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Anistia, Armani, Odebrecht…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Tarcísio de Freitas joga sua ficha dourada: anistia ampla, geral, irrestrita e, claro, muito conveniente para Bolsonaro

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, resolveu que a sua lealdade a Bolsonaro não tem limite nem pudor. Entrou de sola na cruzada pró-anistia, como se estivesse disputando um campeonato de fidelidade canina. Já Hugo Motta, presidente da Câmara, continua fazendo pose de esfinge: “não passa”, diz ele, enquanto recebe jantares, pressões, mensagens cifradas e orações de Silas Malafaia. Flávio Bolsonaro vibra: Tarcísio é a versão engenheira do papai — obediente e discreto. O projeto da anistia, que mais parece um abraço coletivo entre golpistas, será entregue nos próximos dias, e o Congresso se transformará em uma espécie de spa jurídico para quem tentou derrubar a República. Motta, com seu silêncio calculado, finge que não escuta, mas o barulho é ensurdecedor.

Morre Giorgio Armani, aos 91: o alfaiate que vestiu Hollywood, desafiou convenções e acumulou 11 bilhões de dólares

O império Armani perde seu fundador, mas o capitalismo agradece pela estética italiana que vestiu De Niro, Gere e milhares de executivos aspirantes ao glamour do terno bem cortado. Giorgio Armani, morto aos 91, trabalhou até os últimos dias — sinal de que, mesmo bilionário, jamais confiou em herdeiros, estilistas assistentes ou no tempo livre. Criou um estilo minimalista que virou marca registrada dos tapetes vermelhos, mas também expandiu seu toque para hotéis, esportes, música e até confeitaria. O homem que começou tarde, aos 40 anos e com um Fusca, acabou deixando 11 bilhões de dólares como epitáfio. É o exemplo máximo de como a elegância pode ser monetizada até o último botão da camisa. A moda perde, os investidores respiram fundo, e Hollywood deve estar em luto chic — de preto Armani, obviamente.

O italiano Giorgio Armani, morto aos 91, trabalhou até os seus últimos dias (Foto: Wiki)
O italiano Giorgio Armani, morto aos 91, trabalhou até os seus últimos dias (Foto: Wiki)

Munique 1972: 11 mortos, um atentado, e a lembrança de que as Olimpíadas nunca foram só festa e bandeirinhas coloridas

Em 5 de setembro de 1972, o esporte parou diante da tragédia: 11 membros da delegação israelense foram mortos por terroristas da Organização Setembro Negro. O massacre de Munique mostrou ao mundo que os Jogos Olímpicos, com toda sua pirotecnia da paz, nunca foram imunes à geopolítica. O sangue derramado na vila olímpica não só enterrou a ilusão de neutralidade esportiva, como também escancarou que, diante de conflitos históricos, nem mesmo o fair play salva. Desde então, cada edição olímpica carrega a sombra desse episódio, lembrando que, entre a tocha acesa e o hino tocado, sempre pode haver pólvora. É a memória incômoda de que o mundo prefere esquecer seus fracassos em silêncio — até que eles se repitam.

Alejandro Toledo: do Palácio presidencial às celas peruanas, sempre com Odebrecht na ficha corrida

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo continua sua saga como personagem de tragicomédia latino-americana. Acaba de ganhar mais 13 anos e quatro meses de cadeia por lavagem de dinheiro, depois de já ter sido condenado a 20 anos e seis meses por suborno e corrupção. O protagonista? A velha conhecida Odebrecht, que exportou propinas como se fossem commodities sul-americanas. Toledo, que governou o Peru entre 2001 e 2006, teria embolsado US$ 35 milhões para autorizar a construção de uma rodovia. Nada mal para um homem que já se apresentava como herói da democracia. Agora, junta-se ao clube dos ex-presidentes peruanos que trocaram faixas presidenciais por uniformes carcerários, ao lado de Ollanta Humala e outros ilustres. O Peru, coitado, parece viver em regime rotativo: quem sai do poder entra direto no presídio.

Leia ou ouça também:  Linda Yaccarino, Walter Salles, telefonia...

Eduardo Bolsonaro explica diplomacia versão “anistia ou tarifaço”: mesa de negociação passa primeiro pelo perdão coletivo

Eduardo Bolsonaro, sempre fiel ao estilo “chave de boca em loja de cristal”, decidiu que o caminho para melhorar relações comerciais com os Estados Unidos não é negociar tarifas, mas votar a anistia. Sim, você não leu errado: anistia como moeda de troca para tarifas do aço e do alumínio. Segundo o 03, só assim o Brasil se sentará “em melhor posição à mesa” com o governo Trump. A lógica é simples — ou insana: perdoa-se golpistas aqui, ganha-se vantagens comerciais lá. Tudo muito republicano, no pior sentido da palavra. Eduardo ainda garante que não é “anistia para inglês ver”. Claro, porque agora é para americano ver, de preferência na mesa de negociações, com direito a hambúrguer, milk-shake e perdão coletivo. Quem disse que diplomacia não podia ser cômica?

Anistia, a novela interminável: Hugo Motta ensaia o maestro enquanto Tarcísio, Flávio e Malafaia regem o coral do perdão

O presidente da Câmara, Hugo Motta, continua a recitar o mantra: “não há definição sobre votação”. Mas, nos bastidores, a pressão só cresce. Tarcísio de Freitas já entrou de cabeça, Flávio Bolsonaro quer anistia “ampla, geral e irrestrita” e Silas Malafaia distribui bênçãos como se fosse indulgência papal do século XVI. Jantares, encontros e conspirações noturnas marcam a semana, tudo embalado por uma causa nobre: salvar Jair Bolsonaro e seus devotos. Enquanto isso, Davi Alcolumbre promete um projeto alternativo, mas ninguém acredita que redução de pena vá satisfazer o apetite da tropa bolsonarista. O impasse é claro: ou se perdoa todo mundo — de Brasília a Miami — ou não se perdoa ninguém. O Congresso, sempre criativo, vai transformando a anistia em um teatro de variedades, onde cada ator ensaia sua fala, mas o roteiro já está escrito: salvar o chefe.

Tarcísio de Freitas joga sua ficha dourada

Morre Giorgio Armani, aos 91

Munique 1972

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