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Do lado de lá com Hannah Arendt

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Hannah Arendt (1906–1975) foi uma das mais influentes filósofas e teóricas políticas do século XX. Nascida em Linden, na Alemanha, era judia e foi aluna de Martin Heidegger, com quem teve uma relação intelectual e pessoal complexa. Perseguida pelo regime nazista, fugiu para Paris e depois para os Estados Unidos, onde se naturalizou americana. Arendt ganhou notoriedade com obras como Origens do Totalitarismo (1951), em que analisa o Nazismo e o Stalinismo como expressões de uma nova forma de dominação política. Em A Condição Humana (1958), refletiu sobre o trabalho, a ação e a esfera pública. Sua obra mais polêmica foi Eichmann em Jerusalém (1963), onde cunhou a expressão “banalidade do mal”, gerando intensos debates ao sugerir que grandes atrocidades podem ser cometidas por indivíduos medianos e obedientes. Arendt também escreveu sobre liberdade, revolução, educação e violência, sempre com estilo claro e rigor analítico. Defensora do pensamento independente, recusava-se a aderir a ideologias. Morreu em Nova York, aos 69 anos, vítima de um ataque cardíaco. Seu legado permanece central para os estudos políticos, filosóficos e éticos contemporâneos.

12 frases marcantes de Hannah Arendt:

“A banalidade do mal não é a ausência de pensamento, mas a recusa de pensar.”

“O poder corresponde à capacidade humana de agir em conjunto.”

“Sob condições de tirania, é muito mais fácil agir do que pensar.”

“O mais radical revolucionário se torna um conservador no dia seguinte à revolução.”

“O mal prospera onde homens e mulheres não pensam.”

“Liberdade é o direito de dizer que dois mais dois são quatro.”

Arendt escreveu sobre liberdade, revolução, educação e violência (Ilustração: Coelho)
Arendt escreveu sobre liberdade, revolução, educação e violência (Ilustração: Coelho)

“A essência dos direitos humanos é o direito a ter direitos.”

“O que nos faz pensar não é o saber das respostas, mas o espanto diante das perguntas.”

“A política baseia-se no fato da pluralidade dos homens.”

“Ninguém tem o direito de obedecer.”

“A ação é a única capacidade humana que permite interromper o curso automático da história.”

“Pensar é viver em companhia de si mesmo.”

Mensagem do Além

Pergunta psicografada para Hannah Arendt

(Transcrita não de cátedra nem de diário, mas soprada entre as páginas amareladas de um livro que ninguém teve coragem de terminar. Na penumbra de uma biblioteca onde as ideias sussurram mais alto que os vivos.)

Pergunta:

Se pudesse voltar à Terra por um único ensaio, que conselho daria aos que tentam pensar num mundo saturado de certezas fáceis e verdades prontas?

Leia ou ouça também:  Do lado de lá com Goethe

Resposta psicografada:

“Diria, com a serenidade de quem enfrentou exílios e equívocos: pensem. Mas pensem sem o conforto da adesão e sem o alívio do pertencimento. Não usem o pensamento como escudo — usem-no como espelho partido. O mal não começa com monstros, começa com funcionários eficientes. Questionem os automatismos, desconfiem das unanimidades, fujam das frases feitas como se fugissem do contágio. Pensar não é se alinhar, é se expor. Não se trata de vencer debates, mas de evitar desastres. Se a razão parecer cínica demais, convoquem também o juízo. E, sobretudo, lembrem: o preço da liberdade é a responsabilidade de estar só no instante da escolha.”

— Hannah, ainda anotando nas margens de tudo o que parecia óbvio.

Última atualização da matéria foi há 4 meses


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