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Little Boy, Piauí, Soraya Thronicke…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Céu de brigadeiro, Super Tucano no radar e um Panamá pronto para decolar: Embraer escapa de Trump, dribla o dólar e mira nos trópicos e savanas

Depois de escapar de um míssil tarifário teleguiado por Donald Trump (o avô da retaliação econômica), a Embraer voltou a respirar sem máscara de oxigênio. O céu voltou a ser azul – pelo menos para quem anda de A-29 Super Tucano. Com um pé no BNDES e o outro na diplomacia armada, a empresa prepara o envio de quatro, talvez seis, dessas belezinhas voadoras ao Panamá, selando a venda durante o chá diplomático do presidente José Raúl Mulino no próximo dia 28. O que parece um negócio regional é, na verdade, o enredo de uma expansão silenciosa: da América Latina à África, a Embraer quer pintar de verde-e-amarelo o mapa da defesa aérea. Na África do Sul, o Super Tucano já paquera a Força Aérea local, e o C-390, que flerta com a substituição do Hércules C-130, aguarda um sim presidencial. E se der certo, adeus Lockheed, olá Ipanema (não a da praia, mas a da aviação). O Brasil, meus caros, continua exportando commodities — só que agora com turbina e míssil.

A Piauí distribui o pão da traição com nomes, fontes serifadas e sem dó: Judas, Calabar, Bolsonaro, Tarcísio e o marechal Pétain entram na roda

A capa da última Piauí é um primor gráfico e um espetáculo de passivo-agressividade editorial. Letras grandes, pequenas, em negrito ou quase ilegíveis formam um mural de nomes que, em comum, só têm o cheiro acre da deslealdade. Ali estão Bolsonaro pai e filho, Tarcísio, Calabar, Wang Jingwei, Elfiates de Traquis (sim, isso existe), o marechal Pétain, Benedict Arnold e até o nosso velho conhecido Judas Iscariotes. Tudo isso sem uma explicação explícita — o leitor que se vire no Google ou em sua bagagem de traições escolares. A ideia é simples e brilhante: quem quiser entender, que queime os próprios neurônios. A arte de chamar os bois pelo nome sem precisar mugir. A revista aposta alto na inteligência do leitor (um risco enorme nos tempos atuais) e convida à reflexão: será que estamos cercados de traidores ou apenas mal interpretamos os heróis da conveniência?

Senadora Soraya é vaiada no show do Roupa Nova: o povo não quer saber de política nem quando ela vem disfarçada de karaokê

Na última sexta-feira, em Campo Grande, a senadora Soraya Thronicke aprendeu da pior forma que democracia também é ser vaiada. Durante um show do Roupa Nova — onde o momento de interação costuma envolver músicas e nostalgia, não leis e projetos de lei — Soraya foi tentar brincar de “Dona de mim” e recebeu um “Não, dona, não” coletivo da plateia. Tentava fazer uma pergunta sobre a música “Dona”, mas bastou abrir a boca para as vaias tomarem conta do salão. O baterista Serginho, que tem mais senso de timing do que muito marqueteiro, perguntou: “Ela é da política?”. O resto foi silêncio constrangedor e uma frase que poderia estar em qualquer cartilha de político em apuros: “A gente vive numa democracia.” Sim, senadora. E democracia é isso mesmo: às vezes, a plateia canta junto. Outras vezes, joga tomate.

Thronicke aprendeu da pior forma que democracia também é ser vaiada (Foto: Wiki)
Thronicke aprendeu da pior forma que democracia também é ser vaiada (Foto: Wiki)

Cogumelo atômico, guerra sem poesia: Hiroshima lembra ao mundo que, sim, o apocalipse já estreou e teve até trailer aéreo

No dia 6 de agosto de 1945, a humanidade — tão criativa para criar, tão eficiente para destruir — soltou seu espetáculo mais macabro: a bomba “Little Boy”, lançada pelo B-29 Enola Gay, transformou Hiroshima num cenário de pesadelo. A nuvem de cogumelo virou ícone gráfico de uma era em que apertar um botão podia acabar com a história. Hoje, 80 anos depois, o mundo continua com o dedo coçando e a retórica inflamada. Entre bombas nucleares de bolso, drones assassinos e discursos em tom de fim dos tempos, Hiroshima é lembrança incômoda de que o ser humano, quando resolve brincar de Deus, é um roteirista muito ruim. E, pior: não aprende com o próprio roteiro.

Leia ou ouça também:  Chaves, Petrobras, Rod Stewart...

Com Bolsonaro em prisão domiciliar, oposição faz da mesa diretora um Airbnb do golpismo: Flávio quer paz, desde que venha com anistia e impeachment de brinde

A oposição decidiu transformar o Congresso Nacional num bunker performático. Com Jair Bolsonaro agora de tornozeleira e sem acesso ao TikTok, seus aliados ocuparam as mesas diretoras do Senado e da Câmara — um tipo de “sit-in” à brasileira, com gravata, PowerPoint e reclamação formal. Tudo em nome da “paz”, segundo Flávio Bolsonaro. Paz, no caso, significa: anistia para os golpistas, impeachment de Alexandre de Moraes e cancelamento das sessões que possam atrapalhar a encenação. Davi Alcolumbre, presidente do Senado, está sendo pressionado como se tivesse em mãos o botão de pânico da República. Já Rogério Marinho, líder da oposição, diz que não consegue falar com ninguém há 15 dias — talvez porque o sinal do Wi-Fi golpista esteja fraco. Em resumo: o Brasil virou um teatro onde os atores querem ser absolvidos antes do fim do primeiro ato.

Alexandre de Moraes impõe prisão domiciliar com tornozeleira, silêncio e censura digital: Bolsonaro quebra as regras ao vivo com ajuda do filho e do 4G

Alexandre de Moraes não brinca em serviço — e muito menos com reincidência. Ao decretar prisão domiciliar para Jair Bolsonaro, foi cirúrgico: tornozeleira eletrônica, proibição de visitas sem prévia autorização e veto ao uso de redes sociais. Traduzindo: o ex-presidente virou um influenciador proibido, um vlogger impedido, um TikToker exilado no próprio lar. Mas quem disse que ordem judicial resiste a um filho voluntarioso com celular em mãos? Flávio Bolsonaro, como bom dublê de social media, fez a live do pai por procuração, transmitindo para Copacabana uma mensagem de resistência disfarçada de carinho patriótico. O vídeo, com direito a tornozeleira em close, virou símbolo do “jeitinho judicial” brasileiro. E Alexandre de Moraes, no melhor estilo “pai bravo”, já avisou: descumpriu? Vai pro quarto escuro — também conhecido como Bangu 8.

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A Piauí distribui o pão da traição com nomes, fontes serifadas e sem dó

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