Mulheres no Comando está impactando milhões
Segundo a pesquisa “Estatísticas de gênero: indicadores sociais das mulheres no Brasil”, divulgada pelo IBGE no primeiro semestre deste ano, o número de mulheres em cargos de liderança no Brasil reduziu. Apesar de mais anos na escola, elas ocupavam 37,4% dos cargos gerenciais e recebiam apenas 77,7% do rendimento dos homens em 2019, o que significa um retrocesso se comparado à pesquisa anterior, publicada em 2018, com dados de 2016, quando as mulheres ocupavam 39,1% desses postos de trabalho, enquanto os homens preenchiam 60,9% das vagas.
É por causa de números como esses, que surgiu, no início de 2020, a edtech Mulheres no Comando, uma startup de tecnologia que tem como propósito fazer com que mais mulheres cheguem a posições de liderança e alto comando dentro das empresas. “Queremos reduzir as distâncias entre homens e mulheres nesses cargos o mais rápido possível, e acreditamos que o caminho da equidade e da inclusão são fundamentais para a sociedade e para as empresas”, afirma Jéssica Paraguassu, idealizadora da iniciativa.
A edtech funciona como uma plataforma de desenvolvimento de lideranças femininas, na qual as assinantes pagam mensalmente um valor acessível, e desfrutam de conteúdos exclusivos, trilhas de liderança, mais de 200 horas de conteúdo gravado por tema, além de mentorias individuais e coletivas com as maiores líderes femininas do mercado brasileiro. As participantes têm acesso, ainda, a uma comunidade exclusiva, eventos de networking e jornadas de desenvolvimento com foco em soft skills e mapeamento de dores. “Também fazemos projetos personalizados dentro das empresas para formação de lideranças femininas, desenvolvimento de movimentos de inclusão para redução a médio e longo prazo dos níveis de desigualdade em altos cargos”, explica Jéssica.
Apesar do pouco tempo de fundação, o Mulheres no Comando já impactou mais de um milhão de pessoas e planeja expandir ainda mais esse número, através da busca pela minimização dos obstáculos enfrentados pelas mulheres em um mercado de trabalho sexista. “A maior parte dos cursos e especializações são sexistas, com uma visão masculinizada e excludente, ou seja, não servem para as mulheres. Como falar, por exemplo, de comunicação assertiva se quando uma mulher usa a ferramenta, é chamada de agressiva e mandona? Existe um gap gigante e estrutural no mercado. Nenhuma outra plataforma consegue oferecer networking seguro, mentoria de carreira e conteúdo personalizado para essa mulher como a Mulheres no Comando faz”, conclui a fundadora da plataforma.
Até o final deste ano, Jéssica Paraguassu pretende tornar o Mulheres no Comando a plataforma referência em desenvolvimento profissional feminino. A médio prazo, os planos são internacionais. “A dor que resolvemos é global, e já temos assinantes de outros países na América Latina. A Longo prazo acredito que podemos nos tornar um HUB de soluções pensadas para mulheres, em que teremos capital para investir em outras iniciativas fundadas por mulheres e adquirir empresas que façam sentido para nosso portfólio”, pontua a empreendedora.
Sobre Jéssica Paraguassu:
Mentora da Associação Brasileira de Startups e palestrante de grandes empresas e eventos relacionados à pauta de equidade de gênero no mercado corporativo, Jéssica é empreendedora desde os vinte anos, e possui oito anos de experiência em estratégia de vendas e escala de negócios digitais.
Graduada em Relações Internacionais pela Universidade La Salle, pós graduada em Gestão de Negócios pela IBMEC-RJ e Neurociência e Comportamento pela PUCRS, a fluminense de Volta Redonda herdou da família o perfil empreendedor.
“Já fui funcionária de várias empresas, nunca deu certo porque sentia que eu não me encaixava nos lugares. Eu queria mudar as coisas, fazer do meu jeito e nem sempre era bem vindo, sempre fui muito criativa e impetuosa, por isso empreender para mim é quase uma necessidade”, explica a CEO de Mulheres no Comando, também ganhadora de prêmios como o Startup Week.
*Com participação da jornalista Pietra Ribeiro.
Última atualização da matéria foi há 2 anos
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