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Sabrina Carpenter, Oriente Médio, Collor…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Diagnóstico tardio: um clássico brasileiro

É isso mesmo: segundo dados fresquinhos da The Economist, o Brasil lidera um ranking que ninguém quer vencer. Por aqui, 80% dos casos de demência continuam sem diagnóstico — um índice que deixa os 54% da Europa e os 63% da América do Norte parecendo até que as coisas por lá andam bem organizadas. Aqui, claro, nem saber que tem a doença é uma tradição. São 1,8 milhão de brasileiros acima dos 60 vivendo com demência e, na maioria das vezes, sendo tratados como “esquecidos” por falta de acesso a diagnóstico e cuidado adequado. O Alzheimer responde por 70% desses casos. Enquanto isso, a saúde pública continua caprichando no improviso, com fila para tudo, inclusive para descobrir que a mente já não funciona direito. Afinal, para que pressa em saber o que está acontecendo, se a política pública parece sofrer de amnésia crônica?

Bolsonaro e o banheiro do Supremo

Se alguém ainda duvida que a política brasileira virou uma sitcom de gosto duvidoso, aí está mais uma cena: Jair Bolsonaro trancado no banheiro da Primeira Turma do STF por quase 15 minutos. O motivo oficial? Nenhum. O motivo extraoficial? A galera aposta em pânico intestinal de quem sabe que pode estar com a biografia (e talvez outros documentos) prestes a ir pelo ralo. Era justamente ali que rolavam depoimentos sobre a tentativa de golpe. Entre memes e teorias, restou a dúvida: seria medo de depor ou só efeito colateral do tradicional churrasco mal passado? Uma coisa é certa: Bolsonaro inaugurou o conceito de obstrução de Justiça por descarga. A Lava Jato, pelo menos, foi mais discreta.

Sabrina Carpenter: marketing ou fetiche?

Divulgação de álbum virou evento performático. E Sabrina Carpenter sabe disso. O novo disco da cantora, Man’s Best Friend, já causou mais pelo conceito do que pelas músicas (que ainda nem saíram). A capa traz um cachorro com coleira e, em outra imagem, Sabrina surge ajoelhada, em posição canina, com um homem segurando seu cabelo. Não faltou quem chamasse a estética de fetichização banalizada para vender hit. Feministas torceram o nariz, conservadores fizeram lives revoltados e a internet, claro, fez piada. Se o objetivo era causar, parabéns: hit antes mesmo do play. Na indústria pop, vale tudo, inclusive latir. Só falta o Grammy criar a categoria “melhor álbum performático com subtexto sadomasô light”.

Sabrina Carpenter num fetiche ou jogando como uma marketeira? (Foto: Divulgação)
Sabrina Carpenter num fetiche ou jogando como uma marketeira? (Foto: Divulgação)

Recordar é Viver: Collor abre a Rio-92 (ou foi um delírio coletivo?)

Quem diria: Fernando Collor de Mello abrindo uma conferência ambiental da ONU no Rio de Janeiro. Uma cena digna de realismo fantástico ou confusão temporal — mas aconteceu mesmo. Era 1992, a tal Earth Summit, quando delegados de 178 países assinaram a Declaração do Rio para incentivar o tal do “desenvolvimento sustentável”. Collor, aquele mesmo, caçado por corrupção meses depois, estava lá, discursando sobre meio ambiente. Se o Brasil já tinha seu histórico de política surreal, ali foi quando oficializamos. Pensando bem, faz sentido: Collor também fez marketing em cima do confisco da poupança, por que não tentar limpar a imagem global com discurso verde? Tudo ecologicamente correto — exceto a política.

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Lula, Israel e o Oriente Médio em modo hard

O Itamaraty voltou a ser o porta-voz das causas complicadas. Em nota oficial, o Governo Lula condenou o ataque aéreo de Israel contra o Irã, classificando como violação da soberania iraniana e do direito internacional. O comunicado tinha todo o estilo diplomático que o Itamaraty gosta, mas por trás da retórica está um detalhe: o Governo não comentou nada sobre o Irã estar brincando de centrifugar urânio em ritmo de festival. E nem falou da resposta iraniana, com drones revidando. Lula não quer briga — quer discursar em cúpulas e aparecer como mediador global. Só que Oriente Médio não é lugar para abraço e selfie. É pólvora pura. Enquanto isso, seguimos assistindo tudo como quem assiste série ruim que não consegue parar de ver.

Trabalho infantil: o Brasil ainda tropeçando no básico

Mais um relatório para a coleção do “vergonha internacional”. Desde 2023, 6,3 mil crianças e adolescentes foram retirados de situações de trabalho infantil no Brasil. Parece número grande, mas é só a ponta do iceberg. As piores formas de exploração — aquelas que realmente detonam a saúde física e mental das vítimas — representaram 86% dos casos. De cada quatro crianças resgatadas, três eram meninos. Mais chocante ainda: quase 800 tinham até 13 anos. O Brasil, que adora discursos sobre futuro e esperança, continua tropeçando no presente. Entre um escândalo político e outro, o país ainda não consegue garantir o básico: infância sendo infância. E a resposta oficial? Campanhas coloridas e promessas que, como sempre, terminam em gavetas bem organizadas e nunca abertas.

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