Ensina.ai: nova plataforma de IA personaliza o aprendizado
A Inteligência Artificial (IA) tem ganhado cada vez mais espaço na educação, e isso tem gerado preocupação em muitas pessoas. Mas apesar das dúvidas e incertezas, há quem defenda que a IA pode trazer muitos benefícios para a educação. Em 2019, a UNESCO (United Nations Educational, Scientific and Cultural Organization, em português: Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) publicou o Consenso de Pequim sobre Inteligência Artificial e Educação , o primeiro documento que propõe conselhos e recomendações sobre como aproveitar ao máximo as tecnologias de IA com vistas a alcançar a Agenda Educacional 2030.
O Ensina.ai, lançado pela DRM Educação em 2023, é um exemplo disso. O sistema oferece recursos como tutoria contextualizada, adaptação de conteúdo, identificação de dificuldades dos alunos e feedbacks em tempo real. O sistema já está disponível em algumas escolas do país. Com isso, a tecnologia também pode ser utilizada para identificar as principais dificuldades dos alunos e ajudá-los a superá-las de forma mais efetiva.
Além disso, o Ensina.ai é integrado com a plataforma através da Fábrica de Cursos e ao seu ambiente acadêmico, visando trazer uma maior produtividade aos professores na geração de conteúdos. Os materiais gerados pela Fábrica com o apoio da Inteligência Artificial já podem ser incluídos em qualquer LMS via API e no futuro próximo será disponibilizado integração via LTI (Interoperabilidade das ferramentas de aprendizado).
Em 2019, o Consenso de Pequim declarou oficialmente a integração da IA na educação para enfrentar os desafios de aprendizagem. Entre elas, planejar políticas educacionais para aproveitar ao máximo a IA na educação do presente e do futuro, e elaborar novos modelos educacionais que integrem a IA no desenvolvimento de melhores serviços, recursos e ferramentas educacionais para uma aprendizagem mais personalizada e remota.
Segundo Jefferson Dousseau, CEO da DRM Educação, um dos grandes desafios no uso da I.A. é sua utilização para desenvolvimento de projetos longos, como a estruturação de um curso ou disciplina, mantendo um padrão de desenvolvimento sem perder o foco do assunto.
Para Dousseau, o objetivo do Ensina.ai é apoiar os professores no seu trabalho diário, oferecendo ferramentas que permitam um ensino mais personalizado e eficiente. “Nós temos um objetivo onde todos os alunos possam ter acesso à tecnologia educacional de qualidade, independentemente de sua origem ou condição socioeconômica. A IA é uma ferramenta que pode ser usada para personalizar a educação e atender às necessidades individuais de cada aluno, aumentando a eficácia do ensino”.
Inteligência Artificial em sala de aula
Um dos principais temores é o risco de que a tecnologia substitua completamente o papel do professor, tornando-o dispensável. É importante lembrar que, por mais avançadas que sejam as máquinas, elas ainda não são capazes de substituir a sensibilidade e a empatia que um professor experiente pode oferecer. É fundamental que empresas que trabalham com IA na educação se dediquem a apontar caminhos para o sucesso de sua aplicação, incentivando o uso responsável e ético da tecnologia.
Para Julio Cesar da Silva, advogado, professor doutor em literatura e presidente da ABRADE (Associação Brasileira de Direito Educacional), a Inteligência Artificial pode ser utilizada de forma complementar aos ensinamentos que são passados na relação professor-aluno. “Assim, ampliando tais informações, através de um estímulo para que cada estudante possa construir essa trilha autônoma de aprendizagem”, explica.
A DRM Educação está lançando o Ensina.ai, que é uma plataforma que oferece ferramentas inovadoras para o ensino, permitindo a democratização do conhecimento e a possibilidade de criar e personalizar cursos para atender às necessidades de cada aluno. Os estudantes podem criar seus próprios cursos livres, reforço escolar e preparatório para concursos, entre outros.
O CEO da Aletheia Educação, Cassius Leal, acredita que IA irá facilitar o acesso ao conhecimento de qualidade de uma forma bastante econômica. “Ainda estamos apenas engatinhando com relação a este assunto, mas vejo um futuro muito promissor para a humanidade”, completa.
Ensina.ai na prática
Segundo o educador e empresário Lucio Henrique Nogueira dos Santos, a IA pode ser usada para ajudar os alunos a desenvolver habilidades específicas, como resolução de problemas, pensamento crítico e criatividade. Ele considera que a IA tem um potencial infinito, com chatbots e jogos educacionais, baseados em IA. “Além de assistência virtual para professores, em pesquisas, será uma grande revolução, pode acelerar um projeto, então na questão tempo vai agilizar muito”.
A plataforma oferece o Ensina.ai Tutor, serviço de plantão de dúvidas contextualizado ao assunto de cada aula para todas as disciplinas do básico ao avançado. E também, o Ensina.ai Davinci, que facilita a criação dos mais variados objetos de ensino, desde avaliações de múltipla escolha, questões dissertativas com feedback, roteiros para vídeo aulas, e-books, podcasts, roteiros para apresentações e muito mais.
Santos ressalta suas preocupações em relação ao uso da IA. Para ele, tudo na vida tem seu lado bom e ruim, e com a Inteligência Artificial também. “Por mais que se coloque uma ética como limite, sempre existirão pessoas tentando burlar e cometer erros para o lado ruim. A tendência de se substituir um professor é muito preocupante. A IA deve ser utilizada como ferramenta de apoio”, reafirma.
Para Marcelo Mendonça Teixeira, pós-doc em informática aplicada, na aprendizagem adaptativa, numa perspectiva de metodologia ativa de aprendizagem, a IA pode ser usada para criar um rico ambiente de aprendizado adaptativo, que ajusta automaticamente o conteúdo e as atividades de aprendizado abordado com base no desempenho e no progresso do aprendente. “Nesse sentido, pode ser trabalhado de forma específica em determinada disciplina, curso ou mesmo para dinamizar o conhecimento aprendido”.
Para saber mais, basta acessar: https://drmeducacao.com.br/ensina.ai/
Última atualização da matéria foi há 1 ano
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