Igualdade de gênero só daqui a 131 anos
No último dia 26 de agosto, foi celebrado o Dia Internacional da Igualdade Feminina, data dedicada a debater questões relacionadas à necessidade da igualdade de gênero, e também celebrar as conquistas femininas até o momento. A data é uma homenagem à aprovação da 19ª emenda da Constituição Americana, em 1920, que concedeu às mulheres estadunidenses o direito ao voto. Entretanto, apesar das transformações e avanços, segundo o Relatório Global de Desigualdade de Gênero – 2023 do Fórum Econômico Mundial, ainda serão necessários mais de 131 anos para que se eliminem as disparidades de gênero.
Segundo o relatório, houve uma queda de 0,3 ponto percentual das desigualdades gerais de gênero, quando comparado aos dados de 2022. Conforme o estudo, o progresso observado é atribuído, especialmente, à eliminação de pelo menos 95% de diferença nos níveis educacionais; à redução das diferenças relacionadas à participação e oportunidade econômica em 60,1%; e, por fim, à diminuição da diferença de empoderamento político em 22,1%.
A Islândia é o país apontado como detentor da maior igualdade de gênero do mundo, pelo período de 14 anos consecutivos, tendo eliminado em mais de 90% as desigualdades de gênero.
Em reflexão sobre de que maneira a celebração do Dia Internacional da Igualdade Feminina pode ensejar uma busca por maior paridade de gênero no ambiente corporativo, a empresária e profissional da área de tecnologia Cristina Boner afirma que data serve como um lembrete importante sobre a persistente desigualdade de gênero em muitas esferas da vida, incluindo o ambiente de trabalho.
“A celebração da igualdade feminina pode ser usada como um momento para pressionar as empresas e governos a adotarem políticas e legislações que promovam a igualdade de gênero”, diz. “Isso pode incluir campanhas de criação de leis que combatam a discriminação de gênero no local de trabalho e promovam a transparência salarial.”
Na análise das quatro dimensões principais consideradas pelo relatório – participação econômica e oportunidade, nível de educação, saúde e sobrevivência, e empoderamento político -, o Brasil ocupa este ano o 57º lugar, com melhoras expressivas em relação a 2022, ano em que esteve na posição 94. Os números nacionais que tiveram destaque foram nas oportunidades educacionais e de saúde, mas a disparidade de gênero se mantém intensa na participação política e econômica.
Cristina assegura que as mulheres continuam sub-representadas em cargos de liderança em empresas no Brasil, e defende que o avanço na questão da igualdade de gênero, especialmente no meio empresarial, requer uma combinação de esforços e mudanças em diversas áreas. “É necessário promover a diversidade em todos os níveis hierárquicos e implementar programas de desenvolvimento de liderança para mulheres”, declara a empresária.
Ainda no ambiente corporativo, Boner acredita na importância de sensibilizar as pessoas para a importância da igualdade de gênero e para os desafios enfrentados pelas mulheres em suas carreiras e pressionar por mudanças institucionais. “E também é fundamental que as empresas adotem políticas rigorosas de combate ao assédio sexual e à discriminação de gênero no local de trabalho. Isso inclui criar canais de denúncia eficazes e garantir que todas as denúncias sejam tratadas com seriedade”, conclui a profissional.
Última atualização da matéria foi há 2 anos
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