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PCC, Claudio Castro, Morrissey…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Bahia do PT lacra na estética da paz, mas lidera a estatística da bala: 18 anos de governo e a polícia mais letal do país, um caso curioso de progressismo com mira laser ajustada

Enquanto a esquerda carioca discute se helicóptero com sniper é desumanizador, a Bahia, berço da ternura institucional, vem liderando há anos o ranking de letalidade policial. São 1.556 mortes em um único ano, muito mais do que o Rio — aquele mesmo que sempre vira pauta de sensacionalismo jornalístico e teses sociológicas sobre violência urbana. Mas o Rio, desta vez, está em segundo plano: o palco principal é baiano. Rui Costa e Jerônimo Rodrigues continuam a tradição do “discurso macio, ação dura”. O progressismo tropical descobriu a engenharia do duplo movimento: na tribuna é Quilombo dos Palmares, na prática é Caveirão versão trio elétrico. E antes que alguém diga que “ah, mas é a herança de governos anteriores”, vale lembrar que o PT administra o estado desde 2007 — maior tempo de reinado contínuo desde o faraó Ramsés II. Enquanto isso, a militância discute hashtags e Benedita da Silva faz dancinha na favela como se qualquer problema social pudesse ser resolvido com afeto performativo. O Brasil é uma peça de teatro onde todo mundo sabe o papel, menos quem escreve o roteiro.

ONU condena o Apartheid em 1962: o mundo disse “isso está errado” e levou só mais 32 anos para fazer alguma coisa de verdade — porque moral global é igual promessa de Ano Novo, sempre começa semana que vem

No dia 06 de novembro de 1962, a ONU ergueu a voz contra o Apartheid sul-africano. Uma condenação histórica. Uma ação firme. Uma decisão moral. E absolutamente nada aconteceu imediatamente. A diplomacia global tem esse ritmo: primeiro vem a indignação, depois vem a nota de repúdio, depois uma conferência, depois outra nota, depois almoço, depois foto oficial, depois adiam tudo por seis meses. Quando o Apartheid finalmente caiu, em 1994, já tínhamos mudado de moda, cortado o cabelo de outra forma, lançado CDs e inventado a internet. A ONU estava lá, dizendo que sabia desde sempre. O mundo é cheio de heróis que chegam no fim da história só para dizer: “Eu avisei”.

Claudio Castro aplicou aquele ippon que o Planalto fingiu não ver: o Rio virou ringue, Lula virou sacador de toalha e Sidônio Palmeira descobriu que a comunicação é mais perigosa que o Comando Vermelho quando a opinião pública pede sangue e não seminário de Direitos Humanos

Claudio Castro, em ato digno de Mestre Splinter com real interesse em reeleição, resolveu transformar o Rio numa enorme peça de propaganda com cheiro de pólvora — e conseguiu. Enquanto isso, o Governo Lula acordou com o travesseiro molhado, não de lágrimas, mas de silêncio constrangedor. Sidônio Palmeira, outrora o grande estrategista da narrativa, resolveu lançar uma campanha falando de “menos sangue, mais inteligência”. Parecia bom no powerpoint. Na prática, virou meme. A população, cansada de enterrar parente, olhou e disse: “Inteligência? Meu filho, eu quero é resultado”. Pesquisas mostraram o óbvio: Castro cresceu dez pontos, Lula desceu para a caverna do silêncio, e a esquerda percebeu, mais uma vez, que segurança pública não aceita discurso florido. Enquanto Rui Costa propõe a velha fórmula “polícia resolve na bala, depois a gente conversa”, o Planalto se contorce tentando descobrir se fala, não fala ou finge que não está acontecendo. A única certeza é que, a um ano da eleição, Castro lembrou ao Brasil que a violência é o único marketing feito para todas as classes sociais.

