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Simone Soares está comprometida no ofício

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Simone Soares nasceu em Taubaté no interior de São Paulo. Começou a fazer teatro ainda menina, aos 7 anos. Seu primeiro trabalho em TV, foi na Rede Record, em “A História de Ester”, em 1998. Passou também pelo SBT, atuando em produções, como “Marisol” e “Ô Coitado”, e, em 2005, estreou na líder Rede Globo , na novela “A Lua Me Disse”. Daí pra frente emendou vários trabalhos, como “O Profeta”, “Escrito nas Estrelas”, “O Astro”, “Flor do Caribe”, “Em Família” e “Sete Vidas”, as minisséries “Maysa – Quando fala o Coração” e seriados, como “Sob Nova Direção” e “Guerra e Paz”. Na telona, recentemente Simone brilhou em três filmes: “Tô Ryca”, “Tamo Junto” e “O Último Virgem” e espera a estreia do longa “EAS – Esquadrão Anti-Sequestro”. Destacou-se também no teatro, como atriz e estreando como produtora na peça “Compulsão”, além de esbanjar sensualidade na comédia “Os Alunos do Colégio Santa Disciplina”, em 2017. Recentemente viveu a personagem Joice na novela “Apocalipse” da Record TV. “A arte cumpre seu papel social quando faz refletir, quando passa uma mensagem ou simplesmente quando desperta o riso ou o sonho. Os filmes, as novelas, as peças muitas vezes fazem uma crítica social de uma maneira sutil, subliminar. (…) A Joice foi muito importante pra mim. Entrar numa novela em andamento, com elenco espetacular e numeroso foi um desafio”, afirma a atriz.

Simone, as raízes de Taubaté ainda persistem de alguma forma em sua vida e consequentemente em sua carreira?

Sim com certeza, tenho muito orgulho de ser de Taubaté, cresci no Sítio do Pica Pau Amarelo e no hotel fazenda Mazzaropi. Assisti a todos os filmes do Mazzaropi e li todos os livros de Monteiro Lobato. Acho que base é tudo na vida. Eles tinham o dom de entreter, levar ao riso, a reflexão, fazendo uma crítica social leve, divertida. Então acho q eles me inspiram porque esse é o meu sonho de vida. Conseguir levar emoção, riso, alegria e esperança para as pessoas através dos meus personagens.

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Qual o maior compromisso que o ator deve ter consigo mesmo e com o seu público?

Humildade e generosidade. Nós atores temos que dar vida aos personagens sem crítica. Aceitar, entender e fazer com a maior verdade possível. Saber que tudo na vida tem o lado bom e o lado ruim, o bom e o mal, a dualidade. Mas o maior compromisso é vestir a camisa do personagem e fazer com amor. O público quer se emocionar. Então nosso maior compromisso é com o público. Respeito por tudo e por todos.

Em que momento você acredita que a arte cumpre um papel social?

A arte cumpre seu papel social quando faz refletir, quando passa uma mensagem ou simplesmente quando desperta o riso ou o sonho. Os filmes, as novelas, as peças muitas vezes fazem uma crítica social de uma maneira sutil, subliminar. Fazem com que as pessoas pensem e reflitam sobre determinado tema. Ou simplesmente leva esperança e sonho para as pessoas acreditarem.

Quais os maiores ensinamentos que você absorveu nestes 20 anos de televisão?

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Persistência, paciência e perseverança. Depois de 20 anos de carreira e de trabalhar com inúmeras pessoas diferentes, confesso que aprendo com cada uma. Primeiro sempre me coloco no lugar do outro profissional. Primeiro de todos: trabalhar o texto em casa, decorar, entender para na hora de gravar ou filmar estar segura, livre e podendo fazer o que o diretor mandar. Então procuro ser pontual, estar sempre disposta a ajudar, otimista, e sempre procurar uma solução. Já temos pessoas problemáticas demais. Estou sempre aberta a escutar.

Qual a principal armadilha do sucesso?

Arrogância… Como fica feia uma pessoa metida e arrogante!

Realmente não consigo ficar próxima de pessoas que se acham melhores do que os outros. Somos todos iguais. Lógico que muda o número de seguidores, o tamanho do personagem, os dígitos no banco… Mas, no fundo, somos todos iguais. Todos precisamos de água, sol, comida e amor. Por isso prezo muito as pessoas de verdade, boas e generosas.

O que fazer para se livrar dessa armadilha?

E só olhar em volta, valorizar a vida e a família. E procurar fazer com o outro o que gostaria que fizessem com você. Dar bom dia, boa noite, com licença e obrigada.

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Você produziu o espetáculo “Compulsão” em 2016. Quais os maiores desafios de empreender nesta área e sobretudo nesta peça em especial?

Foi o maior desafio da minha vida, afinal a parte burocrática é muito grande. Me preparei, colocando o projeto nas leis, gastei muito com isso e na hora do patrocínio nada. Tive que investir sozinha, vendi meu carro para fazer a peça. Mas não me arrependo porque a peça foi um sucesso de público e de crítica. Recebi muitos relatos de pessoas ajudadas por causa da peça. Então cumpri meu papel social. Fazer uma peça de comédia abordando o tema ‘compulsão’ foi muito desafiador, mas também muito gratificante. Até hoje encontro com atrizes de quem eu sou muito fã e que me elogiam pela peça. Fico muito feliz de ter feito um bom trabalho e ainda de ter ajudado muitas pessoas.

E as maiores delícias e prazeres em estar à frente de um projeto como esse?

A maior delícia foi estar no palco com amigos, com um texto incrível e com uma direção maravilhosa do Ernesto Piccolo. Trilha do Pena… Nossa fico muito orgulhosa de ter conseguido fazer esse projeto sem patrocínio. E o maior prazer sem dúvida foi receber as críticas dos amigos e os relatos do público.

Pretende num futuro próximo realizar outro espetáculo dessa magnitude?

Sim, com certeza, mas desta vez com patrocínio. Mas sempre surgem novas possibilidades e novos aprendizados. Acabo de voltar dos Estados Unidos com um diploma de formação em inglês e outro em Yoga. Estou sempre buscando me aperfeiçoar, aprender.

O que a personagem Joice, de “Apocalipse”, representou para você e o que existia nela que também existe em você?

A Joice foi muito importante pra mim. Entrar numa novela em andamento, com elenco espetacular e numeroso foi um desafio. Mas o dia mais feliz foi quando recebi um elogio sobre minha voz e sobre o meu trabalho da atriz Bia Seidl. Que mulher linda e generosa! O que existia de semelhança entre mim e a personagem era o amor e a esperança. Fiz com muito amor essa personagem que lutava para reencontrar o filho que julgava estar morto e depois soube que ele fora trocado na maternidade. Recebi muitas mensagens de fãs que não queriam que ela morresse. Fiquei muito emocionada.

Seria esse o seu papel mais desafiador (emocionalmente falando) até o momento?

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O personagem do momento é sempre o mais desafiador. Tudo foi um desafio. Entrar no meio da trama, gravar no calor do Rio com figurino de inverno em Nova York (um dos últimos cenários de ação da personagem). As cenas de ação, tiro, sangue… Mas só tenho a agradecer, foi tudo maravilhoso. Fui muito bem recebida e dirigida. Amei fazer a cena de ação e tiro, por conta do qual ela morreu, foi impecável, extremamente bem dirigida, uma cena difícil, mas ficou emocionante. Chorei de verdade de emoção. Sou muito grata aos diretores, elenco e equipe. Obrigada!

Última atualização da matéria foi há 1 ano


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