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Do lado de lá com Jorge Amado

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Jorge Amado (1912–2001) foi um dos escritores mais populares e traduzidos do Brasil, conhecido por retratar com humor, lirismo e crítica social a vida, a cultura e as contradições da Bahia. Nascido em Itabuna e criado em Ilhéus, cresceu em meio ao ciclo do cacau, cenário que inspirou muitos de seus romances. Sua obra, marcada por personagens vibrantes e tramas cheias de sensualidade e política, inclui clássicos como Gabriela, Cravo e Canela, Dona Flor e Seus Dois Maridos, Tieta do Agreste e Capitães da Areia. Militante do Partido Comunista, viveu no exílio durante o Estado Novo, passando por países como Argentina, Uruguai, França e Tchecoslováquia. Recebeu diversos prêmios e foi eleito para a Academia Brasileira de Letras em 1961. Seus livros foram traduzidos para dezenas de idiomas e adaptados para cinema, teatro e televisão, levando a Bahia ao mundo. Amado mesclava crítica social e celebração da cultura popular, tratando de temas como desigualdade, religiosidade, racismo e erotismo. Ao longo da vida, também escreveu biografias, contos e crônicas. Casou-se com a também escritora Zélia Gattai, com quem dividiu décadas de vida e militância cultural. A casa do casal, em Salvador, tornou-se museu e centro cultural. Jorge Amado faleceu em 6 de agosto de 2001, aos 88 anos, deixando um legado literário imortal. Sua morte gerou comoção nacional, sendo sepultado no jardim de sua residência. Até hoje, é lembrado como um cronista da alma brasileira e um embaixador cultural da Bahia para o mundo.

12 frases marcantes de Jorge Amado:

“O mundo é grande e cabe nesta janela sobre o mar.”

“A amizade é o sal da vida.”

“O amor é o único caminho que nos leva para mais perto de Deus.”

“Não se pode viver sem amor.”

“Cada pessoa guarda dentro de si um mistério que só o amor pode revelar.”

“A Bahia é minha terra, minha fé e minha perdição.”

Jorge Amado (1912–2001) foi um dos escritores mais populares do Brasil (Ilustração: Coelho)
Jorge Amado (1912–2001) foi um dos escritores mais populares do Brasil (Ilustração: Coelho)

“A vida é feita de encontros e despedidas.”

“O Brasil é um país que não conhece a si mesmo.”

“Quem não tem alegria para dar, não serve para viver.”

“O homem é do tamanho do seu sonho.”

“A gente não se separa de quem ama, a gente leva junto para sempre.”

“Não há poder capaz de matar a esperança.”

Mensagem do Além

Pergunta psicografada para Jorge Amado

(Recebida numa sala abafada de uma casa colonial no Pelourinho, onde o cheiro de dendê e maresia se misturava ao das páginas amareladas. Ventava pouco, mas o som distante de um berimbau parecia atravessar as paredes. A médium, de vestido florido e pés descalços, acendeu uma vela diante de um prato de acarajé intocado. Pela janela, o entardecer tingia de ouro as fachadas descascadas. Um gato preto dormia sobre a mesa, enquanto, num canto, um velho rádio chiava memórias de sambas antigos. Ela respirou fundo, sentindo o tempo andar mais devagar, e começou a escrever.)

Leia ou ouça também:  Do lado de lá com Hannah Arendt

Pergunta:

Jorge, o que é viver de verdade?

Resposta psicografada:

“Viver é deixar-se temperar pelo sal e pelo açúcar da vida. É saber que o amor é a maior festa que o mundo conhece e que a tristeza é apenas um convidado que não sabe dançar. Aprendi que não se vive só com o que cabe no bolso, mas com o que cabe no peito — e este, quanto mais se enche, mais espaço arranja. As ruas de Salvador me ensinaram que cada rosto tem uma história e cada história merece um lugar à sombra de uma mangueira. O viver bom é o que se suja de farinha, que se banha de mar e que se perfuma com riso. Não se trata de passar pelos dias, mas de se deixar atravessar por eles, como o vento que passa e leva o cheiro de jasmim para outro quintal. Quem vive de verdade sabe que a morte é só outra esquina — e que, até lá, vale dançar com todos, amar sem medida e contar causos como quem planta árvores. O segredo é simples: faça da sua vida um romance, e que nele não faltem personagens que te façam querer virar a próxima página.”

— Jorge Amado, do além, enquanto folheia um livro manchado de café e sorri com cheiro de mar e saudade.


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