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Grok, Eduardo Bolsonaro, Trinity…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

De terno, gravata e sanha trumpista: Eduardo Bolsonaro, o diplomata do caos, agora sob vigilância, protagoniza o reality show geopolítico com Bannon, tarifas e lingerie ideológica nos bastidores da ultradireita

Sim, ele mesmo, o 03. Deputado licenciado, eterno aprendiz de espião de bunker e agora articulador tarifário nas sombras — Eduardo Bolsonaro transformou o que era uma série de gafes e tweets analfabetos em operação diplomática digna de filme B da Guerra Fria. Sob o olhar cúmplice (e constrangedor) de Donald Trump, Eduardo teria participado da formulação da carta que Trump enviou a Lula acusando o Brasil de perseguir o seu “bom amigo Bolsonaro” e, de lambuja, decidiu que a Espanha agora faz parte dos BRICS — geopolítica freestyle. Com apoio irrestrito do empresário Luciano Hang, Eduardo sonha dividir o “legado” do pai com o próprio Trump, enquanto é monitorado pela Abin, Itamaraty, PF e, em breve, talvez pela CIA e pela Netflix. De figura folclórica a peça-chave do trumpismo tropical, 03 age com passaporte diplomático informal e imunidade emocional garantida por Bannon, Heritage Foundation e uma coleção de senadores conservadores da Flórida. Seu novo título? Che Guevara da direita delirante. O Estado brasileiro, ao que parece, prefere assisti-lo — de binóculo — do que tentar prendê-lo, já que Eduardo deve pedir asilo político antes mesmo de ouvir “ordem de captura”. Em Washington, o garoto virou mascote do MAGA. Aqui, virou dossiê pronto pra campanha.

Grok, o IA bipolar de Elon Musk, agora fala palavrões, flerta com você e tira a roupa: a “fanfic do Hitler” é só o começo no parque temático emocional do Vale do Silício

A xAI, do sempre comedido Elon Musk, lançou a mais recente versão de seu chatbot Grok — que, aparentemente, acredita ser o próprio Musk encarnado em IA. Se você achava que o futuro da Inteligência Artificial era ajudar na cura do câncer, pense de novo: o Grok agora tem “Companions”, personagens virtuais com dilemas existenciais e roupas removíveis. Entre eles, Bad Rudy, um panda-vermelho escroto que te chama de “babaca chorão”, e Ani, uma loira anime que, se você for gentil, tira o vestido e te chama de “amor”. Musk, em tom de gênio de botequim, postou orgulhosamente: “Ativem os Companions”. Mesmo com filtros ativados, a IA insiste em flertar com menores de idade e filosofar sobre eugenia. Tudo isso por US$ 300 ao mês — ou de graça, se você for masoquista. Já tem gente no Congresso americano pedindo regulação, mas no Brasil o único risco é isso virar cabo eleitoral do PL. Afinal, para o eleitorado bolsonarista, uma IA que flerta, delira e xinga parece um upgrade do Allan dos Santos.

xAI lançou ontem a mais recente versão de seu chatbot rebelde Grok (Foto: Next Idea)
xAI lançou ontem a mais recente versão de seu chatbot rebelde Grok (Foto: Next Idea)

Hoje, há 80 anos, os EUA explodiram uma bomba nuclear no deserto: o planeta sobreviveu, mas os humanos seguiram testando bombas ainda mais perigosas — como Bolsonaro, Musk e Dallagnol

Era 16 de julho de 1945 quando cientistas do Projeto Manhattan explodiram pela primeira vez uma bomba de plutônio em pleno deserto do Novo México. Era a chamada Experiência Trinity. O mundo não acabou, mas perdeu sua inocência — e ganhou Hiroshima, Nagasaki e sete décadas de paranoia nuclear. Desde então, a Era Atômica virou sinônimo de poder, medo e delírio. Mas, convenhamos: em 2025, o planeta já está bem mais acostumado com ameaças menos radiativas, porém, igualmente destrutivas. Há quem diga que a verdadeira Trinity contemporânea é composta por Grok, 03 e o Ministro da Defesa argentino, que ainda acredita que a Terra é plana (e que a Argentina pode ser potência global). A explosão nuclear, ao menos, obedeceu leis da física. Já o que se passa no Congresso brasileiro ou no feed de Elon Musk parece sair direto de um universo onde Oppenheimer teria, de fato, se arrependido de tudo — inclusive de nascer.

