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Cat Stevens, Senado, Meca…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Vibra, Raízen, Ultra/Ipiranga e a luta homérica contra a “PEC da Blindagem”: ou como evitar que a gasolina seja lavada, sonegada, fraudada e ainda ganhe um selo de “sustentável”

As grandes distribuidoras de combustíveis – Vibra, Raízen e Ultra/Ipiranga – vivem um daqueles momentos em que o lobby em Brasília parece mais adrenalina do que diplomacia. O “PL do Devedor Contumaz” nasceu para punir empresas que usam inadimplência fiscal como modelo de negócio e para apertar o cerco da ANP sobre a origem do capital no setor. Mas na Câmara, o que se vê é um strip-tease legislativo: cada artigo perde uma peça, cada parágrafo é desidratado. A ideia de um projeto anticrime virou, nas mãos dos deputados, um manual de como dar imunidade tributária a distribuidores malandros e laranjais sofisticados. A Operação Carbono Oculto, que escancarou a ligação entre combustíveis e lavagem de dinheiro do PCC, serviu para acelerar a votação no Senado. Mas agora, como num folhetim da HBO, a trama se inverte: as mesmas forças que berravam por moralidade defendem “ajustes técnicos” no texto. Resultado? R$ 14 bilhões em sonegação anual e R$ 15 bilhões em perdas para distribuidoras honestas continuam sendo o custo da farra. E Brasília, claro, finge que é coincidência.

Simone Tebet, Fernando Haddad e Geraldo Alckmin em “Quem quer ser senador por São Paulo?”: reality político com pitadas de Shakespeare, Tarcísio e Lula

A ministra do Planejamento Simone Tebet virou a aposta premium de Lula para conquistar uma cadeira no Senado por São Paulo. Mas a novela eleitoral é densa: Haddad também quer, Alckmin não descarta, e cada ala do PT acha que seu candidato é mais “viável” do que o outro. Enquanto isso, Tarcísio de Freitas, já testado na máquina estadual, sonha com a reeleição e observa de camarote as intrigas palacianas. Tebet talvez precise trocar de partido para concorrer, Haddad enfrenta desgaste após embates econômicos e Alckmin faz aquele jogo silencioso de quem prefere “ser lembrado” do que “se lançar”. A cena é quase um teatro elisabetano: monólogos de poder, intrigas de bastidores e o público aplaudindo ou vaiando. Se o PSDB em São Paulo foi “terra arrasada”, a esquerda ainda parece um castelo com muros rachados tentando decidir quem vai puxar o estandarte.

Yusuf/Cat Stevens e a turnê americana no purgatório dos vistos: Peace Train parado na estação “Departamento de Imigração”

O cantor Yusuf/Cat Stevens avisou que sua turnê nos Estados Unidos corre “sério risco” por causa dos atrasos nos vistos para ele e sua banda. Anunciado no Instagram, o comunicado tem um toque de tragicomédia diplomática: um artista que escreveu canções sobre paz agora vítima da burocracia migratória pós-pandemia. Para os fãs americanos, é um banho de água fria – ou de chá sem açúcar. O cantor diz ter preparado “algo especial”, mas sem vistos não há palco nem público. A nota recomenda suspender viagens, lembrando que nem tudo que se chama “Peace Train” consegue rodar nos trilhos quando os carimbos não chegam. Ironia fina: em plena era da música digital e dos shows globais, uma papelada pode fazer mais estrago que um boicote. Resta saber se o trem da paz vai pegar carona num avião oficial ou se ficará mesmo estacionado na estação das promessas.

Cat Stevens avisou que sua turnê nos Estados Unidos corre “sério risco” (Foto: Wiki)
Cat Stevens avisou que sua turnê nos Estados Unidos corre “sério risco” (Foto: Wiki)

Dez anos do desastre em Meca: 2 mil mortos, 934 feridos e uma tragédia que virou estatística religiosa sem direito a trending topics

Em 24 de setembro de 2015, o Haje em Meca viu uma das maiores tragédias do século: mais de 2 mil peregrinos morreram e quase mil ficaram feridos num pisoteamento. Dez anos depois, a lembrança ainda assombra famílias, mas para boa parte do mundo virou um dado esquecido. Em tempos de “breaking news” em loop, desastres ganham hashtags e desaparecem em semanas – às vezes em horas. O episódio expôs falhas de logística, superlotação e despreparo das autoridades sauditas. Mas falar disso hoje é quase um sacrilégio geopolítico: afinal, Arábia Saudita virou player pop do petróleo, do futebol e até do turismo religioso. A data merece ser lembrada não só pela dor, mas como alerta sobre a gestão de multidões em eventos gigantescos. Só que, no calendário midiático global, nem todo sangue tem igual prazo de validade.

Leia ou ouça também:  Bastilha, Nicki Minaj, fim da reeleição...

Lula e Trump em videoconferência: um FaceTime para salvar a diplomacia em meio a sanções, tarifas e egos inflados

O Itamaraty articula uma conversa virtual entre Lula e Donald Trump nas próximas semanas. Em meio às sanções ao Brasil e ao julgamento de Bolsonaro por golpe de Estado, Trump revelou o convite durante a Assembleia-Geral da ONU. Mauro Vieira garante que Lula “sempre esteve aberto” a dialogar com qualquer líder mundial, mas a agenda apertada obriga a conversa a ser por vídeo. O roteiro parece sitcom: Trump anuncia, Lula reage, diplomatas correm. A “call” pode ser um divisor de águas ou apenas mais uma selfie diplomática. O detalhe é que, enquanto no Brasil se discute pauta verde, reformas e arcabouços, nos EUA Trump transforma encontros em episódios de reality. Se a ligação rolar, preparem-se para as manchetes: “Lula e Trump discutem o mundo e filtram tudo pelo Instagram”. O resto, a gente comenta em threads irônicas no X.

STF publica ata do julgamento de Bolsonaro: tic-tac-tic-tac rumo ao acórdão, embargos de declaração e, enfim, Papuda ou PF para o ex-presidente

A Primeira Turma do STF aprovou a ata do julgamento de Jair Bolsonaro e outros sete réus acusados de tentativa de golpe. Começa agora a contagem regressiva: 60 dias para o acórdão, cinco dias para embargos, e depois – se nada mudar – o trânsito em julgado. O script é conhecido: recursos para ganhar tempo, votos escritos demorando para chegar, defesas prometendo revelar contradições. Mas o histórico é cruel: embargos raramente mudam resultados e, quando rejeitados, só resta cumprir pena. O destino provável de Bolsonaro seria a superintendência da PF ou o Centro Penitenciário da Papuda. Réus militares podem ir para quartéis. O país assiste com a paciência de quem vê novela às oito, mas sabendo que o último capítulo já está gravado. Tic-tac, tic-tac… relógio jurídico em contagem regressiva para ver se o mito troca lives por marmitas.

Vibra, Raízen, Ultra/Ipiranga e a luta homérica contra a “PEC da Blindagem”

Simone Tebet, Fernando Haddad e Geraldo Alckmin em “Quem quer ser senador por São Paulo?”

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STF publica ata do julgamento de Bolsonaro


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