Castro cresceu dez pontos e Lula desceu para a caverna do chamado silêncio (Foto: Wiki)
Castro cresceu dez pontos e Lula desceu para a caverna do chamado silêncio (Foto: Wiki)

Morrissey cancela a América Latina pela oitava vez e reafirma sua vocação estética: cantor inglês anuncia nova turnê mundial baseada no conceito “Não Venho Mais, Mas Venho Sim, Até Eu Desmarcar”

Morrissey, o poeta triste favorito da juventude que coleciona vinis e crises existenciais, novamente decidiu que os tristes latino-americanos não merecem o show. Dois cancelamentos no México foram suficientes para ele deduzir que talvez seja hora de descansar — ou de postar mais uma carta enigmática criticando a humanidade. A produtora Move Concerts jura que a culpa não é dela, que “o artista está esgotado”. E Morrissey está sempre esgotado — emocionalmente, artisticamente, metabolicamente, filosoficamente, astrologicamente. É seu modo de vida. No Brasil, onde ele deveria cantar em São Paulo no Espaço Unimed, os fãs já sabiam: se Morrissey chegou até terça-feira sem cancelar, ainda há chance de cancelamento na quarta. E veio. O artista tem um histórico tão prolífico de desmarcar shows que já dava para montar uma biografia inteira só com as turnês que nunca aconteceram. Só resta agora aguardar 2026, quando ele promete tocar na Grécia. Ou cancelar antes. E depois anunciar outra. Morrissey é como um cometa: às vezes passa, às vezes não. Mas a melancolia, essa sim, é garantida.

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Operação Carbono Oculto fecha 49 postos ligados ao PCC: o crime organizado agora opera como White Martins do petróleo, com marketing, aeronave, Porsche e CNPJ com contador registrado

A Polícia Civil interditou 49 postos de combustível ligados ao PCC. O que antes era facção virou conglomerado com governança corporativa, frota aérea e até Porsche como bônus de desempenho. Estamos diante do capitalismo brasileiro em sua forma mais pura: empreender é preciso, só não pode ser muito legal. A facção movimentava R$ 5 bilhões — um valor que deixa startups muito sérias e muito aceleradas com vergonha. Nenhuma prisão foi feita, porque no Brasil logística é sempre mais eficiente que consequência. Se fosse microempreendedor atrasado no DAS, já estaria algemado. Enquanto isso, a operação foi batizada de Carbono Oculto — belo nome, dá até para virar série documental na Globoplay, narrada em tons graves por Selton Mello. O fato é: o crime já venceu há tempos, agora ele só está diversificando portfólio. O país, como sempre, apenas observa, toma nota e prepara a próxima nota de repúdio poética.

Gleisi Hoffmann sobe na tribuna para dizer que equiparar facções criminosas ao terrorismo abre espaço para intervenção estrangeira: o Brasil é tão soberano que a gente prefere ser assaltado por gente daqui mesmo

Gleisi Hoffmann decidiu acionar o fantasma mais respeitado pela esquerda: o imperialismo. O projeto na CCJ quer classificar facções criminosas como organizações terroristas. E Gleisi, com um senso teatral digno de Nelson Rodrigues, diz: “Isso permite que outros países intervenham no Brasil”. Porque, claro, quando o PCC toma território, financia campanha, administra bairro, organiza atacadão clandestino de combustível e controla presídios, o problema é a OTAN ficar interessada. O Governo repete o mantra: “Uma coisa é terrorismo, outra é crime organizado”. É curioso: bandido com fuzil na laje pode, bandido com fuzil e ideologia não pode. Enquanto isso, Lula finge neutralidade, Lewandowski filosofa e Lindbergh fala em “entreguismo”. Na prática, ninguém quer encostar nesse vespeiro. Porque no Brasil, até para enfrentar facção, a gente precisa antes perguntar se é constitucional, identitário e consensual.

Bahia do PT lacra na estética da paz, mas lidera a estatística da bala

ONU condena o apartheid em 1962

Claudio Castro aplicou aquele ippon que o Planalto fingiu não ver

Morrissey cancela a América Latina pela oitava vez e reafirma sua vocação estética

Operação Carbono Oculto fecha 49 postos ligados ao PCC

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