Vinhos raros: além da qualidade, processos explicam valores
Bebida muito popular e consumida em quase todo o mundo, o vinho registra números superlativos. Para se ter ideia, a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) apurou que a produção mundial chegou a 258 milhões de hectolitros em 2022 e o consumo global foi de 232 milhões de hectolitros.
O ranking teve a liderança da Itália, seguida por França, Espanha, Estados Unidos e Austrália. O Brasil foi o 16º. Outra pesquisa, realizada pela Ideal Consulting, mostrou a recuperação do consumo no Brasil, atingindo o patamar de 2019 (ano pré-pandemia de covid-19).
Os dados acumulados mostram a grandiosidade dessa indústria, mas o leitor sem maior intimidade com o tema pode não saber de um segmento voltado a um público específico, mais preocupado com a qualidade: o de vinhos raros. Estes, provenientes de vinhas de baixa produção, podem custar milhares de dólares.
Quantidade e qualidade nem sempre andam juntas
O especialista e fundador da Elite Vinho, Brunno Magnavita, informa que esses vinhos são especiais principalmente por sua raridade que é conferida aos rótulos devido ao processo de produção, qualidade das uvas e poucas garrafas disponíveis no mercado. São produzidos em pequenas quantidades e muitas vezes em vinícolas familiares.
Esses produtores empregam técnicas tradicionais e trabalham com variedades de uvas indígenas ou menos conhecidas. Ele acrescenta que também podem ser produzidos em regiões com microclimas únicos que dão ao vinho um caráter distinto.
Para exemplificar, o profissional listou alguns rótulos e suas características:
- Domaine de la Romanée-Conti Romanée-Conti Grand Cru, da Borgonha, França. Esta pequena vinícola produz vinhos raros de Pinot Noir de qualidade excepcional. A safra 1990 deste vinho, por exemplo, pode chegar a custar mais de 20 mil dólares por garrafa;
- Screaming Eagle Cabernet Sauvignon, do Vale de Napa, EUA. A vinícola produz apenas cerca de 500 caixas por ano, tornando-o um dos vinhos mais cobiçados. Uma garrafa de Screaming Eagle Cabernet 1992 foi vendida em leilão por impressionantes 500 mil dólares;
- Château d’Yquem, da região de Sauternes, França. Este vinho doce branco é produzido a partir de uvas botritizadas, o que significa que são afetadas pela “podridão nobre” que dá ao vinho seu caráter inconfundível. Garrafas da safra 1811 foram vendidas por até 130 mil dólares;
- Penfolds Grange, da Austrália. Este vinho é produzido a partir de uma mistura de Shiraz e Cabernet Sauvignon e é um dos vinhos australianos mais caros e raros. Uma garrafa da cobiçada safra de 1951 foi vendida por mais de 50 mil dólares.
Os altos valores não intimidam os consumidores dispostos a investir quantias consideráveis por vinhos raros. Ano passado foi notícia a venda através da plataforma de leilões Sotheby’s, de Nova York, de uma garrafa de um Romanée-Conti de fabricação datada de 1945, por 558 mil dólares.
Os processos envolvidos fazem toda a diferença na avaliação de Brunno Magnavita: “Muitos destes vinhos também são envelhecidos por vários anos, o que permite que desenvolvam sabores e aromas complexos que não são encontrados em vinhos mais jovens”, comenta.
O fundador da Elite Vinho informa, ainda, que este processo de envelhecimento também aumenta a sua raridade, uma vez que a vinícola deve esperar muitos anos antes de poder vender o vinho.
Magnavita finaliza: “cada vez mais, os consumidores estão interessados em conhecer a história por trás do vinho e valorizam a autenticidade e o cuidado investido na produção de vinhos artesanais e raros”.
Sobre a Elite Vinho
A Elite Vinho é uma empresa especializada na importação e distribuição de vinhos de diversas regiões do mundo. São mais de 120 produtores provenientes de países e regiões como a França, Itália, Espanha, Portugal, Chile, Argentina, entre outros.
Para mais informações, basta acessar: https://www.elitevinho.com.br/.
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