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Beth Garcia diz que o debate ganhou vozes

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Beth Garcia é sócia-fundadora da Approach Comunicação, uma das principais agências de comunicação do Brasil. É responsável por desenhar parcerias nacionais e internacionais, novos produtos, liderar projetos para a área de consumo e manter viva a filosofia de atendimento boutique em uma grande agência. Com uma equipe composta por 150 profissionais com formações em todas as áreas da comunicação, está entre as 10 maiores agências de comunicação do Brasil e top 3 na lista das agências independentes. Desde 2014, foi eleita a Agência do Ano da América Latina no Sabre Awards, levou duas vezes o título de Melhor Agência no Prêmio Comunique-se, e conquistou outros 6 troféus por projetos de excelência em comunicação. “Levar o outro lado da notícia até o foco e não esperar o foco chegar nela. E quando o foco chega de forma torta é ajustar a lente e colocar na posição correta. Estamos no jogo da troca de informações para mostrar uma outra versão ou elucidar. Construir o conteúdo proprietário para diferentes canais, ampliar a mensagem do cliente interna e externamente. (…) A mídia digital possibilitou uma maior democratização da informação. O debate ganhou mais vozes, ficou plural. Claro que também aumenta o fake, mas as pessoas estão mais atentas e a tendência é isso ser controlado. O modelo tradicional de jornal e revista esta ocupando outro espaço”, afirma a empresária.

Beth, você estudou jornalismo em Paris. Isso mudou sua visão de mundo e a sua visão sobre a profissão em algum sentido?

As coisas aconteceram meio por acaso e acabei concluindo o curso de jornalismo em Paris. Antes eu pensava trabalhar com publicidade. Lá tive acesso ao jornalismo de reflexão que é bem diferente da linha investigativa nos moldes americanos que seguimos no Brasil. Foi essa curiosidade de pensar, pesquisar e poder ir além que me fascinou. Nunca imaginei que trabalharia em jornal diário como acabou acontecendo quando fui para o Jornal do Brasil. Ali as experiências se somaram com a vivência no exterior, recebeu a influência da herança familiar de empreendedorismo e acabei montando meu próprio negócio muito jovem, tinha apenas 25 anos quando comecei meu próprio negócio.

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Como vê o jornalismo realizado atualmente?

A mídia digital possibilitou uma maior democratização da informação. O debate ganhou mais vozes, ficou plural. Claro que também aumenta o fake mas as pessoas estão mais atentas e a tendência é isso ser controlado. O modelo tradicional de jornal e revista esta ocupando outro espaço. Tudo está em movimento e isso é bom. Gera energia e novas possibilidades!

Qual o real poder de uma assessoria de comunicação?

Não chamo de poder, chamo de função. Levar o outro lado da notícia até o foco e não esperar o foco chegar nela. E quando o foco chega de forma torta é ajustar a lente e colocar na posição correta. Estamos no jogo da troca de informações para mostrar uma outra versão ou elucidar. Construir o conteúdo proprietário para diferentes canais, ampliar a mensagem do cliente interna e externamente. Falamos com os diferentes públicos e não apenas imprensa. Hoje o enfoque é bem mais amplo.

O que um jornalista não pode perder esteja ele numa televisão, numa rádio, num jornal, na internet ou numa assessoria de imprensa?

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A curiosidade e isenção. Mostrar os diferentes aspectos sem julgar, sem questionar. A não ser que seja uma coluna de opinião, claro.

Como vê o trabalho das assessorias de imprensa do Brasil em relação a outras partes do mundo?

É similar. Existe todo tipo de imprensa e de assessor em todos os lugares. Não dá para generalizar comportamentos. Geralmente a relação no Brasil é muito amistosa e de bastante respeito dos dois lados do balcão. Em outros países pode ser bem fria e distante.

Qual é o grande pilar da Approach?

Sem dúvida a Ética.

Como a inovação é tratada na empresa da qual é sócia?

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Somos uma agência em que os sócios estão no dia a dia e possuem muita vibração no que fazem. Isso ajuda a termos agilidade e nenhum medo de ousar.

Quais as mudanças mais significativas das assessorias de imprensa nos últimos 10 anos em nosso país?

A maioria passou para gestão de grandes grupos internacionais e isso pode trazer alguns entraves como pouca flexibilidade e criatividade.

O que o digital trouxe de benefício para a Approach?

Expandimos nossas entregas e perfil de equipe. Temos profissionais de outras especialidades que se somam ao jornalista tradicional que também precisou reciclar seu modo de trabalho. Isso trouxe mais troca, curiosidade, aperfeiçoamento e consequentemente crescimento para novas áreas.

Você afirmou em uma certa ocasião, que havia muito preconceito quando jornalistas especialmente dos impressos, mudavam para uma assessoria de imprensa. Isso ainda persiste?

Hoje em dia menos, pois, os veículos enxugaram muito suas equipes e a assessoria passou a ser um parceiro fundamental na apuração. O jornalista hoje transita muito bem entre agências e clientes. Vem e vão. Isso é ótimo.

Como vê a Approach nos próximos 5 anos?

Já estamos há mais de 5 anos em franca mudança de perfil de entregas e times adequados para isso. Acho que esse movimento vai seguir e consolidaremos o posicionamento de agência full service definitivamente.

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Última atualização da matéria foi há 1 ano


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