR pediu sua prisão preventiva e seu advogado largou o caso com um elegante “por foro íntimo”. Na prática, Zambelli já ensaia o exílio dourado: quer montar uma operação midiática anti-STF diretamente da Itália — onde, não por acaso, detém cidadania. A inspiração vem de Eduardo Bolsonaro e da ultradireita global. Meloni é a musa, Moraes é o inimigo. O que começou como paranoia virou plano de fuga internacional com toques de reality show. Do CNJ hackeado ao passaporte italiano, Carla quer ser mártir. Mas está mais para fugitiva de luxo.

Recordar é Viver: TV Manchete, 41 anos depois do início

Em 5 de junho de 1983 nascia a TV Manchete — e com ela, uma era de produções megalomaníacas, salários astronômicos e dívidas igualmente épicas. A emissora virou sinônimo de ousadia visual e colapso administrativo. Foi lar de Pantanal, Clube da Criança e Documentários com voz empostada sobre o Japão. Também foi o local onde artistas descobriram que glamour não paga contas. Hoje, o espectro da Manchete sobrevive como terreno ocupado pela RedeTV!, um dos maiores paradoxos da comunicação brasileira: do padrão cinematográfico ao barraco matinal. A efeméride é lembrada com certa saudade, mas também como alerta — que sonhar alto, sem saber somar, dá em falência. A Manchete virou lenda, mas a RedeTV! insiste em ser piada. O canal original morreu; o espírito, talvez, habite alguma reprise perdida. E o Brasil continua, teleguiado, entre o delírio da inovação e a comédia da repetição.

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A história da Manchete


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