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Dick Cheney, Obama, aéreas…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Governo quer aviões para o Norte e o Nordeste voando na base da fé e do fundo público: Gol e Azul torcem o nariz e o mapa do Brasil vira itinerário político

No Brasil, até avião voa por decreto. O Governo resolveu que, para receber financiamento do Fundo Nacional de Aviação Civil, as companhias aéreas terão de ampliar em 30% os voos para o Nordeste e a Amazônia Legal — um upgrade patriótico na marra. Gol e Azul, que disputam o crédito, reagiram como quem recebe convite para jantar e descobre que é num rodízio de mosquito. A proposta soa como um “faça caridade com turbina”, tentando resolver a falta de conectividade aérea com o mesmo entusiasmo com que se pinta faixa de pedestre em véspera de eleição. O Ministério dos Portos e Aeroportos jura que há demanda suficiente, o que é quase uma profissão de fé. Enquanto isso, na Câmara, dorme o PL 539/2024, que abriria o espaço aéreo amazônico a companhias estrangeiras — mas nem as araras da região se animaram com a ideia. No fundo, o Governo quer equilibrar o mapa aéreo com régua política: voos decola, voto pousa.

Calcinha de Tremembé, carta de amor e reality penitenciário: Cristian Cravinhos acusa série de mentir, mas o roteirista responde com provas íntimas e uma lingerie

Nem Shakespeare imaginaria tamanha tragédia farsesca: Cristian Cravinhos, ex-cunhado de Suzane von Richthofen e personagem da série Tremembé, revoltou-se com sua própria representação. Diz que é mentira, que não teve romance, que não pediu calcinha nenhuma. Ullisses Campbell, autor e roteirista, retruca com provas dignas de tribunal sentimental: carta, foto e… a peça íntima em questão. O episódio virou uma aula prática de jornalismo forense e voyerismo carcerário. No Instagram, Campbell ergueu a calcinha como quem exibe um troféu de autenticidade, explicando que “testemunho gravado não basta”. O público, claro, vibra — porque o Brasil tem uma vocação trágica para transformar drama penal em série de entretenimento. Em Tremembé, até o amor é revisado por peritos. No país da impunidade emocional, restam as provas materiais: carta, calcinha e audiência.

Morre Dick Cheney, o homem que acreditava que o petróleo era um direito divino e que guerras eram um tipo de investimento de longo prazo

Dick Cheney, o vice-presidente mais poderoso dos Estados Unidos desde Darth Vader, morreu aos 84 anos. Defensor do “ataque preventivo”, foi o cérebro por trás da invasão do Iraque e o engenheiro moral da “guerra ao terror” — que durou, basicamente, para sempre. Cheney acreditava que democracia se exportava em mísseis e que o Oriente Médio precisava de um empurrão civilizatório feito de bombas inteligentes e justificativas burras. Era o tipo de homem que lia Maquiavel como manual de conduta e achava que ética era uma variável de custo. Deixou o mundo mais instável e o setor de defesa mais rico. Nos obituários, será chamado de “figura complexa”, eufemismo para “fez o que quis e dormiu bem”. O inferno, se tiver petróleo, acaba de ganhar um lobista experiente.

Cheney Deixou o mundo mais instável e o setor de defesa mais rico (Foto: Disgopia)
Cheney Deixou o mundo mais instável e o setor de defesa mais rico (Foto: Disgopia)

04 de novembro de 2008: o dia em que Barack Obama foi eleito e o mundo acreditou por cinco minutos que a História tinha virado uma fábula progressista

Há 17 anos, Barack Obama venceu a eleição e o planeta se emocionou com o “Yes, we can”. Parecia o início de uma nova era — até que a era continuou igual, só mais bem falada. O primeiro presidente negro dos Estados Unidos virou símbolo de esperança em alta definição, com trilha sonora de Beyoncé e discurso de Luther King remixado. Passado o encanto, restou a constatação de que o racismo não acaba com Nobel da Paz, e o império não desarma com retórica. Obama humanizou a política, mas também a guerra com drones. A utopia durou até o segundo mandato — depois, vieram Trump, Biden e o realismo mágico americano. No fim, Obama provou que mudar o mundo é fácil; difícil é lidar com o Congresso. E a História, como sempre, vota nulo.

Leia ou ouça também:  Cristina Kirchner, No Kings, Condenação...

Casas Bahia e Mercado Livre se abraçam e deixam o Magazine Luiza de vela: e-commerce brasileiro vira novela latino-americana com sotaque chinês

O casamento entre a Casas Bahia e o Mercado Livre deixou o Magazine Luiza com ciúmes empresariais dignos de novela mexicana — ou chinesa, já que sua parceira é a AliExpress. A união promete trocas de produtos, cruzamento de catálogos e, claro, de olhares desconfiados entre investidores. Os minoritários estão em surto: ninguém sabe se a parceria está vendendo muito ou só vendendo ilusão. Falta transparência, sobra marketing. A turma da Faria Lima já apelidou o acordo de “Zona Franca de Confusões”. O e-commerce nacional virou um triângulo amoroso globalizado: brasileiro tentando entender chinês, chinês tentando entender brasileiro, e o argentino do Mercado Livre sorrindo no meio. No fim, o que se vende mesmo é expectativa, esse produto que o capitalismo digital domina como ninguém. O consumidor só quer o frete grátis — o resto é entrega emocional.

Papuda em alerta: o medo de ter Bolsonaro como vizinho de cela provoca calafrios, conspirações e pedidos de prisão domiciliar com decoração patriótica

O STF se prepara para julgar os embargos de Jair Bolsonaro, e o Distrito Federal já entrou em modo pânico. A possibilidade de o ex-presidente cumprir pena na Papuda tirou o sono das autoridades locais, que temem desde rebeliões até mal súbitos convenientes. O governador Ibaneis Rocha, ainda ressentido de Alexandre de Moraes, tenta convencer ministros de que “a Papuda não é lugar para ex-presidentes” — talvez porque não tenha suíte presidencial. O precedente Collor, que cumpre pena em casa alegando Parkinson, virou modelo de resistência elegante. Já o bolsonarismo teme a “foto algemada”, espécie de paixão nacional em versão penitenciária. A defesa fala em direitos humanos; o resto do país fala em justiça. O Brasil, sempre fiel à ironia, pode terminar com o seu maior defensor da ordem pedindo habeas corpus ao próprio sistema que ele tentou sabotar.

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