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Meta, Museu Nacional, STF…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Bolsonaro de soluços na capa da Economist com chifres de búfalo: ex-presidente entra para o panteão da tragicomédia global

Jair Bolsonaro, o homem que transformou soluços em trilha sonora de sua decadência, quer assistir ao próprio julgamento como se fosse a pré-estreia de um filme de terror onde ele é ao mesmo tempo vilão e vítima. Michelle e os filhos acreditam que ele não aguenta mais do que duas sessões – e não estamos falando de fôlego moral, mas físico mesmo. Enquanto isso, a revista britânica The Economist resolveu brincar de carnaval amazônico e estampou o ex-presidente de terno, com cara pintada e chifres de búfalo. O subtítulo não deixou espaço para dúvidas: “O que o Brasil pode ensinar à América”. A reportagem detalha as tentativas frustradas de golpe, pinta Bolsonaro como personagem de segunda categoria de uma novela latino-americana e sugere que sua condenação será a prova de que democracias ainda podem se vacinar contra febres populistas. O ex-capitão não gostou: afinal, ele prefere biografias não autorizadas em canais de YouTube. Mas convenhamos: ser capa de revista gringa é o mais próximo que Bolsonaro chegará do título de “estadista mundial”.

Meta cria bots sexuais de Taylor Swift e Scarlett Johansson: quando Silicon Valley resolve brincar de adolescente tarado

A Big Tech que vende futuro inclusivo decidiu oferecer nostalgia de bate-papo do finado mIRC, só que em versão luxuosa: bots de Taylor Swift, Scarlett Johansson, Anne Hathaway e Selena Gomez, todos programados para flertar, insistir que eram as artistas reais e até mandar convites para encontros picantes. A coisa degringolou quando o bot da Swift chamou um repórter da Reuters para um romance em Nashville e começou a sugerir “histórias de amor” — provavelmente mais convincentes que o álbum 1989. Funcionários da própria Meta criaram pelo menos três desses Frankensteins digitais e compartilharam no Facebook, WhatsApp e Instagram. O resultado? Mais de 10 milhões de interações e uma investigação que fez a empresa correr para apagar o vexame. Oficialmente, a Meta disse que “não permite personificação de figuras públicas”. Extraoficialmente, parecia só permitir enquanto não desse escândalo. Agora, a cereja no sundae: o Senado dos EUA investiga se esses brinquedos virtuais foram treinados para flertar com adolescentes. Zuckerberg deve estar se perguntando se não era mais fácil lançar logo um Tinder Metaverso.

Funcionários da Meta criaram três Frankensteins digitais de alta voltagem (Foto: Wiki)
Funcionários da Meta criaram três Frankensteins digitais de alta voltagem (Foto: Wiki)

Sete anos do fogo no Museu Nacional: o incêndio virou metáfora de um país que queima até a própria memória

Em 2 de setembro de 2018, o Museu Nacional do Rio de Janeiro virou cinza diante dos olhos atônitos do mundo. Mais de 90% do acervo, incluindo fósseis, documentos históricos e relíquias indígenas, desapareceu em chamas. Sete anos depois, o incêndio continua sendo a imagem perfeita do Brasil: um país que gosta de posar de império cultural, mas que deixa sua herança derreter por falta de extintor, verba e vergonha. Governos prometeram reconstrução, mas o ritmo é digno de obra de igreja barroca: um andaime aqui, um discurso ali, uma maquete digital para acalmar a UNESCO (inauguração total é prometida para 2026). Enquanto isso, pedaços da história do continente seguem esquecidos em depósitos improvisados. O incêndio foi “tragédia anunciada”, disseram os especialistas. Pois bem, o anúncio virou trilha sonora: sempre que a memória cultural pede socorro, o Estado responde com mais cortes no orçamento. O Museu Nacional virou um símbolo, mas não da ciência, e sim da combustão espontânea da negligência.

Manifestação pró-Bolsonaro em Brasília: motociata, tornozeleira eletrônica e orações a um juiz improvável

Domingo, 31 de agosto, Brasília virou palco de mais um ato em defesa de Jair Bolsonaro. Teve bandeira do Brasil, camiseta verde-amarela, carreata e até Carlos Bolsonaro, devidamente disfarçado de motociclista anônimo com capacete — como se não fosse reconhecido pelo perfil de vereador carioca perdido no Planalto. Os fiéis pediam duas coisas: a liberdade de Bolsonaro e o juízo de Alexandre de Moraes. Mistura curiosa de fé e desespero, com direito a pedidos divinos para que o ex-presidente seja absolvido a partir de hoje, quando começa o julgamento na Primeira Turma do STF. Enquanto isso, Bolsonaro segue em prisão domiciliar, monitorado por tornozeleira eletrônica — espécie de joia eletrônica da nova elite populista. O ato, claro, misturou indignação com romantismo golpista. “Bolsonaro não fez crime nenhum”, repetiam como mantra, ignorando relatórios inteiros. O Brasil conseguiu: temos torcida organizada até para processo penal. E como toda torcida, ainda acredita que o juiz pode virar o jogo.

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Primeira Turma do STF assume julgamento de Bolsonaro: quando cinco ministros se transformam em plateia de coliseu político

O julgamento que pode definir o futuro político de Jair Bolsonaro e sete aliados não será no plenário, mas na Primeira Turma do STF. Para quem não lembra da aula de organização judiciária, o Supremo tem 11 ministros, divididos em dois colegiados de cinco integrantes, com poderes para decidir questões criminais. No caso, o quinteto é formado por Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Luiz Fux. A plateia é pequena, mas o espetáculo é grande: estamos falando da acusação de tentativa de golpe de Estado em 2022. Cada ministro carrega currículo e narrativa própria — de Dino, o ex-governador comunista, a Zanin, ex-advogado de Lula. A ironia é inevitável: Bolsonaro, que sempre acusou o Supremo de “ativismo político”, agora tem seu destino nas mãos de um microcosmo político-judiciário. A arena está pronta: advogados vão bradar inocência, a Procuradoria vai pedir condenação, e o país vai acompanhar como quem assiste final de Copa do Mundo. A diferença é que aqui, o juiz pode também ser carrasco.

STF vira espetáculo internacional: 66 jornalistas estrangeiros e 501 credenciados para assistir ao “circo jurídico”

O julgamento de Jair Bolsonaro e aliados não será apenas assunto nacional: virou show de alcance global. Até agora, 66 jornalistas estrangeiros se credenciaram para acompanhar o caso no Supremo, além de 501 profissionais no total. Nunca a tornozeleira eletrônica de um ex-presidente foi tão fotogênica. O interesse é óbvio: se o Brasil condenar um líder populista por tentativa de golpe, vira exemplo para democracias abaladas. Se absolver, vira piada global. A imprensa internacional já trata o caso como reality show político: cinco sessões, com data e hora, roteiro definido e personagens conhecidos. O STF se transforma em palco e o julgamento em espetáculo — com transmissão em tempo real, comentários de especialistas e hashtags fervendo no X (ex-Twitter). A diferença é que aqui não há voto popular: o veredito cabe a cinco togados. Se condenarem, o Brasil entra para os livros como laboratório da resistência democrática. Se não, apenas reforça a tradição tropical de transformar tragédia em farsa.

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