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Scarlett Johansson, Ye, França…

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Nem todo mundo tem tempo (ou estômago) para acompanhar o noticiário inteiro. É guerra lá fora, escândalo aqui dentro, político fazendo dancinha no TikTok e economista prometendo milagre com inflação alta. Enquanto isso, você tenta sobreviver à vida real. A gente entende.

Por isso nasceu o Condensado: uma dose diária de realidade em 6 tópicos, com informação quente, ironia fria e aquele comentário ácido que você gostaria de ter feito — mas estava ocupado demais trabalhando pra pagar o boleto.

Aqui não tem enrolação, manchete plantada ou isenção fake. Tem olho cirúrgico e língua solta. O que rolou (ou rolará) de mais relevante no Brasil e no mundo vem aqui espremido em 10 linhas (ou menos) por item. Porque o essencial cabe — e o supérfluo, a gente zoa.

Informação? Sim. Respeito à inteligência do leitor? Sempre. Paciência com absurdos? Zero.

Bem-vindo ao Condensado. Pode confiar: é notícia, com ranço editorial.

Cadeira do Xandão, aqui ó! STF condena ‘turista golpista’ a 17 anos por ocupar poltrona sagrada e falar demais

A cadeira era de ministro, mas o veredito foi de réu. Fábio Alexandre de Oliveira, 45 anos, virou símbolo do “reinado de um dia” nos ataques de 8 de janeiro e agora também da punição exemplar de uma República que tenta costurar a toga com linha de aço. Sentado na cadeira de Alexandre de Moraes, Fábio bradou palavrões, mas o preço da verborragia foi caro: 17 anos, com 15 e meio em regime fechado. Moraes, como um educador penal do Iluminismo Tardio, explicou que a cadeira não era só um móvel, era um símbolo. Sentar-se nela, berrando “aqui é o povo!”, virou uma espécie de atentado decorativo à democracia. A sentença — marcada por uma linguagem entre o Código Penal e o teatro grego — lembra que golpismo não é turismo cívico. Cadeira de ministro, meu caro, não é banco de praça. E democracia, ao contrário do que pensam os influencers do caos, ainda cobra caro por atos de idolatria ao absurdo. Fábio agora terá tempo de sobra para refletir — de pé.

Minuta golpista, Punhal Verde e depoimentos tropicais: os 118 capítulos da nova novela do bolsonarismo em cartaz no Judiciário

É como se “House of Cards” tivesse sido adaptado pela Record. O enredo do Núcleo Dois da tentativa de golpe à brasileira ganha novos capítulos, agora com 118 testemunhas no script. Felipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro e nosso vilão de topete academicamente alinhado, teria redigido um “rascunho de golpe” e participado do “Punhal Verde e Amarelo”, roteiro mirabolante que incluía assassinatos políticos. Entre os convidados para dar seu show oral, os irmãos Carlos e Eduardo Bolsonaro — este último fazendo do exílio nos EUA sua suíte presidencial — prometem suspense e reality político em estilo Miami. É uma trama de proporções dantescas: manuscritos golpistas, grupos do zap e até ambientação tropical. O Brasil não sabe se chora ou gargalha. Mas o Judiciário, em sua paciência longânime e teatral, ouve com atenção esse teatro de absurdos. O golpe de 2023 virou série — e com elenco fixo.

Ye no Brasil: o gênio, o delírio e o negacionismo em turnê tropical com a bênção do “não é bem assim”

Prepare-se, Brasil: Ye (ex-Kanye West, ex-aplaudido, ex-cancelado) chega com seu show único em São Paulo no dia 29 de novembro. A música, dizem, continua genial. Mas o artista? Este coleciona polêmicas com o zelo de um bibliotecário nazista. Apologia ao Hitler? Fez. Mistura de suástica com Estrela de Davi? Publicou. Música “Heil Hitler”? Lançou. Retiraram do ar, claro. Mas segundo os produtores brasileiros — um tanto messiânicos — tudo não passa de “estratégia”. Fabz, o agenciador, garantiu: “Ele está mudando”. Talvez para pior. Mas calma: segundo a assessoria, tudo estará sob controle, desde que ele não resolva discursar entre uma batida e outra. A lógica é simples: se a plateia comprar ingresso, todo o resto é ruído. E como nos velhos tempos romanos, tudo se justifica quando o artista entra em cena. Panis et circenses, com autotune.

Dilúvio à brasileira: chuvas intensas disparam 223% em 30 anos e a gente ainda acha que é azar de São Pedro

A conta d’água do apocalipse está chegando e vem com juros climáticos. Entre 2020 e 2023, o Brasil enfrentou 7.539 desastres climáticos, um aumento de 222,8% em relação à década de 1990. Isso mesmo: enchentes, deslizamentos e temporais vêm com mais frequência que boletos no WhatsApp. O estudo da Unifesp revela que o Sudeste e o Sul agora disputam o título de “região mais encharcada da história”, enquanto o Norte e o Nordeste caminham para um deserto distópico. O PBMC projeta até 40% menos chuvas para essas áreas até 2100. Mas quem precisa de futuro quando o presente já é um inferno molhado? No Rio Grande do Sul, a água cai como se fosse castigo bíblico. E, no sertão, falta até para chorar. A política climática do Brasil ainda parece se basear em rezas e promessas. Enquanto isso, o país escorre.

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Scarlett, a musa contra o silicone digital: atriz afirma que IA não tem alma e ameaça a bússola moral da civilização

Scarlett Johansson, agora aos 40 anos, empunha a bandeira do drama humano contra a frieza dos algoritmos. Para a estrela de “Ela” — ironicamente um filme sobre um romance com uma Inteligência Artificial — a atuação é alma, suor e carne, não código binário. Em entrevista ao Sunday Times, ela disse com todas as letras: “A IA não pode replicar a alma de uma performance”. Nem deveria. A atriz, que já processou empresas por usarem sua voz artificialmente, agora expande sua crítica: a IA é uma ameaça à confiança social, à coesão da realidade e à tal da “bússola moral”. É quase uma pregação filosófica, com sotaque hollywoodiano. A distopia está nos detalhes, e Scarlett nos alerta como se fosse uma Cassandra da era digital. Enquanto o mundo se encanta com robôs roteiristas e avatares que choram, ela lembra: alma não se copia. Só se vive.

A bela Scarlett Johansson afirma que seu ofício não pode ser feito por IA (Foto: Time)
A bela Scarlett Johansson afirma que seu ofício não pode ser feito por IA (Foto: Time)

França, 1966: o dia em que Paris explodiu moralmente no Pacífico e inaugurou seu silêncio atômico tropical

Em 2 de julho de 1966, a França decidiu mostrar ao mundo que era uma potência — mesmo que à custa de um atol no meio do Pacífico. O Moruroa virou cenário do primeiro teste nuclear francês, uma faísca no paraíso. O general De Gaulle, ainda embriagado pelos delírios gaulistas, resolveu que Paris precisava da sua bomba — para não depender dos anglo-saxões. A explosão foi um sucesso técnico e um fracasso ético. A França colonial levou sua arrogância às últimas consequências: irradiou radiação nos mares do Taiti, selando um capítulo de imperialismo radioativo. Décadas depois, os polinésios ainda pagam com doenças e deformidades o preço da grandeza francesa. Um episódio que mostra como potências globais sempre preferiram jogar seus brinquedos perigosos nos quintais alheios. E assim o Iluminismo francês terminou com um cogumelo atômico sob o sol do Pacífico.

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“Não acho que meu trabalho possa ser feito por IA’, diz Scarlett Johansson

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