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Uso de dinheiro em espécie cai drasticamente

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Nos últimos anos, o uso de dinheiro em espécie como forma de pagamento tem diminuído de forma significativa ao redor do mundo. A digitalização das transações financeiras, impulsionada por avanços tecnológicos e mudanças no comportamento dos consumidores, está moldando uma nova era de pagamentos. Desde o uso de aplicativos móveis até a implementação de sistemas instantâneos como o PIX, essa transformação está trazendo maior eficiência, inclusão financeira e conveniência. Este artigo examina os fatores por trás dessa tendência e como o Brasil se destaca nesse cenário global.

A ascensão dos pagamentos digitais: uma transformação global

A transformação no mundo dos pagamentos é visível em diversos países, com formas inovadoras de realizar transações substituindo o uso do dinheiro em espécie. Exemplos práticos ilustram essa realidade: na Turquia, pagar por uma passagem de ônibus via SMS tornou-se comum; na China, QR codes são usados para comprar mantimentos; e nos Estados Unidos, um simples toque do celular no terminal de vendas finaliza uma compra.

A Covid-19 acelerou essa mudança, mas a evolução já estava em curso antes da pandemia. Um estudo da PwC e seu braço de consultoria estratégica, a Strategy&, revela que os volumes globais de pagamentos digitais deverão crescer mais de 80% até 2025. Isso significa um salto de aproximadamente 1 trilhão para 1,9 trilhão de transações anuais. Até 2030, o número deve quase triplicar, indicando que o uso de dinheiro em espécie poderá se tornar cada vez mais raro.

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Brasil: inclusão financeira e competitividade

No Brasil, a digitalização dos meios de pagamento segue a tendência global, sendo impulsionada pela crescente busca por eficiência e inclusão financeira. O país é considerado uma referência em iniciativas tecnológicas e regulatórias que favorecem a concorrência entre instituições financeiras. Segundo Antonio Freixo, CEO do Grupo Entre e fundador da ENTREPAY, o Brasil está na vanguarda dessas mudanças.

A entrada das fintechs no mercado financeiro foi fundamental para essa evolução. Com o apoio de incentivos do Banco Central, essas startups começaram a oferecer novas soluções de pagamento, desafiando os bancos tradicionais a inovar também. O resultado é um ambiente mais dinâmico, com maior acesso a tecnologias, redução de custos e concorrência mais aberta, beneficiando consumidores e empresas.

O impacto do PIX e dos QR codes nos pagamentos

A chegada do PIX, o sistema de pagamentos instantâneos do Banco Central, tem sido um divisor de águas no mercado financeiro brasileiro. Desde o seu lançamento, em novembro de 2020, o PIX registra um crescimento constante em volume e número de transações, transformando a forma como os brasileiros realizam pagamentos. A facilidade de uso e a gratuidade em muitas transações têm tornado o PIX uma das principais alternativas ao dinheiro em espécie.

Além do PIX, os pagamentos com QR code também estão desempenhando um papel importante na digitalização das transações financeiras. O uso de QR codes em dispositivos móveis facilita o acesso a pagamentos digitais para comerciantes e consumidores, especialmente em regiões onde os terminais de ponto de venda (POS) tradicionais ainda não são amplamente utilizados. Esse sistema está ajudando a impulsionar a infraestrutura de pagamentos digitais no Brasil e no mundo.

Novos modelos de pagamento desafiam as soluções tradicionais

A rápida adoção de novas formas de pagamento está pressionando as opções tradicionais, como TED, DOC, boletos bancários e até mesmo cartões de crédito e débito. De acordo com a PwC, os pagamentos digitais instantâneos, como o PIX, deverão impactar drasticamente esses métodos nos próximos anos.

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A interoperabilidade entre diferentes plataformas de pagamento, a redução de custos para os comerciantes e a conveniência para os consumidores estão tornando as soluções tradicionais menos atrativas. Como resultado, bancos e outras instituições financeiras estão sendo forçados a repensar seus modelos de negócio para acompanhar as mudanças e não perderem competitividade.

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A influência dos novos marcos regulatórios

Outro fator relevante para a queda do uso de dinheiro em espécie no Brasil é o novo marco regulatório estabelecido para o setor financeiro. Modelos simplificados de licenças bancárias, como as Sociedades de Crédito Direto (SCDs) e as Instituições de Pagamento (IPs), têm permitido a entrada de novos competidores no mercado.

Além disso, grandes empresas de setores como o varejo e telecomunicações também estão criando suas próprias instituições financeiras. Isso está mudando o perfil do mercado, tornando-o mais competitivo e diversificado. A PwC acredita que, com o amadurecimento do Open Banking no Brasil, o ambiente se tornará ainda mais dinâmico.

Open banking e a descentralização dos serviços financeiros

O Open Banking é outro motor da transformação no setor financeiro. Trata-se de um conjunto de regras e tecnologias que permitem o compartilhamento de dados e serviços entre instituições financeiras. No Brasil, o Open Banking está entre os mais abrangentes do mundo, permitindo que os consumidores tenham controle sobre seus próprios dados e escolham com quais empresas desejam compartilhar essas informações.

Com essa descentralização, fintechs e outros provedores de serviços financeiros podem competir em igualdade com os grandes bancos. Os consumidores se beneficiam da maior oferta de serviços, o que impulsiona ainda mais a adoção de métodos de pagamento digitais.

A descentralização promovida pelo Open Banking tem o potencial de reduzir ainda mais a dependência do dinheiro em espécie, ao criar um ecossistema mais integrado e acessível.

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As carteiras digitais e a inclusão financeira

Outro ponto importante no declínio do uso de dinheiro físico no Brasil é a adoção de carteiras digitais. As iniciativas de bancos estatais durante a pandemia, como o pagamento de subsídios sociais via carteiras digitais, ajudaram a popularizar o uso de soluções digitais entre a população de baixa renda e sem experiência prévia com serviços bancários.

Essas carteiras, muitas vezes associadas a descontos e benefícios, também têm servido para atrair novos usuários para o mundo dos pagamentos digitais. Isso é especialmente importante em um país com um grande contingente de pessoas desbancarizadas. Ao facilitar o acesso aos meios de pagamento digitais, essas ferramentas contribuem para a inclusão financeira e para a redução do uso de dinheiro em espécie.

Um modelo irreversível

O uso de dinheiro em espécie está em rápido declínio em todo o mundo, e o Brasil, com sua infraestrutura tecnológica avançada e inovações regulatórias, tem se mostrado um dos líderes nessa transição. A digitalização dos pagamentos, impulsionada por soluções como o PIX, QR codes, carteiras digitais e o Open Banking, está revolucionando o setor financeiro e oferecendo maior eficiência, segurança e inclusão. Essa mudança promete transformar não apenas a forma como pagamos por bens e serviços, mas também o futuro da economia global.


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