Opentech leva a inovação para vários setores
Rodrigo Oliveira é CEO da Opentech. A empresa leva tecnologia e inovação para os segmentos de frigorificados, farmacêutico e alimentício, contribuindo para o gerenciamento de risco e gestão logística. Suas soluções facilitam operações e aceleram negócios, proporcionam gestão de alta performance, bem como redução de prejuízos. A companhia atende, principalmente, embarcadores, operadores logísticos e operações complexas. “Já somos uma empresa reconhecida na área de gerenciamento de risco e logística por ser referência em tecnologia e inovação. E talvez um dos maiores desafios seja manter um ambiente interno que permita a manutenção deste legado e incentive uma constante evolução, respirando novas ideias e desenvolvimento de novas tecnologias. Quando olhamos o atual cenário logístico, vemos cada vez mais o valor agregado ao negócio de nosso cliente quando aplicamos soluções inovadoras, e isto vai desde o uso de uma IA para apoio à tratativa de não conformidades operacionais até a aplicação de big data visando retroalimentar processos produtivos e fomentar a Inteligência do Negócio. A tecnologia inegavelmente é uma forte aliada para a transformação da logística, sendo a integração dessas tecnologias ao negócio uma excelente oportunidade de trazer valor ao consumidor atual”, afirma o executivo em entrevista exclusiva ao portal Panorama Mercantil.
Rodrigo, quais desafios você enfrentou ao assumir o cargo de CEO da Opentech e como lidou com eles?
A Opentech é uma empresa que possui taxas de crescimento alavancadas, onde apenas no ano de 2023, estamos projetando crescer acima de 35%. Desafio este que demandou bastante foco desde o início: Como gerir este crescimento de forma sustentável? Concentramos muita energia na padronização de processos internos, gestão da rotina dos times e controle/visibilidade da operação, além de foco muito grande no org design da cia. Este último pilar, talvez o mais importante nesta jornada inicial, “ter pessoas certas no lugar certo”, afinal, neste cenário de expansão e em um ambiente altamente complexo (logística), a liderança da empresa foi pilar fundamental para conduzir projetos e equipes alinhados à diretriz estratégica que tínhamos naquele momento. Tudo isso visando gerenciarmos este crescimento e principalmente crescer de forma previsível.
Qual é a visão estratégica da Opentech em relação à tecnologia e inovação no gerenciamento de risco e gestão logística?
Já somos uma empresa reconhecida na área de gerenciamento de risco e logística por ser referência em tecnologia e inovação. E talvez um dos maiores desafios seja manter um ambiente interno que permita a manutenção deste legado e incentive uma constante evolução, respirando novas ideias e desenvolvimento de novas tecnologias. Quando olhamos o atual cenário logístico, vemos cada vez mais o valor agregado ao negócio de nosso cliente quando aplicamos soluções inovadoras, e isto vai desde o uso de uma IA para apoio à tratativa de não conformidades operacionais até a aplicação de big data visando retroalimentar processos produtivos e fomentar a Inteligência do Negócio. A tecnologia inegavelmente é uma forte aliada para a transformação da logística, sendo a integração dessas tecnologias ao negócio uma excelente oportunidade de trazer valor ao consumidor atual.
Por que você decidiu ingressar no ramo de tecnologia e inovação para gerenciamento de risco e gestão logística?
Minha carreira sempre foi dedicada à área logística, mas com foco inicial no modal ferroviário e marítimo. Sendo um defensor da intermodalidade e, ao mesmo tempo, enxergando a potencialidade de valor em soluções tecnológicas aplicadas neste ramo, identifiquei na área de gerenciamento de riscos e logística uma oportunidade de sinergia destes dois pilares. Não tenho dúvidas que em um país continental como o nosso, com desafios logísticos extremos, o espaço para desenvolvermos novas tecnologias e inovar só tende a crescer, e empresas com este mindset tendem a gerar maior valor ao negócio.
Quais são as principais soluções tecnológicas desenvolvidas pela Opentech e como elas impactam o setor logístico?
Hoje, temos um pacote de soluções que vão desde softwares integradores desenvolvidos por nós que permitem o monitoramento de cargas em toda a América do Sul, até a gestão logística de múltiplos indicadores, soluções estas que permitem otimização de recursos e gestão preventiva de processos, de forma a evitar perdas na cadeia e aumentar eficiência dos fluxos logísticos. Apoiamos desde empresas do ramo alimentício na garantia da entrega de cargas refrigeradas dentro do padrão de temperatura ao longo da viagem, a controles de transit time/on-time e estadias de viagens distribuição e longo percurso de operadores intermodais, empresas de linha branca, e-commerce e empresas de moda e varejo, mas também passando pelo mapeamento de anomalias na condução padrão de motoristas e mitigação de acidentes em grandes embarcadores e transportadoras, até na atuação preventiva voltada à mitigação da exposição de cargas ao risco de roubos em diversos segmentos. Em comum, todos estes pilares visam principalmente a garantia de qualidade no processo e a geração de valor/redução possíveis perdas ao cliente final.
