Casas Bahia, M23, FIFA…
Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.
Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.
Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.
Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.
Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.
Tio Sam segue driblando a bola: nem os bilhões da FIFA convencem os EUA de que futebol é mais que recreação infantil
Enquanto jornalistas latino-americanos suam no deserto de Las Vegas tentando transformar a Copa do Mundo de Clubes em manchete quente, os americanos seguem firmes na missão de ignorar o futebol. A bola rola, mas só na direção do desinteresse: nada de destaque nos cadernos esportivos dos grandes jornais, e o que se vê nas arquibancadas é mais influencer do que torcedor. Nem a previsão de US$ 17 bilhões em impacto econômico empolgou o país onde até o curling tem mais audiência que uma final de Champions. A obsessão nacional permanece no trio sagrado: basquete, beisebol e futebol americano — este último, aliás, com as regras mais esotéricas já criadas por um ser humano. A esperança agora repousa sobre a Copa de 2026, também em solo ianque. Talvez, com US$ 40 bilhões pingando nos cofres, o americano médio decida dar uma chance à pelada. Por ora, só mesmo se Messi virar quarterback.

Herança das Casas Bahia vira série jurídica infinita: Saul Klein acusa irmãos de sumirem com R$ 7,6 bilhões em doações que “ninguém viu”
Mais um capítulo da novela “Barraco & Bilhões” foi ao ar nos tribunais: Saul Klein, o filho mais novo do fundador da Casas Bahia, tentou — de novo — reaver uma parte considerável da herança, alegando que os irmãos Michel e Eva esvaziaram os cofres paternos com transferências bilionárias e assinaturas que teriam saído da caneta de fantasmas. Os acusados, por sua vez, juram de pés juntos que tudo foi dentro da lei e que a fortuna foi doada com consentimento e boas intenções. A Justiça, mais uma vez, bateu o martelo: Saul fica sem o quinhão (e o quilhão) que pleiteia. Entre suítes jurídicas e planilhas com cifras de cair o queixo, o que se tem é uma lição familiar: onde há muito dinheiro, nem sempre há mesa posta para todos os herdeiros.
“Diddy Free” ou Diddy culpado? Enquanto Sean Combs encara julgamento, seu filho lança clipe com Kanye West e versos dignos de tribunal
Nada como transformar um escândalo criminal em mixtape de marketing. Christian Combs, também conhecido como King Combs, decidiu cantar sua versão da história em vez de depor — ou talvez esteja só aquecendo a plateia. O filho do rapper e produtor Sean “Diddy” Combs lançou um EP cujo carro-chefe, “Diddy Free”, tem produção de ninguém menos que Kanye West, outro mestre em polemizar com beat de fundo. A faixa, recheada de farpas contra o sistema judicial e críticas a “testemunhas” e “críticos”, faz parte do esforço do clã Combs de manter a marca viva — mesmo que nos tribunais. Diddy, por sua vez, segue tentando provar que é inocente das acusações de agressão e tráfico. Já seu filho prefere a trilha sonora do perdão prévio. Se vai convencer o júri, é outra história.
Brasil pentacampeão: faz 23 anos que Ronaldo, Rivaldo e Ronaldinho mostraram ao mundo que alegria em campo ainda era possível
Era 30 de junho de 2002. O Brasil inteiro parava para ver o último ato de uma geração mágica, onde cabelo de caçapa e canetas em alemães coexistiam em perfeita harmonia. Ronaldinho Gaúcho já tinha encantado o mundo contra a Inglaterra, Rivaldo flutuava em campo como um bailarino raivoso e Ronaldo, o Fenômeno, cravava dois gols na final e lavava a alma após uma década de críticas, lesões e convulsões olímpicas. Hoje, 23 anos depois, restam as lembranças em 240p no YouTube e memes nostálgicos no X (antigo Twitter). A atual seleção ainda sonha com o hexa, mas entre técnicos interinos, joelhos frágeis e vinda de Ancelotti, o caminho parece longo. Quem sabe em 2026? Ou talvez só em 2046, quando talvez o futebol já seja holográfico e as chuteiras tenham Wi-Fi.
Trump assina paz entre Ruanda e Congo com apoio de Massad Boulos, e agora é oficial: o surrealismo diplomático virou política externa dos EUA
Sim, você leu certo: Donald Trump, agora de volta à Casa Branca, presidiu a cerimônia de paz entre Ruanda e República Democrática do Congo, com assinatura de acordo mediado pelos EUA. Na mesa, ministros trocavam apertos de mão enquanto Trump dizia que “a África vive um novo capítulo de harmonia e prosperidade” — sim, exatamente isso. Os rebeldes do M23, que até a ONU acusa de serem abastecidos por Ruanda, prometeram recuar, e Ruanda se comprometeu a suspender ações militares. Tudo muito civilizado, ao som de aplausos e promessas. Mas há quem diga que a real motivação de Trump foi colocar a assinatura em algo com “paz” no título — mesmo que ele mal saiba onde fica Goma no mapa. Resta saber se o acordo resiste a uma semana sem drones.

SuperAção de Tarcísio é aprovado na Assembleia e PT já ensaia confronto presidencial: “Bolsa Família é mais musculoso”
O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, lançou o “SuperAção” — programa social que promete pagar R$ 150 por mês para 105 mil famílias. A ideia, segundo aliados, é criar uma “marca” do governo estadual na área social. A oposição, claro, cheirou 2026 no ar e partiu para o ataque. Deputados do PT e PSOL detonaram a proposta, comparando o novo programa ao Bolsa Família — não apenas em valor e abrangência, mas em “respeitabilidade política”. A provocação foi clara: Tarcísio pode até construir viadutos com eficiência militar, mas política social é território de Lula. O embate não é só técnico, é simbólico: quem distribui melhor os caraminguás do Estado? Com a votação na Alesp garantindo o projeto, o campo de batalha agora é a narrativa. E, pelo visto, a eleição já começou — só esqueceram de avisar os eleitores.
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Franco Atirador assina as seções Dezaforismos e Condensado do Panorama Mercantil. Com olhar agudo e frases cortantes, ele propõe reflexões breves, mas de longa reverberação. Seus escritos orbitam entre a ironia e a lucidez, sempre provocando o leitor a sair da zona de conforto. Em meio a um portal voltado à análise profunda e à informação de qualidade, seus aforismos e sarcasmos funcionam como tiros de precisão no ruído cotidiano.
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