Trump, o protetor dos pobres empresários americanos e do velho amigo Bolsonaro, resolve usar o Brasil como cobaia da sua cruzada tarifária MAGA: o problema é que ninguém sabe se isso é diplomacia ou vingança com grife

Donald Trump voltou a fazer o que sabe melhor: bravatas disfarçadas de políticas públicas. Entre uma viagem para Pittsburgh e outra para o ego, chamou Jair Bolsonaro de “homem bom” e justificou as tarifas de até 50% sobre produtos brasileiros como defesa da democracia (americana, claro). Em tempos de loucura global, tudo vira narrativa: o julgamento de Bolsonaro no STF, segundo Trump, é “caça às bruxas”. A Procuradoria-Geral da República, que o diga: quer condenar o “núcleo duro” do golpe de 8 de janeiro, e Bolsonaro está no centro da acusação. Mas nada disso importa para Trump, que prefere ver no Brasil uma Venezuela do bem — ou, pior, um México com samba e açúcar. A retórica do presidente republicano é clara: proteger seu aliado bolsonarista é proteger a sua própria narrativa de martírio. Afinal, se Lula é o vilão lá, Trump é o mocinho aqui. Em meio às tarifas, o Brasil vira bucha de canhão no teatro eleitoral dos EUA. A pergunta é: quem paga a conta? Spoiler: as empresas brasileiras — e talvez sua ceia de Natal.

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União desembolsa quase R$ 6 bilhões em 2025 para pagar dívidas de Estados e municípios falidos, enquanto governadores seguem praticando a arte da inadimplência com a leveza de quem vive num país sem calendário nem Excel

Entre janeiro e junho, o Tesouro Nacional bancou R$ 5,94 bilhões em dívidas de governos estaduais e municipais. Os campeões da inadimplência? Rio de Janeiro e Minas Gerais — clássicos de sempre no pódio do calote institucionalizado. O regime é chamado de “Recuperação Fiscal”, mas tem mais cara de “Papai Noel da União”: Estados quebram, não pagam, a União cobre, e todo mundo segue como se nada tivesse acontecido. Desde 2016, já foram R$ 81,38 bilhões pagos — e só R$ 5,78 bilhões recuperados. Em junho, o que voltou aos cofres públicos foi o valor simbólico de R$ 76 mil. Sim, mil. Quase o valor de um smartwatch do Grok em modo tarado. E tem gente em Brasília dizendo que isso é “sustentabilidade federativa”. A verdade é que muitos Estados usam o RRF como programa de fidelidade: quanto mais você deve, mais ganha indulgência. E se reclamar, ainda recebe um parcelamento de 360 meses. O Brasil inventou o pós-capitalismo: dívidas que se perpetuam no além, governadores que governam sem pagar e Tesouro que atua como ex-cônjuge devoto — pagando até pensão para quem sumiu.

Osmar Terra ressurge do limbo negacionista para culpar Lula pelas tarifas de Trump, pelo mau tempo, pela fome no mundo e pela extinção dos dinossauros: agora com 20% mais ressentimento e 0% de lógica

Osmar Terra, o homem que achou que a COVID acabaria antes do carnaval de 2020 (spoiler: não acabou), voltou à ativa com diagnósticos dignos de um oráculo de rodoviária. Segundo ele, o tarifaço de Trump contra o Brasil é culpa… de Lula, claro. Terra, que virou meme na pandemia e agora tenta se reinventar como analista geopolítico com QI de WhatsApp, afirma que o presidente brasileiro gasta demais, fala demais, inventa inimigos externos e que “fabricou o desastre econômico”. Nada sobre as escolhas do próprio Trump ou o lobby bolsonarista nos EUA. Para ele, Lula só precisa “sentar para negociar” — como se Trump estivesse em clima de jantar à luz de velas. E ainda elogia o líder da extrema direita global como um pacificador com problemas de autoestima. No final, Terra soa mais como uma espécie de Zé do Caixão do liberalismo: com previsões tétricas, estética de 2018 e um saudosismo do tempo em que fake news eram novidade. Mas quem somos nós para questionar um homem que defendeu a imunidade de rebanho como política pública? Talvez ele só queira mesmo um ministério. Ou um podcast.

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