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Epstein, Gaza, celulares…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

“Contrib. ASABASP Brasil R$ 77,86”: o novo horóscopo do aposentado brasileiro que abre o ‘Meu INSS’ em busca de sentido existencial no extrato

De todas as páginas ocultas no universo digital, poucas são tão míticas quanto a famigerada “Histórico de Créditos” do Meu INSS — aquela onde repousam lado a lado salário, empréstimo e dinheiro misteriosamente retirado sob rubricas indecifráveis. Para quem tem a sorte de achar a página (sim, ela desaparece como o gato de Schrödinger), ela revela uma realidade paralela: contribuições automáticas a entidades que ninguém conhece, como a lendária ASABASP, que soa mais como o nome de um país imaginário de quadrinhos dos anos 60 do que uma organização séria. A tese conspiratória da vez? O sumiço da aba seria resultado de uma “cooperação informal” entre operadores do sistema e antigos consorciados do BNDES, que, entre um leilão e outro, decidiram dar um refresh na interface — e no extrato. No país onde o idoso vira cliente de uma fintech sem saber, o novo esporte nacional é traduzir siglas obscuras que debitam valores simbólicos de forma bem real.

Trump, Epstein e a carta de aniversário “picante”: nova temporada de “House of Cards” agora é reality show, e com letra cursiva

Donald Trump, o presidente reeleito por um eleitorado que aparentemente perdeu a vergonha, resolveu encarar uma velha carta enviada ao amigo Jeffrey Epstein com uma nova desculpa: “Não fui eu, foi minha assinatura que foi clonada”. O bilhete, segundo o Wall Street Journal, continha versos poéticos sobre segredos em comum e terminava com um “feliz aniversário” digno de uma comédia de mau gosto em horário nobre. À sombra do escândalo, Trump acionou o jurídico contra o jornal — porque, claro, é sempre culpa da imprensa. Já estamos tão calejados que, se amanhã disserem que os dois tinham uma startup de cruzeiros caribenhos “somente para adultos”, a reação será um coletivo levantar de sobrancelhas e um suspiro cínico: “De novo isso?”. No país da liberdade irrestrita e da memória seletiva, Trump segue liderando a nação e o trending topics. Epstein: o morto que continua mais vivo do que certos vivos.

Há 30 anos, cientistas acharam o gene da obesidade: infelizmente, o fast food achou primeiro os genes do prazer

Em 28 de julho de 1995, o mundo celebrou a descoberta do gene da obesidade como quem encontra um culpado genético conveniente para as três batatas grandes, dois milkshakes e o sanduíche triplo com bacon que compõem o almoço urbano médio. Trinta anos depois, o tal gene está mais ativo do que nunca — nutrido por aplicativos de entrega, ausência de tempo e por uma cultura que premia a conveniência calórica. Ironia das ironias, agora já sabemos até a sequência genômica da tendência a ganhar peso, mas seguimos com a geladeira cheia de refrigerantes zero que não ajudam ninguém a emagrecer. A culpa é do gene? Claro, como se ele mesmo tivesse aberto a portinha do drive-thru às 23h45 de um domingo. A ciência fez sua parte. A humanidade, como de costume, preferiu nuggets.

Brasil tem recorde de internet e celulares: nunca estivemos tão conectados e tão perdidos ao mesmo tempo

Os dados do IBGE são claros: o Brasil está oficialmente online. Temos mais celulares do que gente que sabe o que fazer com eles. Banda larga fixa, móvel, 5G, sinal via satélite, Wi-Fi da padaria… tudo isso para que o cidadão médio possa seguir firme na sua maratona de vídeos com thumbnails sensacionalistas, podcasts de autoajuda e correntes do WhatsApp. Nas zonas rurais, o avanço é notável, embora o serviço ainda seja mais instável que a memória do Congresso sobre suas próprias promessas. A questão que ninguém quer responder: estamos usando essa hiperconectividade para evoluir ou apenas para assistir a vídeos de “pegadinhas reais em Dubai?” O Brasil é o país do futuro, mas parece cada vez mais o país do buffering.

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Temos mais celulares do que gente que sabe o que fazer com eles (Foto: Renascença)
Temos mais celulares do que gente que sabe o que fazer com eles (Foto: Renascença)

Mais cinco mortos de fome em Gaza: mundo zapeia, atualiza o feed e ignora como se fosse apenas mais um glitch no Instagram

Enquanto líderes discursam, a ONU emite notas e influencers compartilham stories em Paris sobre “a importância de cuidar do planeta”, crianças morrem de fome em Gaza. A tragédia humanitária segue seu roteiro brutal: corpos frágeis, mães em prantos, e um número de mortos que sobe de forma inversamente proporcional ao interesse internacional. A bebê Zeinab Abu Halib morreu nos braços da mãe, mas isso não gerou manchetes estridentes ou luto global, apenas mais um dado doloroso num conflito que virou paisagem de rodapé. A diplomacia internacional, nesse cenário, é um PowerPoint sem som, uma reunião sem ata. A fome em Gaza é tão real quanto a indiferença planetária — e os dois parecem se alimentar mutuamente.

Papa Leão XIV recebe Igreja Ortodoxa Russa: Vaticano tenta unir cristãos enquanto a geopolítica implora por um milagre

O novo papa, que assumiu com nome de imperador romano e paciência de terapeuta de casal, recebeu neste sábado o metropolita Anthony, representante da Igreja Ortodoxa Russa. O objetivo? Retomar um diálogo que foi para o brejo desde que o patriarca Kirill decidiu apoiar a invasão da Ucrânia como quem abençoa uma cruzada medieval. No Vaticano, sorriram, apertaram mãos e trocaram votos de paz. Do lado de fora, o Kremlin respondeu com um bocejo diplomático, alegando que o Vaticano, por estar geograficamente dentro da Itália (membro da OTAN), não é terreno neutro. O diálogo inter-religioso virou quase uma peça de teatro: todos decoram suas falas, mas ninguém acredita muito no roteiro. A igreja quer paz, os governos querem território, e o povo? O povo reza — sem saber se alguém ainda está escutando.

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