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Uma conversa com o designer Thiago Reginato

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Formado pela ESPM-SP no curso Design Visual com ênfase em marketing, Thiago Reginato é sócio do Maquinário – Laboratório Criativo e criador do Tipocali. Trabalhou na área de identidade visual da agência A10 durante 2011 e 2012. Ministrou workshops em congressos e agências. Teve trabalhos publicados na Casa do Vaticano, Zupi, Abduzeedo, Areageek, 100%Design, Typeunion, Hangaroundtheweb, Zerodibujero, Greentee, Parede Viva, exposições e entre outras mídias. Foi palestrante em eventos como Pixel Show, Ndesign, II Circuito de design, Semana Tipográfica Bauru, além de outros promovidos por ESPM, Mackenzie, Agência A10 e Estúdio Catarina Gushiken. “Sempre gostei muito de arte, desde garoto, já me identificava muito, e nunca gostei de exatas, número, etc. Quando cheguei na faculdade, a ESPM me mostrou um mundo mágico, onde a matéria de Tipografia me encantou totalmente. A partir daí, não parei de mergulhar no mundo das letras. Acredito que o processo criativo é muito um reflexo do seu interior, do que se passa dentro do seu ser. É um exercício de auto conhecimento muito forte. (…) Acredito que o cenário está evoluindo muito, vejo a longo médio prazo frutos positivos. Por outro lado, vejo muitos entusiastas e poucas pessoas estudando sério, envolvidas de fato, isso gera alguns trabalhos bem fracos. O lado positivo é difundir essa cultura no nosso país”, afirma o designer gráfico.

Thiago, gostaríamos de saber como foi o início de sua carreira até chegar nos dias atuais.

Sempre gostei muito de arte, desde garoto, já me identificava muito, e nunca gostei de exatas, número, etc. Quando cheguei na faculdade, a ESPM me mostrou um mundo mágico, onde a matéria de Tipografia me encantou totalmente. A partir daí, não parei de mergulhar no mundo das letras, participando de congressos, workshops, comprando livros. Naturalmente foram aparecendo clientes e comecei a levar mais a sério essa paixão. Bem resumido foi assim.

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O que seria o design gráfico na sua concepção?

De forma simples, o design gráfico é uma área onde aplico meus projetos tipocaligráficos de forma profissional atendendo diferentes segmentos do mercado criativo.

Você afirma que seu interesse por caligrafia/tipografia surgiu na sala de aula. Antes disso, você pensava em alguma coisa ligada a essa área?

Confesso que a paixão surgiu dentro da sala de aula mesmo. Antes disso tive pouco contato, em razão disso, considero o período acadêmico fundamental na minha vida.

O inglês Adrian Shaughnessy, afirmou que não existem clientes ruins, mas sim designers gráficos ruins. Como vê esse comentário?

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Acredito que existe cliente ruim, assim como designers gráficos ruins. Para analisar essa frase preciso enxergá-la dentro de um contexto mais amplo.

O que Andréa Branco representa em sua carreira e consequentemente em sua vida?

Na minha carreira significa muito, mais do que imagino, ela é uma inspiração enorme para mim. Na minha vida espero continuar próximo dela e compartilhar bons momentos, tenho um carinho enorme por ela. Difícil falar da Andréa, pois, de fato ela é muito especial e representa muito para o cenário nacional das letras.

Ao contrário de alguns de nossos entrevistados, você não quer ser reconhecido por um trabalho autoral. Por quê?

Acredito que prefiro ser reconhecido como um camaleão, ou algo como uma lâmpada mágica, assim acredito que possa ajudar os meus clientes/parceiros de várias formas e não limitar a um estilo autoral. No entanto, sei que é inevitável o trabalho autoral, o tempo passa e naturalmente ele aparece.

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Em muitas entrevistas realizadas com você, sempre surge a pergunta de como é teu processo criativo. Gostaríamos de saber algo diferente. Em todo momento da sua vida cotidiana você está sempre criativo, ou seja, mesmo em momentos de relaxamento consegue abstrair algo para o seu trabalho?

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Acredito que o processo criativo é muito um reflexo do seu interior, do que se passa dentro do seu ser. É um exercício de auto conhecimento muito forte. Penso que a paz interior é fundamental no meu processo, assim como a alegria, no entanto, já produzi coisas muito legais quando estava depre/triste, varia muito mesmo. Acredito que a criatividade é quase que um lifestyle e a consequência do amor que se tem pelo seu trabalho.

Em 2013, tínhamos ainda poucos profissionais especializados e trabalhando com excelência em tipografia como você. Como está o cenário atualmente?

Boa pergunta, acredito que o cenário está evoluindo muito, vejo a longo médio prazo frutos positivos. Por outro lado, vejo muitos entusiastas e poucas pessoas estudando sério, envolvidas de fato, isso gera alguns trabalhos bem fracos. O lado positivo é difundir essa cultura no nosso país que considero ainda pequena.

Falando um pouco de imprensa, como vê de modo geral a tipografia usada pelos veículos tanto no digital como no impresso?

Penso que melhorou bastante, mas me irrita um pouco quando vejo que algo ficou fraco porque deixaram de investir uma verba nesta área.

Gostaria que apresentasse (para quem ainda não conhece) e falasse um pouco das atividades do estúdio Maquinário – Laboratório Criativo.

O Maquinário é um Laboratório Criativo, sua essência é sempre experimentar, e nunca perder a paixão pelo que fazemos, talvez essa seja a fórmula para se chegar mais perto da inovação. Trabalhamos com design gráfico e digital atendendo diferentes mercados. E sempre que possível procuramos colocar um pouco da nossa cara mais autoral.

Última atualização da matéria foi há 2 anos


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