Marketing: apostas para os próximos anos
O marketing atravessa um dos momentos mais emblemáticos de sua história recente. A convergência entre tecnologia, comportamento e propósito está transformando essa área de forma tão profunda que já não se trata mais de prever tendências, mas de compreender mudanças estruturais que estão redesenhando o papel do marketing no tecido empresarial e social. O profissional de marketing não pode mais se dar ao luxo de apenas “vender bem”; agora, é preciso criar experiências, interpretar dados com sensibilidade e, sobretudo, gerar conexões verdadeiras em meio ao ruído digital.
Em plena véspera do Dia do Profissional de Marketing (comemorado em 8 de maio), os discursos do setor apontam uma série de apostas que parecem mais diagnósticos de um novo paradigma do que meras previsões. E isso não é pouca coisa. O mercado exige coerência, rapidez e autenticidade, e o marketing — tal como o conhecíamos — está deixando de ser uma ferramenta de persuasão para se tornar uma engrenagem crítica da própria identidade das empresas.
“Marcas que não assumirem uma postura clara diante dos desafios ambientais e sociais correm o risco de se tornarem irrelevantes, tanto para consumidores quanto para investidores.”
A Inteligência Artificial já não é um recurso futurista: é uma engrenagem cotidiana e necessária. Como aponta Nara Iachan, da Loyalme by Cuponeria, o uso de IA na personalização de campanhas e no mapeamento de comportamentos está moldando um novo tipo de fidelização. O consumidor, antes atraído por campanhas massivas, agora espera ser compreendido — e recompensado — de forma individualizada. A gamificação surge como um complemento importante nesse cenário, adicionando uma camada lúdica à interação e transformando fidelidade em envolvimento contínuo.
Mas é preciso cuidado para que o marketing não caia na armadilha de automatizar emoções. A era dos “synthetic users”, como explica Bruno Strassburger da Neura, permite simular comportamentos e antecipar reações, porém, exige uma curadoria crítica e ética sobre os dados. O desafio agora é interpretar padrões com profundidade e responsabilidade, em vez de apenas coletar volumes massivos de informação. A eficácia não está mais em saber tudo, mas em entender o que realmente importa.
O marketing entre máquinas e pessoas
A dicotomia entre performance e branding também vem sendo gradualmente desfeita. Giovanna Falchetto sintetiza bem essa virada: performance e marca não são opostos, mas forças complementares. A construção de identidade passa a ser vista como algo vivo, narrativo, mutável — e, portanto, precisa ser alimentada com inteligência e sensibilidade.
Outra transformação evidente é a onipresença do omnichannel. O que antes era apontado como tendência agora é uma exigência de mercado. Como explica Carolina Fernandes, da Cubo Comunicação, o consumidor quer iniciar sua jornada de compra num canal e finalizá-la em outro, sem rupturas ou fricções. A integração precisa ser fluida e inteligente, o que pressupõe não só tecnologia, mas também planejamento estratégico e consistência de marca.
Já no marketing de afiliados, segundo Bruna Nobre, da Rakuten, o foco passa a ser uma segmentação mais inteligente, baseada em dados próprios e conteúdos com real valor. O consumidor não quer apenas saber o que comprar, mas por que comprar — e isso muda tudo. O conteúdo, portanto, não é mais suporte: é a própria espinha dorsal da estratégia.
Outro vetor de transformação é o compromisso socioambiental. O ESG finalmente se consolida como componente intrínseco do branding, como observa Isabel Sobral, da FutureBrand. O marketing, cada vez mais, deixa de ser apenas narrador e passa a ser autor do impacto positivo. Marcas que não assumirem uma postura clara diante dos desafios ambientais e sociais correm o risco de se tornarem irrelevantes, tanto para consumidores quanto para investidores.

Não menos importante é o avanço da produção criativa com auxílio da IA generativa, que, como lembra Renato Fonseca, da Funcional Health Tech, reduz custos, amplia a qualidade e acelera processos. A automatização da criação publicitária permite que mais empresas acessem recursos antes restritos a grandes orçamentos — um fator democratizante e competitivo.
Por fim, a construção de vínculos autênticos parece ser o novo centro gravitacional do marketing moderno. Junior Sturmer, da TruckPag, é direto: marcas que não forem capazes de nutrir relações reais serão esquecidas. O branding, nesse sentido, torna-se uma jornada contínua de escuta, engajamento e pertencimento.
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