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BlackRock, Ringo Starr, Mais Médicos…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

BlackRock, Morgan Stanley, Shein, Shopee e a guerra santa do frete grátis: Mercado Livre tenta vender o almoço para comprar a janta

No começo era o clique. Depois veio o frete grátis. Agora, o Mercado Livre tenta equilibrar-se entre a cruz dos acionistas e a espada do varejo digital chinês. A tática de diminuir o valor mínimo de compras de R$ 79 para R$ 19 no Brasil foi uma espécie de “promoção kamikaze”: aumentou as vendas, mas detonou a margem de lucro. O resultado? Lucro líquido de US$ 523 milhões no segundo semestre, 1,5% menor que o do mesmo período em 2024 — sinal de que o cobertor está curto e a cama, gelada. Desde 2018, o Mercado Livre não distribui lucros aos acionistas, e agora precisa justificar aos gigantes BlackRock e Morgan Stanley por que ainda vale o clique. Enquanto isso, Shopee e Shein seguem enviando tralhas e trapos com tarifas de pechincha, fazendo o e-commerce latino-americano parecer um mercado persa high-tech. O que ninguém diz é que o problema não é o frete grátis. É a conta no fim do mês. E ela está chegando.

R$ 1 bilhão para esconder a miséria debaixo do tapete: “Ruas Visíveis” revela que a única coisa que cresceu foi o número de moradores

Lançado em 2023 como a vitrine social do Governo, o programa “Ruas Visíveis” virou um outdoor da tragédia urbana brasileira. Com orçamento de R$ 1 bilhão e promessas de saúde, trabalho, habitação e dignidade, a política pública tinha a ambição de enfrentar a miséria. O resultado, dois anos depois? Um aumento de mais de 100% no número de moradores de rua, que saltaram de 160 mil para 345 mil. O nome do programa virou ironia pronta: as ruas, de fato, estão visíveis — repletas de barracas, colchões e crianças dormindo ao lado de calçadas gourmetizadas. Mais de 60% desse contingente está no Sudeste, onde o PIB é alto e a desigualdade ainda mais. Na Região Norte, onde o abandono é crônico, a porcentagem é menor, mas não menos trágica. A única coisa que se tornou invisível nesse cenário é o sucesso do programa. E, talvez, a vergonha.

“Guardo o Oscar ao lado do outro”: Denzel Washington esnoba estatuetas e nos lembra que o tapete vermelho é só um carpete com glamour

Denzel Washington, ator, diretor e monumento vivo de Hollywood, decidiu descer do pódio e lembrar ao mundo que o Oscar não é o Santo Graal da arte. Em entrevista recente, ele deixou claro: não está mais ligando para prêmios dourados distribuídos por senhores engravatados que confundem marketing com mérito. Com duas estatuetas em casa e sete indicações no currículo, Denzel mandou um recado com classe bíblica: “O homem dá o prêmio, Deus dá o prêmio.” E no caso dele, Deus parece ter bom gosto. Às vésperas da estreia de Highest 2 Lowest, sua nova parceria com Spike Lee — uma releitura de Céu e Inferno, de Kurosawa, porque Denzel não brinca em serviço —, o ator prova que fazer cinema bom não depende de um troféu. Afinal, quem precisa do Oscar quando já é maior que ele?

Ringo Starr entra e Pete Best sai: há 63 anos o mundo aprendeu que talento é importante, mas sorte com o empresário é vital

No dia 16 de agosto de 1962, um jovem chamado Pete Best conheceu a fúria fria da indústria musical: foi demitido dos Beatles pelo empresário Brian Epstein, que colocou em seu lugar um tal de Ringo Starr. Pete, até então o baterista da banda mais promissora de Liverpool, virou o homem que esteve a dois compassos da imortalidade e foi expulso do palco antes do show começar. Ringo, por sua vez, virou Beatle e, mais importante, virou rico. A história, que parece tirada de uma novela cruel da BBC, é um lembrete eterno de que a vida tem mais plot twists que talento. Best virou lenda cult, mas sempre como o “ex-Batman” dos Beatles. E Epstein, que nem era músico, virou o maestro do destino. Moral da história: às vezes, o ritmo certo é menos importante que o contato certo.

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Ringo, por sua vez, virou um Beatle e, o mais importante, virou rico (Foto: Arquivo)
Ringo, por sua vez, virou um Beatle e, o mais importante, virou rico (Foto: Arquivo)

Médicos cubanos, americanos irritados e brasileiros precarizados: Mais Médicos ainda causa dor de cabeça até no Itamaraty

O programa Mais Médicos continua em cena, agora com um elenco majoritariamente brasileiro (22.755 dos 26.414 profissionais), mas os figurantes cubanos ainda roubam a atenção — principalmente de Washington. Desde que a cooperação com Cuba foi encerrada em 2018, os Estados Unidos nunca superaram o fato de verem seus vizinhos enviando médicos em vez de marines. Com a revogação de vistos de alguns profissionais, a embaixada americana classificou o programa como “golpe diplomático”, acusando o Brasil de colaborar com o “regime da ilha”. Enquanto isso, o Ministério da Saúde de Cuba responde com um sorriso socialista: “Enviamos médicos até para a Espanha”. No fim, o Mais Médicos virou uma novela geopolítica de baixa audiência, mas com altas implicações. E, como em toda série ruim, o drama não é a atuação — é o roteiro.

Estilingues, rádios e tornozeleiras sem bateria: o bolsonarista condenado que escapou pela porta da frente (literalmente)

Diego Dias Ventura, condenado a 14 anos por tentativa de golpe e outros crimes do combo 8 de janeiro, agora é oficialmente um “desaparecido político” — só que no estilo foragido. Rompeu a tornozeleira eletrônica, esvaziou a bateria e evaporou no ar como num truque de mágica de shopping. O STF diz que ele está em “local incerto e não sabido”, o que, traduzido do juridiquês, significa: “ninguém tem ideia de onde esse sujeito se enfiou”. A fuga aconteceu em Campos dos Goytacazes, um local que nem o Waze respeita. O detalhe mais folclórico? Diego usava estilingue e rádios comunicadores na época da prisão — o golpe parecia mais um acampamento escoteiro mal-intencionado. Agora, Alexandre de Moraes mandou prendê-lo de novo, mas o personagem já saiu da novela e foi fazer tour nos bastidores da impunidade brasileira. O plot twist? Ele ainda pode virar deputado. Esperem e verão.

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