Brasil vê Israel como genocidas na triste Gaza
A recente manifestação de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à denúncia apresentada pela África do Sul contra Israel, na Corte Internacional de Justiça (CIJ), marca um posicionamento enérgico do Brasil em relação ao conflito entre Israel e Palestina, especificamente na Faixa de Gaza. O Governo brasileiro, por meio do Palácio do Itamaraty, emitiu uma nota à imprensa detalhando os motivos desse respaldo e expressando preocupação com as ações israelenses.
O ponto central da denúncia sul-africana é a acusação de genocídio praticado por Israel contra o povo palestino. O presidente Lula, ao receber o embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, reforçou a posição brasileira condenando os ataques terroristas do Hamas em outubro do ano passado. No entanto, destacou que tais ataques não justificam o uso indiscriminado, recorrente e desproporcional de força por parte de Israel, resultando em mais de 22 mil mortos em Gaza, sendo a maioria mulheres e crianças.
A nota do Itamaraty ressalta a gravidade da situação, apontando que mais de 23 mil pessoas morreram, 70% das quais eram mulheres e crianças, enquanto outras 7 mil estão desaparecidas. A população enfrenta transferência forçada em larga escala, com mais de 80% afetados, e os serviços essenciais, como saúde, água, energia e alimentos, estão em colapso, caracterizando o que o Brasil considera uma punição coletiva.
Diante das flagrantes violações ao direito internacional humanitário, o presidente Lula expressou seu apoio à iniciativa da África do Sul de levar o caso à CIJ. O objetivo é que o tribunal determine que Israel cesse imediatamente todas as ações e medidas que possam constituir genocídio ou crimes relacionados, conforme os termos da Convenção para a Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio.
Durante a reunião com o embaixador palestino, o presidente Lula também destacou os esforços pessoais e diplomáticos em prol do cessar-fogo, da libertação de reféns em poder do Hamas e da criação de corredores humanitários para a proteção dos civis. Além disso, ressaltou a atuação do Brasil no Conselho de Segurança, buscando uma saída diplomática para o conflito.
O Governo brasileiro reitera firmemente sua defesa da solução de dois Estados, com um Estado Palestino economicamente viável convivendo em paz e segurança ao lado de Israel. Essa coexistência deve ocorrer dentro de fronteiras mutuamente acordadas e internacionalmente reconhecidas, incluindo a Faixa de Gaza e a Cisjordânia, com Jerusalém Oriental como sua capital.
Essa posição reafirma o compromisso do Brasil com a paz e a busca de soluções diplomáticas para conflitos internacionais. O apoio à denúncia na CIJ reflete a preocupação do país com a proteção dos direitos humanos e o respeito ao direito internacional, ao mesmo tempo, em que busca contribuir para a estabilidade na região, promovendo o diálogo e a cooperação entre as partes envolvidas.
Em um cenário global onde os conflitos muitas vezes desafiam a ordem internacional, a postura brasileira busca ser um exemplo de comprometimento com valores fundamentais e o respeito aos princípios que regem as relações entre os Estados.
Última atualização da matéria foi há 1 ano
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