Denise Marques fala da mulher empreendedora
Mulheres que não param de trabalhar e continuam fazendo a economia girar. Esse é o perfil do grupo DME Mulheres Empreendedoras, criado pela ex-comissária de bordo Denise Marques, e que atualmente conta com mais de 3.000 membros (mulheres, mães e donas de casa) que se ajudam entre si, vendem seus produtos e serviços, fidelizam clientes e aprendem a empreender. Com o isolamento social e o fechamento do comércio, as participantes do DME poderiam ficar sem vender e, consequentemente, não ter como cumprir despesas, impostos e manutenção da casa. Então a solução inicial foi a mais antiga da humanidade, o Escambo – troca de produtos para não parar a produção. Para dar continuidade às inovações, o Bazar DME será online, onde os produtos ficarão expostos no site e no Instagram. Os clientes estarão em contato com os expositores e efetuarão a compra. A primeira edição aconteceu em setembro, já a outra está sendo agora em outubro. No novo normal e em home office, a DME acredita no potencial das mulheres e empreendedoras, estando de portas abertas para que outras venham se juntar a essa locomotiva. “Tanto o bazar presencial quanto o online é uma ponte entre expositores e clientes. Um local onde elas conseguem expor seus produtos e serviços. Durante a pandemia surgiu o online e sua vantagem é a economia de tempo, sem custos com transporte”, afirma a empresária.
Denise, você foi comissária de bordo. O que essa experiência lhe ajudou quando se tornou empreendedora?
Quando me tornei empreendedora, trouxe na bagagem que para você ter sucesso é necessário fidelizar e encantar seu cliente. Além da paciência, habilidades como a escuta e comunicação são importantes, precisamos lidar com situações extremas como sobrevivência na selva, prestar os primeiros socorros, bem parecidos com o empreendedorismo (Risos). Muito dinamismo e desafios. Por isso tanto a aviação, como o empreender é tão cativante.
Como analisa o ecossistema para os empreendedores do nosso país?
Excesso de burocracia, falta de criação de espaços compartilhados e poucos investimentos. Não adianta ter uma ótima ideia se você não tem condições para desenvolvê-la.
As mulheres têm mais dificuldade para empreender nesse cenário?
Sim, com certeza o cenário atual é um desafio a mais para as mulheres empreendedoras. Precisamos abandonar algumas bagagens, abrir a mente para as mudanças. O momento pede inovação e um olhar especial para novas oportunidades.
Como se deu a criação do grupo DME?
Após deixar a aviação, comecei a empreender na área da Confeitaria, mas queria ter um local onde pudesse divulgar meus produtos e ajudar outras mulheres a divulgarem também. Um local onde todas conseguissem contar suas histórias. Pois, por trás de todo produto há uma história. Assim surgiu a Rede DME, essa locomotiva que não para. O intuito da Rede é apoiar, incentivar e capacitar com o objetivo final de uni-las.
Quais os principais pilares que norteiam essa iniciativa?
Sororidade, capacitação e direcionamento.
O que as empreendedoras devem fazer para se tornarem membros do grupo?
Acessar a página do grupo no Facebook.
Como o isolamento social afeta o grupo?
As vendas diminuíram, sendo necessárias novas medidas, como a elaboração do bazar virtual e a adoção de estratégias como o “Escambo”.
É um dos momentos mais desafiantes do DME?
Sim. Tivemos que nos reinventar em pouco tempo, nos adaptando conforme a situação.
Fale um pouco sobre o Bazar DME.
Tanto o bazar presencial quanto o online é uma ponte entre expositores e clientes. Um local onde elas conseguem expor seus produtos e serviços. Durante a pandemia surgiu o online e sua vantagem é a economia de tempo, sem custos com transporte. A expositora irá expor de forma segura atual para diversas pessoas de qualquer lugar do mundo. Hoje você não precisa sair de casa para comprar uma calça ou um sapato. O objeto de desejo pode estar a poucos cliques!
Esse bazar ocorre todos os anos?
Sim, ocorrerá durante todo o ano.
O que vislumbra para o DME nos anos vindouros?
Espero que possamos crescer juntas, levando outras mulheres a oportunidades de se sentirem mais preparadas para empreender, mostrando que é possível crescer e se realizar por meio do empreendedorismo.
Última atualização da matéria foi há 2 anos
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