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#MeToo, Titanic, Romeu Zema…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Operação Carbono Oculto expõe fintechs como bancos de carnaval: Receita descobre festa sem regras, clientes na corda bamba e PCC de olho no buffet financeiro

A Operação Carbono Oculto não veio exatamente como surpresa: revelou o óbvio absoluto — fintechs brasileiras operam como bancos, mas sem bancos, sem regras e sem responsabilidades. O ministro Haddad anunciou, correndo, que essas empresas terão agora obrigações similares às dos grandes bancos, como se fosse alguma novidade revolucionária. Enquanto isso, a lacuna regulatória continua a servir de terreno fértil para esquemas que mais parecem roteiro de filme policial. BK Bank, apontado como braço financeiro do PCC, movimentou R$ 46 bilhões em contas que ninguém rastreava. Não é um caso isolado: 2Go Bank, InvBank e T10 Bank também já aparecem nas estatísticas criminais do Brasil. Em um país onde o FGC protege clientes de bancos, mas não de fintechs, os investidores se tornam cobaia em tempo integral. O número de fintechs cresceu 28% em dez meses sem uma lei decente. A promessa de inovação encontra o contraste com o caos legal: bônus da tecnologia versus ônus da irresponsabilidade. Em outras palavras, dinheiro voando, regras ignoradas, e o crime aplaudindo nos bastidores.

Luca Guadagnino homenageia Woody Allen no Festival de Veneza e reaviva polêmica que mistura cinema, #MeToo e gosto duvidoso em público internacional

No Venice Film Festival, Guadagnino decidiu celebrar o “clássico Allen” nos créditos iniciais de Depois da Caçada, provando que alguns cineastas ainda acreditam que arte e ética podem ser descoladas. Claro, falar de Allen em 2025 não é exatamente um gesto sem risco: as acusações continuam penduradas sobre ele como um balde de chumbo. Guadagnino, com o desprezo elegante de quem se acha acima do bem e do mal, disse: “O lado grosseiro seria: por que não?”. E, no final, resumiu: a obra virou clássico, Allen à parte. É uma dança fina entre nostalgia cinematográfica e irresponsabilidade social. O festival, até agora, coleciona olhares desconfiados: público e crítica se perguntam se o cinema é para encantar ou para traumatizar com escolhas questionáveis. A ironia? Um filme inspirado no movimento #MeToo começa sua vida em Veneza homenageando alguém acusado justamente por violar os princípios que o movimento defende.

Um filme inspirado no movimento #MeToo homenageia Allen, irônico? (Foto: Wiki)
Um filme inspirado no movimento #MeToo homenageia Allen, irônico? (Foto: Wiki)

Titanic encontrado em 1985: iceberg não tem culpa, mas mídia e cientistas adoram dramatizar tragédias centenárias como se fossem reality show

Em 1º de setembro de 1985, destroços do Titanic são localizados 73 anos depois do naufrágio. A notícia, aparentemente técnica, rapidamente se transforma em espetáculo midiático: a história do “navio dos ricos” ressurgindo do fundo do Atlântico é matéria-prima para documentários, filmes e mercadorias. Cientistas celebram a descoberta como avanço tecnológico, mas há um toque de ironia histórica: o Titanic afundou em 1912, e a obsessão contemporânea com ele parece mais sobre nostalgia e glamour trágico do que sobre lições de engenharia ou prevenção. Como toda tragédia romantizada, o iceberg é culpado apenas na superfície, enquanto humanos e suas falhas continuam no centro da narrativa. A exploração científica vira espetáculo e a história, commodity de museus e Netflix.

AGU vai cobrar Bolsonaro e Eduardo pelos US$ 3,5 milhões pagos a advogados nos EUA: ressarcimento ou caça ao bolso de ex-presidentes em solo americano?

A Advocacia-Geral da União pretende que Bolsonaro e seu filho Eduardo paguem a conta de um escritório americano contratado para defender o Brasil de eventuais sanções do governo Trump — um contrato de US$ 3,5 milhões. A AGU promete medidas legais, enquanto Eduardo reclama nas redes sociais sobre o “apetite seletivo” do órgão, questionando por que não se persegue bilhões perdidos de aposentados. O episódio escancara o espetáculo jurídico-político brasileiro: dinheiro público, interesses privados, ex-presidentes e filhos, e uma plateia nacional entre indignada e confusa. O contrato, assinado com a renomada Arnold & Porter Kaye Scholer LLP, é oficialmente para proteger autoridades, empresas e até ministros do STF de possíveis sanções. No fundo, a questão é ética, política e cínica: quem paga a conta quando a política internacional se mistura com interesse pessoal e litígios globais?

Leia ou ouça também:  Björn Ulvaeus, Amazon, Inadimplentes...

Submarino nuclear dos EUA ameaça Venezuela e Maduro declara solidariedade mundial: exagero retórico ou alerta geopolítico com pitada de pirotecnia verbal

Os Estados Unidos mobilizaram navios de guerra na América Latina, incluindo um submarino de ataque nuclear, embora sem armas nucleares. Nicolás Maduro reagiu com teatralidade: “violaram o Tratado de Tlatelolco e nos ameaçaram com um submarino nuclear”, declarando que a Venezuela recebe “solidariedade mundial impressionante”. O episódio é um retrato perfeito da diplomacia contemporânea: o poder militar exibe-se em exercícios de finta, enquanto a retórica inflada transforma tensão regional em espetáculo para consumo interno e externo. A ironia é dupla: o tratado que os EUA ignoram é usado como justificativa para indignação internacional, enquanto a própria ameaça é tecnicamente neutra. Política, propaganda e show de poder em alta rotação.

Lula chama Romeu Zema de figura caricata e falso humilde: pré-candidato ignora dívida do Estado, petista não perdoa cinema político barato

Em Belo Horizonte, Lula não poupou ironia ao comentar Zema: “figura caricata” e “falso humilde”. O governador de Minas, pré-candidato à Presidência, tenta vender modéstia que não existe e ainda conta com liminar que suspende pagamento da dívida estadual à União — facilitando investimentos e o próprio marketing político. Lula, hábil em fusão de crítica popular e erudita, expõe a teatralidade política: o político que finge humildade, os números que sustentam a performance e o público que aplaude sem perceber o truque. É a comédia da política nacional, em que máscara e recurso financeiro se confundem, e a sátira se mistura à denúncia factual.

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