Ponto-chave em nossas soluções: quando olhamos o mercado e o negócio de nosso cliente, não somos uma empresa que simplesmente entrega um software na ponta, mas sim na utilização de tecnologias aqui desenvolvidas como meio para entregar soluções completas à operação logística, de forma consultiva e complementar ao negócio, e que ao final seja diferencial na cadeia de nossos stakeholders.
Como você enxerga a importância da Engenharia de Produção em seu trabalho como CEO da Opentech?
A Engenharia de Produção é um curso que escolhi em minha formação principalmente por absorver abordagens bem distintas, mas sempre com foco em melhoria e implantação de sistemas, otimizando e controlando processos. Esta essência é uma das habilidades do curso que busco estar sempre conectando e aplicando no dia a dia da Opentech, afinal sempre há espaço para evolução e a busca por ela te sinaliza não apenas ajustes pelo caminho, mas principalmente oportunidades no negócio.
Quais foram os principais projetos inovadores desenvolvidos pela Opentech durante sua gestão?
Criamos modelos de negócio que vão desde a aplicação de IA e big data ao monitoramento de cargas até o desenvolvimento de soluções que antecipam a exposição ao risco de uma operação de forma inteligente. Mas vejo como a maior conquista de inovação na empresa hoje como sendo a cultura que criamos e fomentamos nas pequenas rotinas e processos das áreas e dos times. Pensar em mudanças, realizar de um jeito diferente, enfim, estar disposto a criar fatos novos, são estes pilares chaves que permitem à Open alcançar sucesso em projetos disruptivos como estes.
Por que você acredita que a gestão de risco é fundamental no setor logístico e como a Opentech aborda esse aspecto?
A Gestão de riscos vem ganhando cada vez mais espaço e importância dentro da cadeia logística, otimiza-se o desempenho das empresas, torna os processos menos suscetíveis e expostos às perdas e danos, e reforça o valor da marca. E quando olhamos o atual cenário logístico do país, onde as cadeias de suprimentos se tornam mais complexas e a ocorrência de riscos se torna potencialmente mais alta, a importância da gestão de riscos é inegável. Desta forma, uma boa gestão de risco do supply chain é muito mais do que um complemento para melhores práticas, mas uma consequência natural de uma correta administração do setor e uma garantia de geração de valor ao negócio.
Quais são os maiores desafios enfrentados pela Opentech no mercado atual e como a empresa está lidando com eles?
Em um mercado tão complexo e de mudanças constantes, crescer de forma sustentável e garantindo a geração de valor constante ao negócio do cliente é sem dúvidas o maior desafio, mas, ao mesmo tempo, a maior oportunidade. A partir do momento em que conhecemos mais profundamente a necessidade do cliente, enxergamos as dores e a dinâmica de seus processos, e principalmente acompanhamos esta jornada evolutiva de perto, passamos a fazer parte do seu negócio, e é aí que a relação e o valor gerado se consolida.
Por que é importante para a Opentech investir em pesquisa e desenvolvimento?
Atualmente, não investir em P&D é o mesmo que não evoluir. O tempo muda cada vez mais rápido, e consequentemente as necessidades do mercado e das pessoas se transformam, evoluem com ele. Hoje, reinvestimos 15% de nossa receita em desenvolvimento e soluções inovadoras anualmente, e creio que esta seja uma tendência cada vez mais estratégica para a cia.
Quais são as perspectivas de crescimento e expansão da Opentech nos próximos anos?
A Opentech cresce hoje acima de 35% ao ano. Número de empresas jovens em sua curva de crescimento inicial, mas que mesmo após mais de 20 anos de mercado, ainda conquistamos taxas alavancadas como esta. Creio que muito dessa capacidade de expansão de forma sustentável está atrelada ao investimento em P&D constante e a estrutura de processos e pessoas que criamos ao longo do tempo, pilares chaves na minha visão. Agregado a este cenário, temos também o ambiente da nstech (Plataforma logística à qual fazemos parte) fomentando e apoiando na construção de uma rede de stakeholders que se conectam através da tecnologia e logística, o que tem um valor imensurável para o crescimento de nossas soluções.
Como a Opentech está se adaptando às demandas e tendências atuais do setor logístico, como a digitalização e a sustentabilidade?
A digitalização vem há muito tempo transformando a economia e a sociedade, tendo grande impacto sobre as pessoas. Olhando por este viés, focamos nosso negócio em desenvolver sistemas de transporte inteligente através de Inteligência Artificial (IA), big data, e outras tecnologias que possibilitam conectar a geração de soluções mais sustentáveis enquanto criamos um negócio duradouro. Combinar dados de produtos e usuários para melhorar a utilização de ativos e recursos da própria empresa é outro exemplo de solução que executamos para atender a estas demandas atuais.
Última atualização da matéria foi há 1 ano
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