Carlo Barbieri analisa o momento de China e EUA
Com mais de 30 anos de experiência nos Estados Unidos, Carlo Barbieri é um dos principais analistas quando se trata de esmiuçar as questões envolvendo o gigante do norte e todas as suas nuances. É presidente do Grupo Oxford, a maior empresa de consultoria brasileira nos EUA. É consultor, jornalista, analista político, palestrante e educador. Formado em Economia e Direito com mais de 60 cursos de especialização no Brasil e no exterior. Também é especializado em inteligência de negócios e soluções estratégicas para pequenas, médias e grandes corporações em âmbito nacional e internacional, sendo o mercado brasileiro seu maior público alvo. Viajou, deu palestras e desenvolveu negócios em mais de 70 países, nos 5 continentes. “Os EUA, que estavam com um crescimento econômico inédito em sua história, com a pandemia tiveram uma perda de cerca de 32% sobre o crescimento anterior. Houve um desemprego massivo e uma quase total paralisação do comércio, da indústria e dos serviços. Os dados de agosto indicam que há melhoras substanciais para a retomada do desenvolvimento. O desemprego que na fase pré-pandemia havia baixado ao índice mais baixo em 50 anos (3,5%), subiu para cerca de 20%, mas já decresceu para 14%, 11% e, em julho caiu para 10,2%. A indústria tem batido recorde de produção, o comércio se recuperando, as casas sendo construídas e vendas mais do que antes”, afirma.
Carlo, como analisa o momento econômico dos Estados Unidos durante essa pandemia?
Os EUA, que estavam com um crescimento econômico inédito em sua história, com a pandemia tiveram uma perda de cerca de 32% sobre o crescimento anterior. Houve um desemprego massivo e uma quase total paralisação do comércio, da indústria e dos serviços. Os dados de agosto indicam que há melhoras substanciais para a retomada do desenvolvimento. O desemprego que na fase pré-pandemia havia baixado ao índice mais baixo em 50 anos (3,5%), subiu para cerca de 20%, mas já decresceu para 14%, 11% e, em julho caiu para 10,2%. A indústria tem batido recorde de produção, o comércio se recuperando, as casas sendo construídas e vendas mais do que antes.
Como vislumbra a economia do país mais poderoso do mundo no pós-Covid?
Seguramente teremos setores de recuperação mais lenta como a área de turismo, mas creio se confirmará a previsão de que os EUA será o país que sairá na frente na recuperação econômica no mundo. O desemprego deverá baixar para um dígito, o comércio se recuperará, as bolsas que analisam o futuro estão batendo recordes de valores, ainda acima da fase pré-pandemia para a maioria das ações cotadas. Será, seguramente uma locomotiva que ajudará com sua recuperação o resto dos países.
Qual será o impacto político e econômico no mundo pós-pandemia?
Haverá, seguramente uma revisão das formas de comércio e de relações políticas. A China que com um dumping dos setores oligopolizados de indústrias sobre o controle do Estado Chinês, praticaram um forte dumping que tirou as indústrias ocidentais da competição. Da mesma forma a Globalização vem perdendo espaço para acordos bilaterais que deverá seguir ganhando força do comércio mundial.
O momento está propício para investir em quais setores do país?
Nos EUA estão alguns setores já estão crescendo e outros ficaram enfraquecidos. Os seguimentos melhores são os da área industrial com capacidade de exportar a partir dos EUA.
O mercado imobiliário é um mercado quente atualmente?
Realmente o mercado esta numa muito boa fase, extremamente compradora, de alta liquidez em várias regiões da Flórida.
A Flórida é a grande “coqueluche” do mercado de imóveis?
O mercado está bom como um todo mas, a Flórida, como destino de imigração e migração tem um valor especial. A Flórida deverá aumentar sua população em 20% nos próximos 6 anos o que significam mais 6 milhões de pessoas que precisarão de casas para morar.
As eleições em novembro, devem afetar esse cenário?
Não creio, o crescimento dos EUA está sendo tratado agora e, seja quem for o eleito não atrapalhará este movimento positivo.
Quais as oportunidades para os empreendedores brasileiros que querem operar no mercado americano?
A área mais recomendável é começar com investimento em títulos de renda fixa de bancos de primeira linha para já terem uma disponibilidade, líquida em dólar. A partir desta posição, buscar um negócio que lhe seja adequado. Qualquer coisa que gere exportação sempre terá um grande espaço de crescimento nos EUA. Há mais de 2000 formas que o governo americano ajuda este tipo de empresas.
A pandemia vai acelerar a ruptura de blocos comerciais entre países?
Creio que seguirá neste sentido, a pandemia acelerará o processo. Os países terão que defender-se, defender a sua economia e seus cidadãos acima das ações coletivas.
Como o Brasil pode ter vantagem em tais acordos?
O Brasil está no melhor dos mundos. Tem toda a abertura para entrar nas exportações massivas de manufaturados e semielaborados para os EUA, toda facilidade para seguir exportando commodities para a China e seguramente poderá ser o destino das indústrias que estão saindo da China para poderem seguir e entrar no mercado americano.
China e EUA estão criando uma “guerra fria comercial” em sua visão?
Na realidade estamos já há tempos na terceira guerra mundial em termos econômicos. A China buscando a hegemonia do Comércio Internacional, com o domínio da logística internacional (toda retratada no plano 2025 do PC Chinês) e os EUA só se deram conta há poucos anos e estão reagindo, talvez, tardiamente.
Última atualização da matéria foi há 3 anos
Clientes bancários satisfeitos, mas atentos
abril 18, 2025O impacto econômico do entretenimento noturno em grandes cidades
abril 16, 2025O caminho para obter Golden Visa Portugal
março 23, 2025Tendências do mercado financeiro para 2025
janeiro 5, 2025Pix: uma revolução financeira em curso no Brasil
dezembro 18, 2024Cuidado com os sites falsos na Black Friday
novembro 15, 2024O estado do Mato Grosso está à venda?
novembro 7, 2024O Pix terá novíssimas regras a partir de hoje
novembro 1, 2024Abeaço desafia decisão que favorece CSN
outubro 21, 2024Biofertilizantes mudam o agronegócio do país
setembro 29, 2024Construção civil em alta atrai investimentos
setembro 18, 2024Odebrecht cria nova PJ para sobrevivência
setembro 13, 2024
Eder Fonseca é o publisher do Panorama Mercantil. Além de seu conteúdo original, o Panorama Mercantil oferece uma variedade de seções e recursos adicionais para enriquecer a experiência de seus leitores. Desde análises aprofundadas até cobertura de eventos e notícias agregadas de outros veículos em tempo real, o portal continua a fornecer uma visão abrangente e informada do mundo ao redor. Convidamos você a se juntar a nós nesta emocionante jornada informativa.
Facebook Comments