O fechamento de lojas Subway nos EUA

O declínio da presença física do Subway nos Estados Unidos é mais do que um sintoma de mudanças de mercado — é um reflexo de uma transformação profunda no modelo de negócios que sustentou por décadas a maior rede de fast food do país. Em 2024, a marca encerrou 631 unidades em território americano, ficando pela primeira vez em vinte anos com menos de 20 mil lojas — 19.502, para ser exato. Em 2015, esse número era de 27 mil. O que aconteceu nesse intervalo de tempo revela tanto erros estratégicos quanto os efeitos de um ambiente competitivo cada vez mais exigente.
Loja esvaziada,
cheiro de pão que não vem —
silêncio no ar.
Uma das maiores críticas feitas por analistas e ex-franqueados é a saturação. O Subway cresceu de maneira vertiginosa ao permitir a abertura de lojas próximas umas das outras, o que reduziu margens de lucro e criou rivalidade interna. Esse modelo se mostrou insustentável à medida que novos hábitos de consumo foram surgindo e alternativas mais modernas, com propostas personalizadas e ingredientes mais frescos, passaram a atrair o público jovem. Redes como Chipotle, Panera Bread e até cafeterias como o Starbucks passaram a ocupar o espaço do almoço rápido, saudável e conveniente que o Subway dominava.
A falta de aviso prévio no fechamento de unidades, como relatado por funcionários no Oregon, revela uma condução gerencial pouco transparente, que agrava a imagem de uma marca já em crise de identidade. Ainda que o Subway continue sendo a rede com maior número de restaurantes nos EUA, sua receita está muito atrás da do McDonald’s, e isso diz muito sobre o apelo atual da marca.
Aviso nenhum,
a porta fechou de vez.
Sonhos ao relento.
Por outro lado, a empresa aposta agora na reestruturação e em uma estratégia de “crescimento inteligente”, voltada à qualidade e à presença internacional. Essa guinada pode ser a última chance de revitalizar a marca, mas exigirá mais do que marketing ou redesenho de lojas: será necessário reconstruir a confiança de consumidores e franqueados, e isso leva tempo. A pergunta é se o Subway terá fôlego — e apetite — para isso.

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