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O Movimento Portas Abertas ajuda empresas

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É com grande honra que apresentamos uma entrevista exclusiva com Katrine Sampaio, sócia-fundadora do Movimento Portas Abertas (MPA), uma iniciativa transformadora que tem desempenhado um papel crucial no cenário empreendedor brasileiro. Durante os primeiros dias da pandemia da Covid-19, os micro e pequenos empreendedores se viram diante de desafios inéditos, sendo compelidos a migrar para o digital para preservar a continuidade de seus negócios. Foi nesse contexto que Katrine e sua equipe perceberam a lacuna existente entre a necessidade de digitalização e o suporte adequado disponível para esses empreendedores. No cerne dessa entrevista, Katrine compartilha os bastidores da criação do MPA, revelando os insights que culminaram na concepção de uma abordagem única para auxiliar os empreendedores menos experientes no universo digital. A trajetória do MPA não se limita apenas a oferecer soluções práticas, mas reflete um compromisso mais amplo com a responsabilidade social e a solidariedade em tempos desafiadores. Ao explorar os motivos por trás da oferta de consultorias gratuitas e acessíveis, Katrine destaca não apenas a compaixão diante da crise econômica, mas também a necessidade de utilizar o conhecimento em marketing digital como uma ferramenta para apoiar a economia local.

Katrine, que desafios específicos os micro e pequenos empreendedores enfrentaram durante o início da pandemia da Covid-19, levando ao surgimento do Movimento Portas Abertas?

Quando começou o lockdown, todos os lojistas se viram obrigados a irem para o digital, para que seus negócios não morressem. No entanto, eles não tinham conhecimento e nem preparo para iniciarem suas operações digitais. Trabalhando em uma empresa de plataforma e recebendo essa alta demanda, percebemos que, se nós colocássemos uma plataforma de e-commerce nas mãos deles, ao invés de ajudar, estaríamos contribuindo para que suas empresas fechassem as portas. Foi quando o Luiz Felipe Ennes, que já havia atuado em mais de 300 projetos de grandes marcas com consultoria focada no digital, teve esse olhar de cuidado com os micro e pequenos empreendedores e teve a ideia de criar o MPA.

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Qual foi a motivação por trás da decisão de oferecer consultorias gratuitas e acessíveis para os empreendedores menos experientes em comércio digital, como parte da abordagem social do Movimento Portas Abertas?

Houve uma comoção e uma preocupação muito grande com a economia no início do lockdown. O “Fique em Casa” era necessário, mas também assustador quando olhávamos para o cenário econômico do país. Nós precisávamos fazer algo e a forma como podíamos ajudar era com o que nós conhecíamos: o mercado digital e nossa rede de contatos.

Como a experiência da campanha “O Seu Negócio Não Vai Fechar” influenciou a criação do MPA, e de que maneira essa iniciativa se transformou ao longo do tempo?

A campanha “Seu Negócio não vai fechar” foi estendida inesperadamente devido ao bloqueio prolongado do mercado. Percebendo que a crise sanitária global não teria um prazo para acabar, decidimos ampliar nossa iniciativa de forma mais ampla, criando o MPA, visando ajudar mais empresas e vidas. Fomos fazendo como dava… adaptando-nos ao sucesso do streaming online, organizamos lives lideradas por especialistas do mercado digital, atraindo um público cada vez maior em busca de ajuda. Para oferecer um atendimento mais aprofundado, apresentamos o projeto “Adote uma Empresa”, onde empresas concorreram a um ano de consultoria gratuita por meio de envio de vídeos. Selecionando três empresas vencedoras e o projeto alcançou um sucesso significativo. Reconhecendo a perda generalizada de empregos e a mudança que o digital trouxe ao mercado de trabalho, lançamos o projeto 40+, um curso abrangente de comércio digital online com a duração de 3 meses. Projetado especificamente para aqueles que lutam no cenário digital em evolução, o curso, com instrutores especialistas comprovados, preparou com sucesso mais de 60 profissionais para o mercado de trabalho. Depois disso, lançamos o projeto Empreendedoras da Moda, onde apoiamos mais de 60 empreendedoras em sua digitalização até que transformamos e criamos o marketplace social que existe hoje.

