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Danny Dee gosta de transmitir conhecimentos

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DJ e produtor musical conhecido por dominar modernas tecnologias de discotecagem e produção, Danny Dee traz no currículo, apresentações na Europa e nos EUA. A convite da filial de Búzios do Club Pacha, Danny Dee criou o projeto Sax Two House em 2011. A ideia era criar uma festa diferente, em que o saxofonista tocaria junto com o DJ. Agora o DJ está usando uma combinação inusitada para festas de casamento. Com o auxílio do aplicativo WhatsApp, ele conhece ao máximo as preferências dos convidados para garantir ainda mais o sucesso da pista de dança. “Já falava para os noivos que o gosto musical dos convidados também é muito importante, porque dependemos deles para a animação ser total. Com o uso do WhatsApp, fico uma semana conectado com os noivos e com alguns convidados escolhidos por eles para pegar o clima da pista”. Atualmente o produtor é coordenador do Estúdio Rastro, além de pertencer aos quadros da empresa de música Rastropop. “O trabalho do DJ depende de alguns fatores: talento, relacionamento e visão. Todos eles têm que ser trabalhados de forma harmoniosa. O que vejo hoje é que o marketing muitas vezes passa por cima do talento, e esse fator acaba criando a inconsistência das carreiras atuais. Vejo ótimas campanhas de marketing para “DJs”, mas a melhor propaganda é a pista de dança respondendo ao seu trabalho”, afirma o DJ.

Danny Dee, antes de mais nada, como foi o começo de sua carreira até chegar nos dias atuais?

Como a maioria dos DJs, comecei fazendo festas para amigos. Com o passar do tempo, percebi que aquilo não era mais um hobby e comecei a comprar meus próprios equipamentos para conseguir fazer minhas festas de forma independente. Ao mesmo tempo, estava começando a ficar conhecido no meio dos DJs e isso acabou me levando a ter algumas residências em boates, além de continuar trabalhando em festas particulares. Em 2002, comecei a me interessar por produção musical, remixes e o processo relacionado aos bastidores da música, isso me levou a começar a estudar todo o processo clássico de produção musical até chegar na área de tecnologia.

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Você é conhecido por dominar modernas tecnologias de discotecagem e produção. Quais foram os principais acréscimos reais da tecnologia para o seu trabalho?

Hoje, a tecnologia facilitou muito o trabalho do DJ/Produtor Musical. Podemos pensar que 30 anos atrás não seria possível se fazer uma música, com qualidade comercial e competitiva em casa, dentro do seu próprio quarto. A tecnologia e os métodos modernos de produção musical vieram para baratear o processo e o tornar acessível a todos os interessados.

Qual a visão de um DJ preparado como é o seu caso, com a onda de celebridades (e outras nem tão celebridades assim) dizendo que também são DJs?

Essa é uma discussão difícil, mas hoje em dia todos querem um lugar ao sol. O que resta saber é se o sol vai brilhar por muito tempo. O DJ de verdade não precisa se preocupar com esse tipo de coisa, porque acho que todos podem se aventurar. Muitas vezes bons talentos afloram de uma “brincadeira”.

Algumas pessoas não sabem, mas você criou um projeto chamado Sax Two House, onde um saxofonista toca com um DJ. Como foi isso?

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Desde 2005 já tinha experiência em tocar com músicos, principalmente saxofonistas, mas não era um produto formatado. Até que em 2012 toquei grande parte do verão no Club Pacha em Búzios (RJ). Em determinada data, a produção do Pacha precisava de uma atração especial para ser o headliner da noite, e surgiu a ideia de resgatar toda a experiência que eu tinha com os músicos e criar um projeto especial e diferenciado, no qual o DJ toca junto com o saxofonista, em trilhas pensadas para a apresentação e um espaço para a improvisação também.

Demora-se muito tempo até ser criada a identidade de um DJ, ou seja, que reconheçam que você faz um trabalho único nesse concorrido mercado?

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O trabalho do DJ depende de alguns fatores: talento, relacionamento e visão. Todos eles têm que ser trabalhados de forma harmoniosa. O que vejo hoje é que o marketing muitas vezes passa por cima do talento, e esse fator acaba criando a inconsistência das carreiras atuais. Vejo ótimas campanhas de marketing para “DJs”, mas a melhor propaganda é a pista de dança respondendo ao seu trabalho. E até o DJ aprender a dominar uma noite ou festa pode demorar sim. Precisamos de muito estudo e dedicação para que esse diferencial seja notado. Não tenho como mensurar uma escala de tempo, mas quando é rápido demais, não sei não…

Quais as principais diferenças que você encontrou em relação à criatividade indo até à condução dos negócios em sua área aqui no Brasil e no exterior?

No exterior as coisas são mais planejadas e levadas a sério. A forma do brasileiro de gerenciar negócios ou carreiras está se transformando rapidamente. Em muito pouco tempo essa diferença não será tão óbvia.

Como e quando teve a ideia de conectar o WhatsApp com as festas de casamento?

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No início de 2014, quando percebi que a velocidade e o processo de comunicação entre as pessoas estavam se transformando. Eu também precisava me reciclar e criar um novo método, mais ágil, integrando mais pessoas e colhendo mais informações de forma simples e natural pra quem participa.

Alguns DJs dizem que a cena eletrônica comercial deu uma certa banalizada. Você comunga da mesma visão?

Isso é natural! Essa afirmação já aconteceu diversas vezes na história da música eletrônica (ou não). O que acontece é que quando uma música dita “underground” é muito boa, e se torna comercial, muita gente vai atrás daquela fórmula do sucesso, aproveitando assim a onda. Assim o dinheiro circula, as pessoas se divertem e a música evolui. Simples!

Muitos articulistas de veículos da imprensa que escrevem sobre o mundo dos DJs, sempre dizem que é muito difícil conseguir chegar a se tornar um DJ de sucesso, já que o mercado é fechado, restrito e concentrado nas mãos de poucos. Como vê essa afirmação?

O mercado já foi fechado! Hoje com as redes sociais e acesso à informação, qualquer um com o mínimo de interesse, força de vontade e planejamento, pode construir grande conhecimento e consequentemente, levar sua carreira pra onde quiser.

Acredita que os DJs são os rockstars dessa geração?

Sem dúvida!

Você tem algum plano para a sua carreira ou deixa que as coisas se caminhem naturalmente?

Tenho o planejamento de trabalhar com o mundo da música de forma global, tanto tocando, quanto produzindo artistas, trilhas, remixes e tudo que sempre fiz. Gosto de transmitir meus conhecimentos. Todo esse know-how adquirido em 20 anos de carreira (até hoje), pode e deve ser passado adiante, novos talentos vão surgir, e, se eu puder acrescentar algo relevante, vou me sentir realizado profissionalmente.

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Última atualização da matéria foi há 2 anos


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