Sua Página
Fullscreen

Do lado de lá com Guillaume Apollinaire

Anúncios
Compartilhe este conteúdo com seus amigos. Desde já obrigado!

Guillaume Apollinaire (1880–1918) foi um dos mais importantes poetas franceses do início do século XX. Nascido em Roma como Wilhelm Apollinaris de Kostrowitzky, era filho de uma nobre polonesa e teve uma vida marcada por viagens e exílios. Estabeleceu-se em Paris, onde se tornou figura central da vanguarda artística, convivendo com nomes como Picasso, Matisse e Derain. Apollinaire foi um dos primeiros a usar o termo “surrealismo”, antecipando o movimento que ganharia força nos anos 1920. Seus poemas exploraram a liberdade formal, o verso livre e a justaposição de imagens, como se vê em obras-primas como Alcools (1913) e Calligrammes (1918), este último misturando poesia e imagem visual. Participou da Primeira Guerra Mundial como voluntário e foi ferido em combate, o que abalou sua saúde. Morreu em 1918 durante a epidemia de gripe espanhola. Sua escrita funde tradição e experimentação, lirismo e modernidade, tornando-o uma ponte entre o simbolismo e as vanguardas. Foi também crítico de arte, dramaturgo e romancista. Sua influência atravessa a literatura, as artes visuais e o pensamento estético do século XX.

12 frases marcantes de Guillaume Apollinaire:

“É tempo de reacender as estrelas.”

“Sob a ponte Mirabeau corre o Sena / E os nossos amores…”

“Colhi este ramo de urze / O outono morreu, lembra-te.”

“A alegria sempre vinha depois da dor.”

“Não há amor que não traga dor em si.”

“Não se pode carregar para todo lado o cadáver do pai.”

Apollinaire se tornou uma figura central da vanguarda artística (Ilustração: Coelho)
Apollinaire se tornou uma figura central da vanguarda artística (Ilustração: Coelho)

“Poeta, pega teu alaúde e me dá um beijo.”

“O impulso poético é um ato de fé.”

“Nasci para te conhecer, para te nomear.”

“A arte é um milagre que salva.”

“Queremos ser modernos e não modernos ao mesmo tempo.”

“É preciso ser poeta até na guerra.”

Mensagem do Além

Pergunta psicografada para Guillaume Apollinaire

(Transcrita de um guardanapo antigo, achado entre um cálice vazio e um retrato de Picasso, em um café parisiense que insiste em permanecer fechado desde 1918. A tinta borrada carrega perfume de absinto e pólvora.)

Pergunta:

Se pudesse voltar à Terra por um único poema, o que diria aos que ainda tentam fazer arte entre guerras, ruínas e algoritmos?

Leia ou ouça também:  Do lado de lá com Candido Portinari

Resposta psicografada:

“Diria: desobedeçam a lógica com beleza. Amem sem cronologia. Pintem com palavras e escrevam com cor. Quebrem os relógios, libertem os versos. A modernidade devora o espanto — resgatem-no com imagens e silêncios. Não esperem autorização para criar: o poema é um furto, não um formulário. Chamem a dor pelo nome, mas não a deixem reinar. Misturem máquinas e saudade, trincheiras e ternura. A arte deve sangrar e sussurrar ao mesmo tempo. Se o mundo se tornou código, sejam os erros de sintaxe que escapam do controle. A poesia não morreu: ela apenas tirou o uniforme.”

— Guillaume, ainda em forma de caligrama flutuando sobre os telhados de Paris.


Compartilhe este conteúdo com seus amigos. Desde já obrigado!

Facebook Comments

Anúncios
Pular para o conteúdo
Verified by MonsterInsights