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Woodstock, Anatel, Megadeth…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Quando até o servidor da Anatel ameaça pedir demissão por cansaço: data center exausto, orçamento minguado e o risco de o Brasil entrar na idade das trevas digitais

A Anatel, aquela agência que deveria ser a guardiã da ordem e progresso nas telecomunicações, está mendigando tostões no beco da equipe econômica para conseguir pagar um novo data center — porque o atual já está respirando por aparelhos. Se o dinheiro não vier, não é só a velocidade da internet que vai sofrer: bloqueios a sites de apostas ilegais, caçadas a operadoras clandestinas de TV a cabo e até o básico acesso remoto ao sistema da agência podem ir para o espaço. Imagine a cena: um fiscal tentando derrubar um site pirata com um computador de 2006 e conexão discada, enquanto um estagiário sopra o cooler para evitar superaquecimento. É a distopia digital brasileira, em que o Estado quer regular o 5G, mas armazena dados como se fosse 1999.

O dia em que Geraldo Luís decidiu vestir calcinha sobre o terno para salvar um programa que nasceu morto e agora agoniza em praça pública

O “Aqui Agora” versão 2025 é aquele tipo de experiência televisiva que deveria vir com bula e contra-indicações médicas. Entre crimes, tragédias e golpes, o apresentador Geraldo Luís resolveu apostar num “humor” em que desfila com uma calcinha por cima da calça e lança uma privada cenográfica nas ruas para que personagens urbanos acionem a descarga. É o apogeu da TV como catarse escatológica, onde a audiência é cortejada com um coquetel de sensacionalismo e vergonha alheia. Concorrentes como “Cidade Alerta” agradecem: enquanto um improvisa escândalos, o outro entrega o manual completo de como transformar um telejornal em stand-up de quinta categoria.

Megadeth decide que é hora de dizer adeus antes que alguém desligue o amplificador: Dave Mustaine troca os solos pela autobiografia e promete turnê de despedida

O thrash metal perderá um de seus pilares em 2026, quando o Megadeth lançar seu último álbum e sair para uma turnê global de despedida. Dave Mustaine, aos 63 anos, parece ter decidido que é melhor encerrar no auge do que acabar tocando em festival de churrasco de bairro. Produzido por Chris Rakestraw, o disco ainda é mistério, mas virá embalado por discursos de gratidão e promessas de que “mudamos o mundo da guitarra” — o que, para fãs de metal, é tão sagrado quanto afirmar que Gutenberg inventou o rock. Além disso, Mustaine lançará sua segunda autobiografia, provando que, no fim das contas, todo bom headbanger vira escritor confessional.

Woodstock, 56 anos depois: quando paz, amor e lama eram mais revolucionários que qualquer feed de rede social

Em 15 de agosto de 1969, Bethel, Nova Iorque, tornou-se o epicentro de um terremoto cultural que ainda treme no imaginário coletivo: Woodstock. Três dias de música, drogas, protestos e lama, embalados por Jimi Hendrix, Janis Joplin e uma geração que acreditava que o mundo poderia mudar com acordes e flores. Hoje, restam as imagens desbotadas, as histórias exageradas e a lembrança de que já houve um tempo em que jovens viajavam quilômetros para ouvir música ao vivo, e não para fazer dancinha no TikTok. Foi um milagre coletivo, ainda que envolto em suor, improviso e filas intermináveis para um banheiro químico.

Leia ou ouça também:  Norah Jones, 'Custo Brasil', impostos...
Em 15 de agosto de 1969, Bethel, NY, tornou-se o epicentro da música (Foto: Wiki)
Em 15 de agosto de 1969, Bethel, NY, tornou-se o epicentro da música (Foto: Wiki)

Trump transforma Bolsonaro em mártir tropical e acusa o Brasil de crimes contra a boa diplomacia — enquanto lembra que nos odeia como parceiros comerciais

Donald Trump, entre um ato de chantagem e outro, resolveu defender Jair Bolsonaro, classificando o que ocorre no Brasil como “execução política”. É a liturgia do populismo transnacional: um chama o outro de honesto, ambos trocam elogios públicos e o eleitorado mais inflamado bate palmas. Mas o ex-atual presidente dos EUA não parou aí: aproveitou para lembrar que, comercialmente, o Brasil “sempre nos tratou muito mal”, cobrando tarifas abusivas e dificultando negócios. Ou seja, é o amor platônico com ressalvas — “te defendo no tribunal da opinião pública, mas continuo achando você um péssimo parceiro de negócios”.

Moraes, os influenciadores e a utopia da rede social que modera sozinha: STF define regras, pais respiram aliviados e as big techs fingem que entenderam

Alexandre de Moraes voltou a defender a responsabilidade das redes sociais sobre o conteúdo que hospedam, afirmando que é impossível aos pais controlarem o que os filhos fazem no celular. Entre exemplos de crimes graves que devem ser derrubados sem hesitação — golpe de Estado, terrorismo, exploração infantil — e a lembrança da decisão do STF que permite responsabilizar plataformas por omissão, Moraes constrói a narrativa de um Judiciário vigilante no mundo digital. Influenciadores presentes aplaudem, big techs tomam nota e, nos bastidores, engenheiros já procuram a função “modo compliance automático” que permita cumprir a lei sem perder cliques.

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