Quais foram os critérios adotados para selecionar os consultores e mentores do MPA, e como eles contribuem para o diferencial da empresa no apoio aos empreendedores?

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O primeiro critério foi a vontade de ajudar. Nosso mercado é relativamente novo e os profissionais que hoje ocupam altas posições sempre demonstraram uma grande vontade de ajudar a potencializar o segmento. E, em segundo lugar, só selecionaríamos consultores e mentores que tivessem realmente experiência comprovada e com altas taxas de sucesso. Profissionais que, apesar de estarem em altas posições, já colocaram a mão na massa para criar esse mercado.

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Por que a escolha de oferecer consultorias avulsas a preços reduzidos, utilizando patrocínios para subsidiar os custos?

Através dos projetos que realizamos entendemos que o empreendedor precisa realmente de alguém 100% disponível para ele. Cada empreendedor tem uma história e, quando juntamos em salas maiores, fica difícil focar. Entendemos também, que oferecer esse serviço de forma gratuita não gerava o comprometimento de todos os empreendedores e a cobrança de uma taxa, mesmo que reduzida, garantia o processo. Como atuamos com consultores e mentores geralmente C-levels, precisaríamos de alguma forma remunerá-los, mesmo que não com a base de seus rendimentos, mas algo que fosse um plus por eles estarem nos apoiando e uma forma de fazer isso, foi através de patrocínios.

Quais são os principais resultados alcançados pelo MPA ao ajudar mais de 500 empresas a se adaptarem ao comércio digital nos últimos três anos e meio?

Os resultados são inúmeros, e tangíveis, melhorando a sua presença online, expandindo o alcance dos clientes e melhorando a eficiência geral dos negócios. Isto inclui resultados mensuráveis, como o aumento das vendas online, maior visibilidade nas plataformas digitais, estratégias de marketing melhoradas e um impulso na sustentabilidade geral dos negócios. Além disso, o projeto contribui para o crescimento econômico da comunidade, capacitando os empreendedores com as competências e ferramentas necessárias para prosperar na era digital.

Por que a meta ambiciosa de ajudar 720 empresas até 2024, e quais estratégias o MPA planeja implementar para atingir esse objetivo?

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O ambicioso objetivo de ajudar 720 empresas até 2024 está enraizado no compromisso de causar um impacto substancial e mensurável no ecossistema empresarial do país. Definir uma meta específica permite uma abordagem focada e estratégica para alcançar resultados tangíveis. Algumas das estratégias são:

Consulta Personalizada, Programas de capacitação, Parcerias Estratégicas, Monitoramento e avaliação, e Envolvimento da comunidade.

Pretendemos também criar um impacto sustentável e positivo no panorama econômico mais amplo.

Quais desafios e aprendizados o Movimento Portas Abertas enfrentou durante os três anos e meio de sua existência, e como essas experiências moldaram o crescimento da empresa?

Por fazer tudo sem nenhum custo, o grande desafio é o engajamento das pessoas. A falta de comprometimento foi um grande desafio. Por este motivo, o MPA hoje tem um valor simbólico, mais como forma de ter esse comprometimento dos empreendedores.

Por que a escolha de focar em empreendedores de micro e pequeno porte, e como o MPA enxerga seu papel na transformação desses negócios em meio às mudanças do mercado digital?

Em resumo, nosso papel é atuar como catalisadores de mudanças positivas. Ao promover a inclusão econômica, criar empregos, apoiar o desenvolvimento comunitário, facilitar a adaptação à transformação digital e incentivar a inovação, pretendemos desempenhar um papel crucial na transformação destas pessoas e empresas em intervenientes resilientes e competitivos no mercado digital em evolução.

Uma contribuição para a comunidade?

Isto. Por sua vez, contribuímos para a prosperidade e o bem-estar geral da nossa comunidade e do país.

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Última atualização da matéria foi há 11 meses


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