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Fux, Mahsa Amini, CPMI…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

“Careca do INSS” no confessionário: delação premiada promete revelar como atravessar Dilma, Bolsonaro e Lula sem perder o penteado

A história do “Careca do INSS” tem todos os ingredientes de um thriller político de quinta categoria — só que, no Brasil, thrillers assim são best-sellers. Antonio Carlos Camilo Antunes, um nome que soa burocrático, tornou-se o apelido mais falado de Brasília no fim de semana. Rumores dão conta de que ele estaria negociando um acordo de delação premiada com direito a box exclusivo na CPMI do INSS. Mesmo protegido pela decisão do ministro André Mendonça — aquele que acha que convocação não é convocação se você não quiser ir —, Antunes resolveu não comparecer ontem, deixando o suspense no ar. O nervosismo nos corredores do Congresso está digno de novela mexicana. A PF já suspeita que o empresário opera um esquema previdenciário há quinze anos, um triatlo de sobrevivência que atravessou Dilma, Bolsonaro e metade de Lula. Se abrir mesmo a boca, pode expor as vísceras de uma Previdência que parece menos social e mais surreal. Brasília está aflita: e se ele cantar?

Fux, o “herói” bolsonarista involuntário: como um voto polêmico virou roteiro de road movie para cortes internacionais

Quem diria que Luiz Fux, ministro com imagem de técnico jurídico, viraria capa de revista bolsonarista como “herói” improvável? Ao levantar tese de cerceamento de defesa, Fux acendeu a luz verde para advogados recorrerem a cortes internacionais — algo que até ontem parecia roteiro de filme do Netflix. A base de Bolsonaro já fala em anistia com a mesma seriedade que fala de “chip da vacina” e acha que o STF vai ceder por cansaço. Gilmar Mendes, decano e comentarista de si mesmo, criticou o voto de Fux sem economizar ironia. Mas a verdade é que, nesse tabuleiro, cada ministro joga xadrez 3D com regras inventadas na hora. Os condenados agarram-se ao voto como náufragos em boia furada. E Fux, talvez sem querer, deu um presente que poderá alongar processos por anos — um luxo para quem já está condenado. Justiça lenta é quase justiça invertida.

Luiz Fux acendeu a luz verde para advogados recorrerem a cortes (Foto: Agência Brasil)
Luiz Fux acendeu a luz verde para advogados recorrerem a cortes (Foto: Agência Brasil)

“Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”: HBO Max transforma tragédia em série e revive debate sobre violência e misoginia

O streaming, nosso novo Coliseu, não perdoa — quanto mais sangue na história, mais hype na estreia. A HBO Max revelou o teaser de “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada” e já cravou data: seis episódios baseados no podcast “Praia dos Ossos”. A narrativa expõe a trajetória de uma mulher nos anos 1970 que ousou viver fora do script patriarcal. Separou-se do primeiro marido, amou do seu jeito e foi morta a tiros pelo último companheiro — que, ironicamente, também não aceitava sua liberdade. O julgamento transformou a vítima em ré, um roteiro velho no Brasil, onde a misoginia é estruturante e a “culpa da mulher” rende manchetes. Agora, o streaming dá glamour a uma dor histórica, e o país assiste — indignado, chocado ou curioso. Será que a série gera reflexão ou só mais um trending topic? Eis o dilema.

Mahsa Amini, três anos depois: Irã ainda luta contra a polícia dos costumes enquanto o mundo posta hashtags

Em 16 de setembro de 2022, Mahsa Amini morreu sob custódia da polícia moral iraniana. Três anos depois, seu nome virou hashtag global, bandeira em protestos e, para muitos governos ocidentais, um tema de discursos protocolares cheios de indignação seletiva. O Irã continua punindo mulheres por “usar errado” um tecido na cabeça, enquanto o resto do planeta prefere selfies solidárias a pressões efetivas. Mahsa simboliza a colisão entre tradição autoritária e um mundo hiperconectado, mas sua memória também expõe a hipocrisia global: petróleo vale mais que direitos humanos. O governo iraniano resiste, recalibra repressão e investe em censura digital. O Ocidente critica, mas compra. As ruas iranianas, porém, não se rendem: mulheres seguem arriscando vida por um centímetro de cabelo. E nós seguimos postando stories com filtro arco-íris.

Leia ou ouça também:  Taylor Swift, Irã, violência...

Bolsonaro em prisão domiciliar quer visitas VIP: roteiro do seriado “Meu Presídio, Minhas Regras” estreia no STF

A defesa de Jair Bolsonaro pediu ao STF autorização para visitas semanais de Valdemar Costa Neto e Rogério Marinho, como se fosse um escritório político com tornozeleira. Na lista, nomes que parecem elenco de reality show de crise institucional: Sóstenes Cavalcante, Adolfo Sachsida, Rodrigo Valadares, Wilder Morais e, claro, o grupo de oração de Michelle. Tudo para coordenar pautas “institucionais” — seja lá o que isso signifique quando o chefe está condenado a 27 anos de prisão por tentativa de golpe de Estado. Alexandre de Moraes, guardião das chaves, definirá os dias. Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde agosto e deve ser transferido para presídio comum em Brasília quando acabar o carnaval dos recursos. Proibido de usar celular, o ex-presidente agora depende de visitas presenciais para articular sua narrativa. Parece comédia, mas é Brasil.

Trabalhadores se sentem seguros no emprego: otimismo ou só mais uma estatística no caminho da recessão?

Pesquisa do Ibre/FGV mostra que 53,8% dos brasileiros não veem risco de perder o emprego nos próximos seis meses. É o tipo de dado que faria qualquer ministro da Fazenda abrir um champanhe barato e postar no LinkedIn. Mas o mesmo levantamento mostra que 29,7% não souberam responder — ou seja, quase um terço prefere o “não sei” à esperança. O mercado de trabalho está aquecido, mas com sinais de fadiga. Rodolpho Tobler, do Ibre, alerta para desaceleração econômica no horizonte, o que pode transformar esse otimismo em miragem. Historicamente, o trabalhador brasileiro aprende na marra: o emprego hoje é estabilidade; amanhã pode virar Uber. Mas, por ora, reina a confiança — aquela mesma confiança que já nos fez acreditar em planos econômicos milagrosos. No fim, estatísticas são selfies do presente; o futuro não tem filtro.

“Careca do INSS” no confessionário

Fux, o “herói” bolsonarista involuntário

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