Missão Impossível 8: ato final de Cruise

Oito filmes e quase três décadas depois, Missão: Impossível – O Reckoning Final chega como o desfecho de uma das franquias de ação mais emblemáticas do cinema moderno, marcando também o provável adeus de Tom Cruise ao personagem que redefiniu sua carreira: Ethan Hunt. Com direção de Christopher McQuarrie, que assina seu quarto filme consecutivo na série, o longa entrega o que se espera de um encerramento épico — ainda que com alguns tropeços na tentativa de superar tudo o que veio antes.
Eco no abismo,
Cruise corre contra o fim,
silêncio explode.
Dando continuidade direta aos eventos de Dead Reckoning – Parte Um (2023), a nova produção aposta alto: um orçamento estimado entre 300 e 400 milhões de dólares, filmagens em múltiplos países e cenas de ação tão ambiciosas quanto impraticáveis.
Cruise, aos 62 anos, segue desafiando a lógica e a gravidade com sua entrega física e emocional. Há algo de quase simbólico em vê-lo, neste filme final, confrontando o tempo — tema recorrente da narrativa e da própria jornada do ator.
A recepção crítica tem sido amplamente positiva, e não sem razão. Há competência na direção, ritmo bem dosado e um elenco que oferece mais do que o mínimo. Hayley Atwell continua a brilhar, e veteranos como Ving Rhames e Simon Pegg oferecem o equilíbrio necessário entre lealdade e leveza.
Ainda assim, o filme sofre do mesmo mal que aflige muitos finais de saga: a dificuldade em encerrar de forma verdadeiramente surpreendente. O roteiro, coescrito por McQuarrie e Erik Jendresen, opta por soluções seguras, priorizando o espetáculo sobre o risco narrativo.
Musicalmente, a troca de Lorne Balfe por Max Aruj e Alfie Godfrey soa como um ajuste competente, ainda que sem o mesmo impacto visceral. Elogiável é o modo como a franquia, mesmo em sua reta final, manteve um padrão técnico altíssimo, algo raro em séries tão longevas.
Fim é só palavra,
se o coração não cede,
a missão renasce.
O Reckoning Final não reinventa a roda, mas fecha com dignidade uma franquia que soube se reinventar ao longo do tempo — com Tom Cruise sempre no centro, fazendo do impossível uma arte.

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